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Viajando com bebês pela primeira vez

Viajante de carteirinha como sou, uma das coisas que mais sonho em fazer com meu filho é justamente viajar com ele pelo Brasil e pelo mundo. Mas, agora que ele finalmente chegou para fazer parte da família de mochileiros, começaram a aparecer  as dúvidas: Quando começar a viajar com ele? Qual a idade adequada? Para onde ir? E, principalmente, o que levar?

Foi então que comecei a procurar na internet blogs de pessoas que viajam com crianças e encontrei vários com relatos de mães e pais que viajam sem problema com seus fofuchos. Coincidentemente, nessa mesma época, o site Viaje na Viagem do Ricardo Freire fez um levantamento de vários blogs sobre viagens com bebês e crianças. Recentemente, ainda foi publicado um post sobre destinos tidos como adultos onde se pode levar as crianças sem problema algum.

Lendo os relatos, vi que sim, é possível viajar com bebês, mesmo que sejam pequeninos e também que é mais comum do que se pensa a existência de pais e mães que viajam com seus filhotes, embora o “senso comum” diga que é trabalhoso, que não se deve viajar com bebês ou que o destino escolhido deve ser algo que tenha um parque ou piscina.

Sendo assim, com o carnaval chegando, o verão bem estabelecido e a vontade de viajar costumeira, tomei coragem e decidi viajar com uma companhia a mais, a do meu lindinho de apenas 2 meses e meio. Antes disso, realmente não é recomendável pela questão das vacinas.

Como estava procurando algo com natureza e um local que não fosse tão longe, por ser a primeira viagem com ele, acabei optando por uma pousada em Morretes, interior do Paraná. Um destino calmo, tranquilo, próximo da cidade onde moramos (Curitiba) e com muita natureza. Sem dúvida, um local agradável e bem adequado para quem queria fugir da agitação do carnaval.

Escolhido o local, comecei a pesquisar hospedagem. Aqui é importante escolher bem o tipo de acomodação de acordo com a necessidade. O quarto tem que ter uma infraestrutura que permita o bem estar de todos e principalmente do bebê. Assim, é adequado que o quarto possua ventilador ou aquecedor, conforme a estação do ano. Também é essencial ter um frigobar para guardar as frutas, sucos ou outros alimentos que o bebê faça uso.

No nosso caso, como a acomodação era um chalé, facilitou bastante o fato de ficarmos hospedados próximos à piscina. É bom perguntar no hotel ou pousada a localização do quarto em relação ao local onde ficará a maior parte do tempo (piscina, restaurante, etc), pois isso ajudará nas idas e vindas até a acomodação, afinal sempre tem algo que esquecemos de levar para a piscina ou outra coisa que o bebê necessite de acordo com a hora do dia.

Outra coisa para se ter em mente é o tempo gasto no trajeto. Como fomos no Carnaval, é de se esperar que as estradas estejam bem congestionadas, com um trânsito e uma lentidão que podem irritar o pequeno. Assim decidimos por fazer uma viagem mais reduzida, saindo no sábado e retornando na terça. Com isso não pegamos trânsito algum, nem na ida, nem na volta.

Antes de sair de casa para pegar a estrada é bom trocar a fralda no nenê e amamentá-lo, assim, ele viajará mais tranquilo, provavelmente dormindo a maior parte do tempo, se for muito novinho.

Quanto ao que levar, segue abaixo uma listinha de tudo o que o bebe pode precisar. Viajando de carro fica mais fácil, agora de avião já complica um pouco mais quanto à questão do espaço na bagagem para tanta coisa.

Roupas – aqui é só fazer o que toda mãe já está acostumada a fazer, independente do local escolhido, levar roupas leves e também as mais quentinhas, assim o bebê fica preparado para qualquer mudança de temperatura. Adicione manta, cueiro (que serve como um coringa em muitas situações) e um cobertozinho, aqueles que abotoam para virar saco de dormir são ótimos para levar, pois ocupam menos espaço e deixam o bebê bem acomodado.

Banho e higiene – Para o banho, uma boa substituta para a banheira é uma piscina inflável. Levamos uma e funcionou muito bem, aliás, ele adorou tomar banho na piscina. Ela também pode ser usada para refrescar o bebe durante o dia. Como em Morretes estava muito quente, colocamos a piscininha ao lado da piscina da pousada para um “mergulho” refrescante durante o dia.

