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Oslo – Akershus Slott, Aker Brygge e outros lugares

Akershus Slott fica no centro de Oslo. O castelo medieval foi construído em 1299 e depois remodelado em estilo renascentista no século 17. Hoje o castelo é usado para alguns eventos do governo. Os visitantes podem acessar o forte de várias maneiras, desde o portão principal de entrada Kirkegata até o de saída em Akersgata, pela Torre Munk próxima ao terminal marítimo, pela Outer Tenaille, o portão ao lado do Museu da Resistência, pelo portão em Skippergata, ou pela entrada no Kongens gate. Dentro do forte, dá para visitar o Museu da Resistência, o Castelo Akershus e a Igreja do Castelo.

O Forsvarsmuseet (Museu das Forças Armadas) fica na parte de baixo do Forte e traz uma mostra da história militar da Noruega desde a época dos vikings. O Norges Hjemmefrontmuseum (Museu da Resistência) foi criado em 1966 e aberto ao público em 1970. Contém documentos, gravações e outras coisas sobre o período de ocupação nazista. Apesar de te-los visitado, não são o tipo de museu que eu gosto. Adicionei eles aqui por fazerem parte da área do Akershus Slott. O Oslo Pass dá entrada gratuita ao castelo, ao Mausoléu Real e aos museus.

Adoro tirar fotos de museus e coisas antigas. lustres e maçanetas antigas fazem parte da lista…

Aker Brygge é uma região nobre, com vários restaurantes e cafés à beira do porto, com cinemas, teatros, galerias, lojas. É um local bem agradável para caminhar e olhar pessoas. De lá tem-se uma bela vista do Akershus Slott e do terminal Radhusbrygge, de onde sai o ferry que leva à região Bygdoy, onde tem vários museus, incluindo o Museu Viking. É um local muito popular, especialmente no verão.

Nobels Fredssenter (Nobel Peace Center) fica entre o Aker Brygge e a prefeitura de Oslo. O local contém os trabalhos relacionados com o Prêmio Nobel da Paz. É um passeio inspirador para aqueles que apreciam a causa. Há tours guiados nos finais de semana. A entrada é gratuita com o Oslo Pass, para quem não tem, o ingresso custa 80 NOK. Na lojinha do museu tem muita coisa interessante para comprar. Eu comprei um imã de geladeira que na verdade é como um quebra-cabeça chinês formado por vários ideogramas, muito lindo, é meu xodó na geladeira. Outro imã que comprei contém uma frase de autoria anônima que é ótima:

If the war is the answer, we are asking the wrong question”.

Oslo Radhus é a prefeitura de Oslo, inaugurada em 1950. Fica próxima ao Nobels Fredssenter. Para falar a verdade, achei o prédio meio feinho. Para a capital de um dos países mais ricos do mundo, a prefeitura deveria ser mais bonita. Mas acho que o que atrapalha um pouco é cor que deixa o prédio meio triste. A entrega do Prêmio Nobel ocorre lá todo ano em 10 de dezembro. Há tour guiado todos os dias com duração de 45 minutos. No verão, dá para visitar a torre.

Outros museus

 

Historik Museum, construído no estilo Art Noveau, foi inaugurado em 1904 e mostra a vida na Noruega desde os tempos pré-históricos até a idade média, um período de mais de 9000 anos (no térreo, exposição “From the Ice Age to the coming of Christianity”). A seção de moedas mostra a história das moedas norueguesas usadas em um período de 1000 anos (primeiro andar, exposição “Coin Cabinet”). Além disso, ainda tem uma boa exposição de objetos egípcios, gregos, romanos e etruscos e das culturas africana e do leste asiático – Tibete, Mongólia, China, Japão e Coréia (primeiro, segundo e terceiro andares).

O museu fica na Frederiks Gate próximo ao Slottsparken e à Universidade de Oslo. A entrada é gratuita com o Oslo Pass. Se for de metrô, é só descer na estação Nationaltheatret.

Nasjonalmuseetfica bem ao lado do Historik Museum. A galeria faz parte do Museu Nacional de arte, arquitetura e design. Esse museu tem a maior coleção de arte norueguesa, nórdica e internacional do início do século 19 até hoje. A principal exibição mostra pinturas e esculturas norueguesas ou não, incluindo muitos trabalhos famosos do pintor expressionista Edvard Munch, incluindo “O Grito”.

Apesar de gostar muito tanto de impressionismo quanto dos expressionistas, esta pintura em particular não me agrada. Na verdade, o trabalho dele é tão bom, que resultou em um quadro perturbador e desconcertante. Dá para sentir toda a agonia, angústia e solidão da pessoa representada. É por isso que não gosto. Nem visitei a sala onde ele fica exposto no museu. Ainda prefiro mesmo os impressionistas, em particular Monet, que é simplesmente maravilhoso. Já o quadro Madona do Munch é belíssimo, de uma sensibilidade aguda, e o melhor, não parece que o mundo está acabando, como em O Grito. A entrada é gratuita e não é permitido tirar fotos.

Oslo – Vigelandsparken

Um ótimo lugar para visitar com calma é o Vigelandsparken , o parque mais popular de Oslo. Mais de um milhão de turistas visitam esse parque anualmente. Também não é para menos, Vigelansparken é maravilhoso. Um lugar para se explorar e se encantar.

O parque contém mais de 200 esculturas de Gustav Vigeland (1869-1943) feitas de bronze, granito ou ferro fundido. Vigeland também foi o responsável pelo desenho e arquitetura do parque, concluído entre 1939 e 1949.

A maioria das esculturas está distribuída em 5 conjuntos, ao longo de 850 metros, nos locais: Main Gate, Bridge, Fountain, Monolith plateau e Wheel of Life. Esses dois últimos são os mais famosos. Só para ter uma idéia, o Monolith é constituído por uma coluna de quase 20 metros de altura com 121 figuras humanas. É realmente impressionante, você fica muito tempo olhando para ele.

Alias, não apenas para o Monolith, mas também para todas as demais esculturas. Para quem gosta de tirar fotos, é um prato cheio. Dá para se perder com tantas esculturas e detalhes que mudam ou realçam de acordo com o ângulo.

Vigelandsparken acaba sendo um pouco diferente dos parques normalmente encontrados na Europa, e talvez esteja justo ai o seu charme e beleza.

O lugar te convida não apenas para uma caminhada relaxante como também para explorar as diferentes faces da vida expostas em cada uma de suas 200 esculturas.

Para quem estiver indo a Oslo, recomendo muito que visite o Vigelandsparken. Eu fui andando após a visita ao Slotten, mas quem quiser pode pegar o ônibus 20 ou o metro e descer na estação Majorstuen.

Vá com calma, sem pressa, para poder admirar a beleza do conjunto das esculturas e de sua harmonia com a natureza do local, bem como para respirar a atmosfera envolvente e prazeirosa do parque.

Oslo – Na Karl Johans Gate a caminho do Palácio Real


Estando em frente à estação de trem de Oslo, tem-se a Karl Johans Gate é a rua principal de Oslo. Ela vai da estação de trem até o Slottet (Palácio Real). É um lugar bem bonito e agradável para andar, com restaurentes, lojas e galerias.

Andando na Karl Johans Gate, em direção ao Slottet, do lado direito vê-se a Oslo Domkirke, (Catedral de Oslo) construída em estilo barroco em 1697.

Quando eu fui, em 2008, estava fechada para reformas, mas agora já está aberta novamente ao público.

A parte de trás da catedral é rodeada pelo Bazaar (Basarene ved Oslo Domkirke), um edifício com uma torre coberta de verde metálico, assim como a Catedral.

Continuando na Karl Johans Gate chega-se ao Stortinget, que fica do lado esquerdo. Stortinget é o prédio do parlamento construído em 1866 por um arquiteto sueco. Há visitas guiadas no verão (de 25 de junho a 20 de agosto) e aos sábados (de 10 de setembro a 10 de junho). A entrada é gratuita.

Ainda na Karl Johans Gate, logo após passar o Stortinget indo em direção ao palácio real, tem-se a Spikersuppa, que é uma praça bonita e agradável, lugar ideal para uma parada de descanso ou para tirar fotos da tulipas belíssimas que compõem os jardins.