Piscina inflável, boa para refrescar do calor e também para um banho gostoso no final do dia

Ainda para o banho, eu optei por levar sabonete líquido para cabelos e corpo. É mais fácil para guardar na nécessaire do que o sabonete em barra e ocupa menos espaço do que levar sabonete e shampoo. Outros itens para a higiene do bebê incluem cotonetes, lenços umedecidos, algodão (mesmo que não os use para a troca de fralda, é útil para aplicar alguma loção, repelente, etc e para limpeza também), pente ou escova e fraldinhas de boca, que são muitos úteis na hora da refeição, limpeza do suor, higiene da boquinha, dentre outras coisas. Para quem usa, é bom levar também o termômetro de banho para verificar a temperatura da água antes de dar banho no baby, porém esse item pode ser facilmente trocado pelo toque do cotovelo na água.

Quanto às fraldas descartáveis, leve apenas o necessário para os primeiros dias. Se a viagem for longa, procure desde o primeiro dia a farmácia mais próxima para comprar mais se precisar. O mesmo vale para os lenços umedecidos. Isso economiza espaço na bagagem. Agora, se você estiver indo para um lugar com dificil acesso a farmácias, calcule o número de trocas para saber a quantidade e o tamanho do pacote a ser levado. Na dúvida, conte 2 fraldas para cada mamada. Não esqueça também de levar a pomada contra assaduras.

Hora do sono– Como meu fofucho ainda dorme no carrinho de bebê, levei-o no porta-malas. Assim, embora estivesse fora de casa, ele dormiu na sua “caminha”, como se estivesse no seu quarto. Isso deixa o bebê mais tranquilo, afinal ele reconhece o lugar onde dormirá as próximas noites, mesmo que o quarto seja outro. Levamos também o mosquiteiro para o carrinho por causa dos muitos mosquitos existentes em Morretes. Para bebês novinhos, é bom levar o rolinho para colocar no carrinho na hora de dormir e evitar que eles virem durante o sono.

Medicamentos – Essa é a parte chata que preferimos não usar, mas mesmo assim é importante levar. Minha farmacinha inclui Rinosoro infantil (ou Sorine, tanto faz), Tylenol bebê e termômetro, para casos de febre inesperada, e um medicamento para cólica.

Cadeira de balanço, indispensável em qualquer viagem

Outros itens – Inclua na nécessaire do bebê o filtro solar, caso vá para a praia ou outro lugar com muito sol, e o repelente infantil, para lugares com muitos mosquitos, como era o nosso caso. Se o bebê usar chupetas, leve-as também, afinal acalmam, deixando-o bem tranquilo. O brinquedinho preferido também deve fazer parte da bagagem.

Outro item mágico é a cadeira de balanço. Meu bebê tem uma da Fisher-Price que mostrou ser algo indispensável em uma viagem. Com ela, ele ficava sentadinho, dormindo ou acordado, na beira da piscina, no jardim, no restaurante, na varanda, enfim, em todos os lugares, bem confortável, tranquilo e contente. Na hora do soninho, era só ligar o treme-treme, que ele dormia sem dar o menor trabalho.

Para os momentos de caminhadas com o bebê, aconselho levar o sling. Ele é prático para levar e deixa o bebê bem acomodado. O meu dorme quase o tempo todo quando estamos andando, afinal fica quentinho e o balançar do corpo na troca de passos, acaba por nina-lo. Não aconselho o canguru, pois, alguns podem fazer mal à coluna e articulações do bebê. O sling ajuda a melhor posicionar o peso do bebê, além de deixa-lo próximo da mãe, permitindo que ela fique com os braços livres para carregar bolsa, máquina fotográfica ou qualquer outra coisa. Eu uso o modelo wrap sling pois permite maior contato pele a pele com o bebê.

Acrescente à sua lista sacos de lixo pequenos, para as trocas de fraldas que possam ocorrer fora da acomodação ou até mesmo durante a viagem. Outra coisa que aprendi na viagem é levar sempre uma garrafa com água, para lavar as mãos caso aconteça algum “acidente” na hora da troca, e alcool 70% para desinfetar as mãos.

Com essas dicas, a viagem fica mais fácil e prazerosa para toda a família. A estadia em Morretes foi totalmente segura e meu filhote curtiu bastante. Com isso vi que é possível sim viajar com bebês, mesmo que sejam pequenininhos. Ainda não fiz nenhuma viagem de avião com ele, mas já estou planejando. Acredito que quando a criança cresce viajando e conhecendo novos ambientes e lugares, ele se desenvolve mais rápido e mais confiante.