Próximo a Spikersuppa está o Nationaltheatret, o maior teatro da Noruega, aberto em 1899. O Nationaltheatret é um dos 5 teatros nacionais noregueses e apresenta peças clássicas e contemporâneas.

O Ibsen Festival e o Contemporary Stage Festival ocorrem bianualmente em anos alternados. Para quem gosta de teatro, pode-se obter a programação completa no site www.nationaltheatret.no.

Em frente ao Nationaltheatret, está a Universidade de Oslo, fundada em 1811. É a maior e mais antiga universidade da Noruega.

A Karl Johans Gate termina na Frederiks Gate em frente ao parque Slottsparken, onde está o Slotten, Palácio Real, construído entre 1825 e 1849 com estrutura neoclássica. O parque é bem agradável e é aberto ao público.

Para quem tem paciência, dá para assistir a troca da guarda que ocorre diariamente às 13:30. Uma bandeira vermelha sinaliza quando o rei está no palácio e, nessa ocasião, uma banda também participa do ritual da troca da guarda. Há visitas guiadas em inglês para conhecer o palácio. O tour tem duração de 1 hora. Os ingressos podem ser comprados no Billetservice e em postos oficiais. O Oslo Pass não dá direito à entrada no palácio.

Quando eu assisti a troca da guarda, a principal atração acabou sendo um garotinho norueguês que ficava imitando os guardas o tempo todo. Ele imitava tão certinho e tão sério que todos começaram a olhar para ele. Mesmo quando já tinha terminado a troca, o garotinho continuou a marchar e bater continência. Quando um dos guardas olhou para ele, o garoto ficou ainda mais sério e bateu continência para o guarda. Não deu outra, todos que ainda estavam presentes começaram a rir.

Bergen – Finalmente os fiordes…

A beleza natural da Noruega, em especial de Bergen, já dá para perceber desde o avião. A paisagem é realmente bonita, formada pelo oceano, muitos lagos, montanhas e, claro, pelos fiordes. Não dá para ir para Bergen e não fazer um passeio pelos fiordes, incluídos também na lista de Patrimônio da Humanidade da UNESCO.

Existem diferentes tipos de passeios pelos fiordes para todos os tipos de bolso (lembrando que, em se tratando da Noruega, o bolso tem que ser bem recheado…). Os passeios variam de duração, sendo que alguns incluem pescaria e outros atrativos. Os tickets podem ser comprados no Tourist Information.

Comprei o ticket da White Lady para conhecer os fiordes. A duração do passeio foi de 4 horas e custou 430 NOK por pessoa.

Não dá para descrever aqui o passeio, esse post ficaria imenso e mesmo assim não transmitiria metade da beleza dos fiordes. A paisagem é magnífica, as montanhas são altíssimas, o tour emociona e encanta. São 4 horas de paisagens belíssimas, fotografias e vídeos que tentam inultimente memorizar a beleza, brisa no rosto e a recompensa de ter ido visitar um dos patrimônios da humanidade, muito merecido por sinal.

Vale a pena, principalmente para os amantes da natureza e de belas paisagens.

As fotos abaixo não fazem jus à beleza do local, afinal é difícil uma câmera conseguir captar a beleza e a emoção que nossos olhos vêem e o coração sente. Não conheci os fiordes de Oslo para comparar, mas quem já fez o passeio pela região me falou que os fiordes de Bergen são bem mais bonitos.

Para quem gosta de tirar fotos e filmar é bom ir com um cartão a mais para evitar frustações.

Mais paisagens

Um dos últimos lugares que fui em Bergen foi o Floibanen Funicular.  Esse bondinho é uma das atrações mais populares. Ele sai do centro da cidade e leva até o topo da montanha Floyen (uma das sete montanhas ao redor de Bergen), a 320 metros acima do nível do mar.

A subida dura 7 minutos, o bondinho possui janelas panorâmicas onde dá pra ver tanto o trajeto dos trilhos quanto a cidade de Bergen. De lá de cima do Floyen tem-se uma vista linda da cidade, além de restaurante e loja. Também há algumas trilhas para quem quiser fazer uma caminhada super agradável.

O ticket de ida e volta custou 70 NOK. O bondinho parte a cada 15 minutos, então dá para apreciar tranquilamente a vista lá de cima e ainda fazer uma caminhada relaxante por uma trilha maravilhosa.

Entre Bergen e Oslo

Saindo de Bergen fui para Oslo. A viagem de trem por si só já vale a pena (tirando os túneis que insistem em interferir com a visão). A paisagem é toda muito linda, vale a pena ir durante o dia para apreciar a vista.

A paisagem é composta por montanhas cobertas de neve e lagos formados pela água que escorre das montanhas. No percurso também é possível ver algumas estações de esqui e casinhas de madeira rodeadas por muita neve.

Bergen – Akvariet, pinguins, focas e música barroca

No meu segundo dia em Bergen, visitei o Akvariet (aquário). É o maior e mais antigo aquário da Noruega, com mais de 60 tanques com diversos peixes, focas, pinguins, etc. Tem sessões de treinamento e alimentação das focas e pingüins abertas ao público.

Eu adorei esse lugar e recomendo muito para quem gosta de bichos e vida marítima. Fiquei por muito tempo assistindo os pingüins. Isso porque um deles ficava roubando pedrinhas dos ninhos de algumas “pinguinhas” para levar para o ninho da escolhida dele. Isso causou uma briga danada entre os “maridos” insultados com tal atitude.

Filmei algumas cenas realmente engraçadas. Afinal pingüim já é engraçado por si só, roubando pedrinhas dos outros companheiros de aquário então, é mais engraçado ainda.

Vale a pena conhecer esse aquário. Não é tão longe do centro, dá para ir a pé tranqüilo (15 a 20 minutos de caminhada). Estando no Market Fish, é só virar à esquerda para chegar na rua Strandkaien, seguindo reto pela rua C. Sundts gate, chega-se facilmente ao Aquário.

Para quem não quiser andar, dá para pegar os ferrys que saem do Bryggen ou do Fish Market e  param no Nykirken ou Tollbodkaien, respectivamente, que ficam bem próximos ao Aquário.  Outra opção é o ônibus 11 que sai do centro. Para quem gosta de tirar fotos, dá para tirar fotos belíssimas dos peixes árticos, focas, pinguins, etc.

Música barroca

Quando fui para Bergen era época do 56° Festival Internacional. Esse festival ocorre sempre entre maio e junho e inclui apresentações de dança, música, teatro, ópera, etc. Para quem gosta de arte é um prato cheio. Os ingressos podem ser comprados em quiosques no centro.

Eu aproveitei para assistir um concerto de música barroca, com tenores e músicos realmente tocando instrumentos da época barroca. O concerto chamava Venezia II e o lugar da apresentação, para dar mais charme ainda, foi o Hakonshallen, completando a atmosfera medieval.

Assistir a um concerto tão lindo em um local tão apaixonante foi realmente uma experiência única. A melodia, as vozes dos tenores e o salão do Hakonshallen se combinavam formando uma atmosfera de sonho, preenchendo o espírito e o coração, como toda boa arte faz.

Foi tudo muito lindo e apaixonante.  Caro, como tudo na Noruega, mas valeu muito a pena. Foi um presente a parte na viagem a Bergen.

Uma dica para quem for assistir a qualquer apresentação. Os noruegueses são muito altos, se você, assim como eu, tiver 1,67 de altura e não estiver com seu saltinho preferido, chegue cedo ou escolha um lugar com boa visibilidade. Caso contrário, quando eles se levantarem para os aplausos, você não conseguirá ver mais nada.

Quem estiver indo para Bergen entre maio e junho e quiser assistir a alguma peça, pode consultar a programação no site http://www.fib.no/en/

Bergen – região do Bryggen

O primeiro lugar que visitei em Bergen foi o Bryggen, que fica em frente ao porto, não tem como não encontrar o local, se você estiver em frente ao Market Fish, você vai avistar o Bryggen a sua direita.

Lá se vê as primeiras casas de Bergen, de arquitetura medieval, feitas de madeira no século XII.  Elas foram destruídas por um incêndio em 1702 e depois reconstruídas para ficarem como eram antes. Bryggen faz parte da lista de Patrimônio da Humanidade da UNESCO.