Já estou sonhando com as próximas viagens. Pretendo aumentar a complexidade delas à medida em que ele for se desenvolvendo. O segredo é toda a família participar e curtir o passeio, sem estresse. Imprevistos podem acontecer, mas se planejarmos bem, estaremos preparados para eles.

Os aeroportos mais perigosos do mundo

Esse post é mais para divertir do que para amendrontar. Pesquisando sobre a qualidade dos aeroportos e sobre os melhores do mundo, acabei me deparando também com os piores e mais perigosos aeroportos do mundo.

As listas variam de site para site, mas alguns aeroportos são bem populares na disputa pelo primeiro lugar dentre os piores. Sendo assim, reuni aqui os aeroportos mais citados nas listas dos mais perigosos do mundo.

Apertem os cintos e comecem a fazer todas as mandingas para atrair boa sorte, pois, para aterrisar ou levantar vôo nestes aeroportos é necessário não somente uma excelente habilidade dos pilotos, como também uma boa dose de fé.

Funchal, Ilha da Madeira

O Aeroporto de Madeira, também conhecido como Funchal Airport, é um aeroporto internacional localizado em Funchal, na Ilha da Madeira. Ele controla o tráfego nacional e internacional da ilha.

O aeroporto ficou famoso devido sua pista curta ladeada de um lado pelo mar e pelo outro a montanha, o que o torna um desafio para a aterrissagem, até mesmo para os pilotos mais experientes, que necessitam voar em direção às montanhas, para depois alinhar o avião com a pista de pouso.

Aeroporto Funchal, Ilha da Madeira. Fonte: Structurae

Inicialmente, a pista possuía apenas 1.400 metros de comprimento, mas depois foi estendida para atingir o comprimento de 2.700 metros. A extensão foi construída sobre o oceano, apoiada em uma série de 180 colunas de 70 metros de altura.

Devido a essa ponte construída em 2004, o aeroporto inaugurado em junho de 1964 ganhou o Prêmio Mundial de Engenharia de Estruturas e foi escolhido como uma das “100 Obras de Engenharia Civil do Século XX”. O desenho e a engenharia para a construção da ponte foram feitos pela construtora brasileira Andrade Gutierrez. Porém, mesmo com a extensão, o Aeroporto Funchal é conhecido por ser um dos aeroportos mais perigosos do mundo.

Courchevel International Airport, França

Esta pista é sem dúvida alguma, a mais bizarra do mundo. Além de totalmente sinuosa, ela ainda é inclinada em 18,5º. Para piorar a situação, a pista é extremamente curta, com apenas 525 metros de comprimento.

A estranha pista foi construída em uma área de esqui nos Alpes Franceses e foi usada na cena de abertura do filme 007 – O Amanhã Nunca Morre. Segundo o The Times, “aterrissar no Courchevel dá medo, mas o pior é decolar, já que a visão de dentro do avião é prejudicada por causa da inclinação da pista.”

Pista sinuosa do Courchevel Airport na França

Aterrissar no Courchevel não é uma tarefa fácil, por isso, os pilotos necessitam obter uma certificação especial antes de tentarem a sorte da perigosa pista. As operações no aeroporto se limitam a vôos privados durante a temporada de esqui.

Gibraltar Airport

O Aeroporto Internacional de Gibraltar fica a apenas 500 metros do centro da cidade, mas não é isso que o torna popular nas listas dos aeroportos mais perigosos do mundo. O ponto forte para que ele apareça em praticamente todas as listas é o fato da Avenida Winston Churchill cruzar a pista de pouso e decolagem.

Se não bastasse esse estranho fato, a turbulência provocada pela formação rochosa a 400 metros da pista provocam sérias sacudidas nos aviões.

Aeroporto Internacional de Gibraltar e a avenida que cruza a pista

Gibraltar é uma cidade espremida entre montanhas, para resolver a falta de espaço, a solução foi que a avenida atravessasse a pista de pouso. Os veículos trafegam normalmente nos intervalos entre pousos e decolagens.

Resta saber se em Gibraltar, o cruzamento entre a avenida e a pista do aeroporto funciona como nas linhas férreas de trem: “Pare, olhe e escute antes de atravessar”.