Outra paixão que tenho além de viajar é tirar fotos (como quase todo bom viajante). Quando viajo, tiro fotos não apenas dos pontos turísticos, como também de detalhes como portas, maçanetas ou lustres antigos, detalhes de esculturas e pinturas, flores e barcos.

E falando em flores, para quem gosta de tulipas vai adorar os jardins da Noruega em geral, pois a flor dominante é sempre a tulipa. E para quem gosta de barcos, pode se preparar para tirar muitas fotos. A foto abaixo foi tirada no porto de Bergen, em frente ao Bryggen.

Seguindo em frente, após passar o Bryggen, há a igreja estilo romanesco Mariakirken, que é a construção mais antiga de Bergen (século XII), funcionando como igreja no período entre 1408 a 1766. Para chegar lá, vire à direita na Dreggsallmenningen.

Voltando à rua do Bryggen, seguindo reto em direção ao Bradbenken estão a torre Rosenkrantz e o Hakonshallen. Este último foi construído entre 1247 e 1261 durante o reinado de Hakon Hakonsson. Foi a construção maior e mais imponente da residência real no século XIII, quando Bergen era o centro político da Noruega.

Ao lado do Hakonshallen fica a torre Rosenkrantz construída em 1560 pelo governador do Castelo de Bergen, Erik Rosenkrantz, com funções combinadas de residência e torre fortificada. Esta torre é considerada um dos mais importantes monumentos da renascença na Noruega.

Noruega – Informações gerais

Vou dar aqui algumas informações gerais que não foram citadas nos outros posts sobre a Noruega.

Localização: país nórdico da Europa setentrional que ocupa a parte ocidental da península escandivana

Área: 385 155 km²

Capital: Oslo

Moeda: coroa norueguesa (NOK); 1,00 €  = 8,03 NOK

Língua: norueguês

População: 4,5 milhões

Renda per capita: US$ 59.300,00

Política: monarquia constitucional hereditária e democracia parlamentar, com o Rei Harald V como seu Chefe de Estado. O povo Sami tem uma certa dose de auto-determinação e influência sobre seus territórios tradicionais, através do Parlamento Sámi e da Lei Finnmark. Não faz parte da União Européia

Clima: clima oceânico, continental, subártico e alpino, com verões amenos e invernos longos e rigorosos, com ventos fortes e alta precipitação de neve. No verão, a temperatura atinge o pico entre o final de Junho e o início de Agosto, podendo chegar a 25ºC a 30ºC em Julho e Agosto. Neste período, os dias são longos e claros, enquanto a humidade do ar é baixa. No Inverno, as temperaturas podem cair muito, chegando, às vezes a – 40ºC. Uma época boa para viajar é a primavera, entre Maio a meados de Junho, nessa época, a paisagem norueguesa ostenta uma beleza incrível. Na Noruega, o tempo e as temperaturas podem mudar bruscamente, sobretudo nas montanhas. Independentemente da estação do ano, é sempre bom levar calçados e agasalhos resistentes.

Documentação: Passaporte válido. Não é necessário visto para turistas brasileiros para permanência total de até 3 meses em países da Comunidade Européia. Pode ser exigida a apresentação de passagem aérea de ida e volta para o Brasil. Quando eu fui a imigração foi feita em Amsterdam (voo da KLM), uma vez que em Bergen não há imigração.

Principais cidades, regiões ou atrações turísticas: Bergen, Oslo, Fiordes, Sol da  Meia-Noite, Aurora Boreal. Quem quiser ver o sol da meia-noite precisa viajar à região Norte, para além do Círculo Polar Ártico.

Mapa:

Links:

http://www.noruega.org.br/ (Site oficial no Brasil)

http://www.visitnorway.com (Site de turismo oficial da Noruega)

http://www.colonialvoyage.com/noruega

Navegando com os Vikings em Oslo

Continuando a falar sobre Oslo, barcos estão para a Noruega assim como vasos estão para a Grécia, ou seja, estão por todos os lugares. Sendo assim, ha vários museus em Oslo dedicados a barcos, navios e derivados…