Princess Juliana International Airport, Saint Martin, Antilhas Holandesas

Aviso alertando os turistas dos perigos da proximidade com as aeronaves

Dentre todos os aeroportos bizarros, este é o meu preferido. O Aeroporto Princess Juliana é um dos mais movimentados do Caribe.

Ele é famoso pelas aterrissagens de grandes aviões em sua pista curta, cerca de 2.180 m. Mas a parte mais curiosa é que uma das cabeceiras fica localizada a poucos metros da praia.

É comum que os banhistas se agrupem para acompanhar a chegada dos aviões, que passam a pouco mais de 20 metros de suas cabeças. Isso sem contar os carros que passam na rua próxima à praia.

Caminhões mais altos podem oferecer um risco maior tanto para a aterrissagem quanto para o próprio veículo, que pode tombar em virtude do vento causado pelas aeronaves.

Avião pousando no Aeroporto Internacional de Saint Martin. Fonte Jetphotos

A proximidade com as aeronaves faz com que alguns turistas se agarrem nas grades na pista para serem jogados nas ondas pelo vento causado por aviões pousando.

Ver as fotos e vídeos existentes na internet sobre esse aeroporto realmente dá vontade de conferir de perto a estranha combinação pista de pouso e praia.

Lukla Airport, Nepal

Localizado a 2900 metros acima do nível do mar, o aeroporto de Lukla, no Nepal, tem uma pista de apenas 527 metros de comprimento, 20 metros de largura e uma inclinação de 11 graus.

Se não bastassem as dimensões reduzidas da pista, ainda há uma montanha de 900 metros que se encontra em uma de suas cabeceiras. No outro lado há um despenhadeiro. Para deixar tudo ainda mais emocionante, também há fortes ventos e baixa visibilidade devido às nuvens.

Pista do Lukla Airport no Nepal com as montanhas ao fundo

Com tantas razões contra esse aeroporto, somente helicópteros e aviões de pequeno porte podem aterrissar no local. Apesar das pequenas dimensões, Lukla é bastante movimentado por ser o início da jornada ao monte Everest.

Juancho E. Yrausquin Airport, Saba, Antilhas Holandesas

O fator de perigo deste aeroporto é o local onde a pista foi construída, uma ponta rochosa da ilha que avança para o mar. Por isso, ambas as cabeceiras terminam com desfiladeiros de rochas que, por sua vez, terminam no oceano. Ou seja, não há área de escape.

Aeroporto Juancho E. Yrausquin nas Antilhas Holandesas. Fonte: Airliners.net

Devido à limitada área da ilha e sua topografia pouco favorável, não houve outra opção para a construção do aeroporto. No final da pista há um X marcado para indicar que o aeroporto é fechado para aviações comerciais.

Curiosamente, a ilha de Saba fica perto de St. Martin. É possível ver o Aeroporto Juancho E. Yraude de alguns pontos da ilha.

Barra Airport, Escócia

Se os aeroportos citados até agora possuem pista pequena, sinuosa ou cortada por uma avenida, o Barra Airport sequer possui uma pista para pouso e decolagem. O aeroporto fica localizado na praia Traigh Mhòr na ilha de Barra. É o único aeroporto do mundo que usa a areia da praia como pista. São três pistas no total, sendo que cada uma delas é marcada com postes de madeira. As pistas são escolhidas para pouso ou decolagem de acordo com a direção do vento.

Uma placa no Barra Airport avisa aos pedestres para se afastarem da área quando a biruta estiver voando e o aeroporto funcionando. Fonte: Wikipedia

Em virtude da ausência de asfalto e lâmpadas sinalizadoras na pista-praia, quando as condições climáticas pioram, os moradores do local deixam os faróis acesos ao longo da praia para orientar os pilotos. Uma luz na torre de controle avisa os pedestres quando um avião está prestes a chegar para que eles fiquem atentos à biruta e liberem o trecho de praia a ser percorrido pelo avião.

Para complementar o quadro bizarro desse aeroporto, quando a maré está alta, as três pistas ficam completamente submersas e, portanto, impossíveis de serem utilizadas.

Gustaf III Airport, Saint Bart

Este aeroporto também fica localizado no Caribe, na ilha de Saint Barthélemy. Ele é considerado como um dos mais perigosos do mundo devido ao local onde se encontra a pista de pouso e decolagem.

Aterrisagem íngreme no Gustaf III Airport. Fonte Titof, Panoramio

Ela se inicia no final de uma encosta e termina na praia. Além disso, assim como no aeroporto Princess Juliana na ilha de Saint Martin, os aviões passam diretamente acima dos banhistas quando decolam.