O primeiro museu que eu fui foi o Vikingskiphuset. Para chegar lá é muito fácil, basta pegar o ferry que sai de Radhusbrygge. Esse ferry vai para a região Bygdoy, onde existem vários outros museus. Tanto o ferry quanto os museus estão inclusos no Oslo Pass. A travessia dura em torno de 10 minutos e faz duas paradas, uma em Dronningen, a mais próxima do Vikingskiphuset e Norsk Folkemuseum, e a outra em Bygdoynes, próximo aos museus Kon-tiki Museet e Frammuseet

A Noruega é frequentemente associada aos povos Vikings. Foi um rei viking, Harald, Cabelo Belo,que unificou a nação norueguesa em um só reino, em meados do século IX e século X. A era Viking foi um período importante para a formação da cultura norueguesa e mitologia nórdica, nessa época os noruegueses conquistaram a Groenlândia e a Islândia, fundaram cidades na Grã-Bretanha e Irlanda (entre elas a capital, Dublin) e navegaram até a costa canadense, sendo os primeiros europeus a pisarem na América.

O Vikingskiphuset possui 3 navios vikings do século 9 intactos. Os navios foram encontrados em 3 túmulos reais em Oseberg, Gokstad e Tune, no oeste da Noruega. O navio Oseberg foi construído cerca de 820 DC e era usado para navegação antes de ser usado como túmulo para uma mulher rica em 834 DC. O navio Gokstad foi construído ao redor de 890 DC e foi usado para o enterro de um poderoso chefe, morto cerca de 900 DC, mesma época em que o navio Tune foi construído. O museu também possui outros objetos encontrados nas tumbas reais como trenós, vestuário, utensílios de cozinha, dentre outros.

Para quem é apaixonado por história antiga, assim como eu, esse museu é espetacular. Afinal é o único com barcos vikings originais e com objetos e utensílios do cotidiano deles. Imperdível. Entrou para a lista dos meus museus preferidos.

Kon-tiki Museet mostra as aventuras de Thor Heyerdahl Kon-Tiki, que cruzou o Atlântico e o Pacífico em suas expedições. Em 1947, o barco Kon-Tiki saiu do Peru. Cento e um dias depois, após atravessar 8000 km do Pacífico, o barco foi levado até o recife Raroia, na Polinésia. Apenas mais cinco homens faziam parte do grupo liderado por Thor Heyerdahl. O barco Ra foi feito com papiro e dai seu nome em homenagem ao deus Sol do Egito.

É impressionante imaginar que essas pessoas cruzaram o oceano em uma embarcação tão simples. Isso leva realmente a refletir sobre a tecnologia versus a vontade humana. Mesmo sem ter toda a tecnologia que temos hoje, esses homens cruzaram os oceanos seguindo seus sonhos e suas paixões por conhecimento e aventura. Esse museu é bem interessante, além dos barcos, também tem exposição dos instrumentos utilizados, fotos do cotidiano da equipe em pleno oceano e anotações.

Bem próximo ao museu Kon-tiki está o Frammuséet que mostra a história dos exploradores polares. O edifício tem uma construção singular, pois tem sua forma triangular para abrigar o  navio mais famoso do mundo polar, o Fram, de 1892, pertencente a Fridtjof Nansen. Em 1893, Nansen liderou uma expedição que atingiu a latitude 86o 14´, a maior distância que qualquer europeu já havia conseguido. Em 1922, Nansen ganhou o Nobel da Paz. O navio é exibido em sua condição original, com interiores e objetos perfeitamente preservado.

Esse museu é bem bacana, dá para entrar no navio, visitando cada dependência do mesmo. É como voltar no tempo. No porão do navio ouve-se o barulho da casa de máquinas e do oceano, como se estivéssemos realmente navegando. Bem legal.

Cada um tem a embarcação que merece…

Perto do Kon-tiki e do Frammuseet tem outro museu marítimo, o Norsk Sjofartmuseum. Esse museu abriga várias pinturas marítimas de artistas noruegueses, barcos de madeira, artefatos antigos usados na construção de navios e utensílios existentes em embarcações antigas. O museu também tem uma exposição de objetos encontrados no fundo do mar e outras curiosidades marítimas. Esse foi o último museu que visitei na região do Bygdoy. Entrei perto do horário de fechamento, mas mesmo assim deu para ver tudo, embora a moça da entrada tenha ficado reclamando sobre o horário.

Oslo além das embarcações

Oslo é a capital da Noruega com 600.000 habitantes, só para comparar, somente o bairro Grajaú em São Paulo tem 434.000 habitantes.

Oslo é uma das cidades mais ricas da Europa, graças à indústria de petróleo, o que também faz da Noruega um dos países mais ricos do mundo, com uma qualidade de vida excelente, bem visível a todos aqueles que visitam o país.

Norway

 

Em 1624, a cidade foi destruída por em um incêndio de grandes proporções. O rei Cristiano IV da Dinamarca a reconstruiu, mas mudou seu nome para Christiania. Em 1925, o nome foi alterado novamente para Oslo.

No século 19, Oslo cresceu rapidamente em virtude da industrialização que deixou sua marca no distrito Akerselva.

A parte central de Oslo, região ao redor do boulevard Karl Johans Gate e do Palácio Real, é conhecida como Centrum. Nesta área se encontram o edifício Stortinget do Parlamento e a Catedral de Oslo.  O castelo Akershus e o forte estão localizados próximos ao Centrum assim como o Kvadraturen, uma área histórica com construções dinamarquesas do século 17.

O moderno bairro Grünerløkka na Akerselva oferece alguns dos melhores bares e lojas (para aqueles que quiserem se aventurar a fazer compras na Noruega…).

Oslomap

 

Oslo, assim como Bergen, parece ser habitada pelos príncipes e princesas da Disney. O povo é muito bonito, simpático e educado. As pessoas me viam olhando o mapa na rua e já vinham me perguntar se eu precisava de ajuda. E o melhor, todos falam inglês. Ainda bem!

Antes de ir para Oslo, ouvi vários comentários de mochileiros que não gostaram de lá. Realmente, se for comparar com Bergen, Oslo fica para trás. Porém, eu adorei a cidade. Tem vários museus (muitos deles relacionados com a vida marítima) e outros lugares bem legais para conhecer.

Em todo o caso para quem não dispõe de tempo e tiver que escolher entre Bergen e Oslo, prefira Bergen, sem dúvida, só o passeio nos fiordes de Bergen já vale a decisão.

Oslo_Norway

 

Como todo o resto da Noruega, Oslo é muito cara. Tudo é ridiculamente caro. O dinheiro vai igual água apenas com refeição, passe de ônibus e outras coisas simples de viagem. É até engraçado ler os blogs de viajantes que já foram para a Noruega. Todos, sem exceção, comentam dos altos preços de lá.

Pode-se dizer também que a Noruega é um país de contraste quando o assunto é sol. No inverno o sol se põe às 14:00, deve ser pra lá de deprê. Em compensação, em maio (quando eu fui), o por do sol era quase à meia noite. Teve um dia que acordei com o sol entrando no quarto e achei que tinha perdido a hora, pois parecia ser mais de 9:00, de tão claro que estava. Levantei correndo e só depois que vi no relógio que eram 4:30 da manhã (ou da madrugada, de acordo com meu relógio biológico).

Oslo

Eu visitei os pontos turísticos andando mesmo, acho mais divertido do que pegar metrô e não ver nada, ou pegar um ônibus e perder uma foto bonita porque  a câmera tremeu. Além do que, é fácil de andar em Oslo, a cidade é bem agradável.

Mas, para quem não quiser andar muito, tem a opção do Oslo Pass, com duração de 24, 48 ou 72 horas e custo de 230, 340 e 430 NOK, respectivamente.

O Oslo Pass dá direito a transporte público e estacionamento gratuitos, entrada em 33 museus,  além de ofertas em restaurantes e lojas. Acaba sendo uma boa opção, mesmo para quem não for utilizar muito o ônibus, barco ou metrô, por causa da entrada livre nos museus.

Dá para comprá-lo no Tourist Information Centre (tem um de frente a prefeitura e outro de frente a estação de trem – Sentralstasjon), no site Visit Oslo, nos albergues ou em outros pontos de venda que existem na cidade.

Bergen – o portal para os fiordes da Noruega

Bergen fica no oeste da Noruega, é uma cidade pequena porém muito charmosa. É rodeada por sete montanhas tendo como ponto central, seu porto.

Fui para lá em maio de 2008, era final da primavera e começo do verão, mas mesmo assim estava muito frio. A temperatura mais alta que pegamos lá foi 14°C. Nessa época do ano, o sol nasce bem cedo, em torno de 4 horas, e se põe depois das 23:00. Demora para o corpo se acostumar, principalmente à noite.

Apesar de todos os guias, e mesmos os noruegueses, afirmarem que em Bergen chove quase o ano todo, não choveu nenhum dia em que eu estava lá. Segundo os próprios habitantes foi por sorte mesmo.

Bergen é a segunda maior cidade da Noruega, com aproximadamente 259 mil habitantes, porém dá para conhecer a maior parte dos locais turísticos caminhando, pois a cidade não é tão grande assim. Para quem não quiser andar, uma opção é o Bergen Card, custa 170 NOK (cerca de 74,00 reais) e dá passe livre ou desconto em alguns museus e atrações por 24 horas, além disso inclui o ônibus circular.

Antes de  comprar esse cartão, eu aconselho verificar antes os horários de funcionamento dos museus pois, mesmo no verão alguns fecham bem cedo e o cartão acaba ficando sem muito uso.

Como gosto de andar quando estou conhecendo alguma cidade nova, preferi visitar os pontos turísticos que escolhi caminhando mesmo, pois assim é possível  descubrir coisas interessantes que não estão em nenhum guia .

Se você estiver viajando para Bergen, não deixe de ir ao Tourist Information que fica no centro da cidade, em frente ao Fish Market. Lá dá para se fazer de tudo: reservar hotéis e passeios, trocar o dinheiro, comprar ingressos para os concertos, alugar carro, comprar souvenirs, tickets de trem, etc. É um local bastante freqüentado com informações variadas.

Outra coisa importante é procurar algum mercado para comprar algumas coisas para café da manhã, lanches, etc. Uma coisa que é verdade sobre a Noruega é que lá tudo é muito caro.

Todas as pessoas com quem conversei, na maioria europeus e alguns poucos americanos, concordaram sobre o alto custo de vida na Noruega. Então é melhor saber onde tem um mercado ou lanchonete do que se aventurar nos restaurantes.

Uma curiosidade dos mercados é que todos os produtos têm dois preços, um é o preço no atacado e outro no varejo. Também é sempre bom confirmar com algum funcionário se o que você está comprando é aquilo que você realmente quer.

No meu primeiro dia em Bergen fui comprar água mineral e quando perguntei se era água com gás, a funcionária do mercado me informou que aquela agua era sabor camarão, eca… Não tive a mesma sorte com o iogurte de arroz… Arghhh… (a propósito, não é necessário comprar água, pois dá para beber a água da torneira tranquilamente).

Uma alternativa para comer algo rápido é o Fish Market. Nessa feira vende-se, além de peixes, frutas, vegetais, flores, artesanatos e souvenirs.

Sanduíches de camarão no Fish Market, uma verdadeira delícia! Foto do site Midwest to Midlands.

Lá comprei um sanduíche de salmão defumado que era uma delícia. Para quem gosta de camarão e salmão, a Noruega é um prato cheio, pois são as únicas coisas baratas por lá. Comi vários sanduíches de camarão e salmão que podem ser comprados em qualquer lanchonete.

Em Bergen, fiquei hospedada em dois albergues pois em nenhum outro eu consegui fazer as reservas para todos os dias em que eu iria ficar por lá por ser alta temporada e por ser a época do festival de música.

O primeiro foi o YMCA Hostel, que eu recomendo. Muito arrumadinho e fica muito próximo ao porto. Além disso, tem um terraço com uma vista linda. O segundo que fiquei foi o Dorm.no. Não gostei tanto quanto o primeiro, mas também é um local bom para se ficar.

Vista do terraço do YMCA Hostel a 1:00 da manhã

Finalizando, Bergen é uma delícia, não é a toa que a cidade é citada é no livro 1000 lugares para ver antes de morrer de Patricia Schultz.

Para quem quiser saber mais sobre Bergen pode consultar os sites:

www.visitbergen.com

www.bergen-guide.com

www.arrivalguides.com/bergen