Para a aterrisagem, os vôos  vêm da direção oposta, mas isso não ajuda nem um pouco já que os pilotos são obrigados a fazerem uma descida íngreme, devido à colina existente.

Sem dúvida alguma, esses aeroportos são bem intrigantes. Porém, apesar de todas as adversidades, não há tantos casos de acidentes como seria o esperado. E apesar de todas as particularidades envolvendo cada um deles, deve ser bem divertido pousar nesses aeroportos.

Em todo o caso, vale a pena levar o santinho preferido, só para garantir.

Os melhores aeroportos do mundo eleitos em 2011

A Skytrax divulgou a lista dos melhores aeroporto de 2011. Novamente se nota a preponderância dos aeroportos asiáticos, assim como em 2010. A premiação World Airport Awards™ é feita baseada em um pesquisa realizada com 11,38 milhões de participantes de mais de 100 diferentes nacionalidades, cobrindo mais de 240 aeroportos do mundo todo. A pesquisa teve duração de 9 meses.

O grande vencedor foi o Aeroporto Internacional de Hong Kong, eleito como o melhor aeroporto do mundo. Em 2010, ele aparecia em terceiro lugar na pesquisa, mas rapidamente subiu para o topo da lista.  O Aeroporto Internacional de Hong Kong (HKIA) está localizado a menos de cinco horas de vôo para a metade da população do mundo e, hoje em dia, é o terceiro mais movimentado aeroporto de passageiros internacionais no mundo.

Só em 2010, cerca de 50,9 milhões de passageiros passaram por este aeroporto. Além disso, ele ainda possui cerca de 900 vôos diários, conectando 160 destinos através de mais de 95 companhias aéreas.

Substituindo o antigo aeroporto de Kai Tak, o HKIA foi inaugurado em 1998 a 16 milhas no meio do mar. Antes de construir o maior terminal do mundo, os engenheiros tiveram que construir uma ilha artificial para suporta-lo e vários túneis, pontes e estradas para conecta-lo à terra.

Desenhado pelo famoso arquiteto britânico Lord Norman Foster, o HKIA fica localizado em Chek Lap Kok na Ilha de Lantau. O aeroporto está totalmente conectado com as áreas urbanas através de uma cadeia de rodovias, ferrovias e pontes.

Desde sua inauguração, o aeroporto coleciona prêmios, em apenas dez anos, ele ganhou sete Prêmios Skytrax de Satisfação do Cliente. O HKIA funciona em um dos maiores terminais construídos no mundo, 24 horas por dia e é a principal porta de entrada para a China e todo o resto da Ásia. O HKIA também é o principal ponto para as empresas aérea Cathay Pacific Airways, Dragonair, Hong Kong Express Airways, Hong Kong Airlines e Air Hong Kong. Ele também serve como ponto de paragem para várias outras linhas aéreas como Air New Zealand, China Airlines, Vietnam Airlines, Qantas, Virgin Atlantic, United Airlines e Air India.

Visão aérea do Aeroporto Internacional de Hong Kong

Dentre as facilidades oferecidas aos passageiros, pode-se citar a variedade de bancos e casas de câmbio existentes nos terminais e mais de 150 pontos de venda de alimentos e bebidas. Há também um cinema 4D com capacidade para 360 pessoas, um centro chamado Aviation Discovery Centre, onde os passageiros podem se divertir com simulações de vôos, locais para prática de esporte com simulações de futebol, basquete, golf e outros e até mesmo um terminal de jogos Playstation.

Assim dá para esperar até mesmo a  conexão mais longa, sem reclamar. Não é a toa que o HKIA permanece há anos na lista dos 10 melhores aeroportos do mundo.

Aeroporto Internacional de Hong Kong

 

O sempre favorito Aeroporto Changi de Singapura, eleito o melhor aeroporto em 2010, ficou em segundo lugar esse ano. Esse aeroporto é servido por mais de 100 companias aéreas internacionais ligando cerca de 200 cidades em 60 países.

Os demais números do Singapore Changi Airport também são impressionantes, são quase 5.400 aterrisagens e decolagens por semana e mais de 42 milhões de passageiros por ano. Isso corresponde a mais de 7 vezes o tamanho da população de Singapura! Com mais de 40.000 metros quadrados de espaço comercial, o Changi Airport é também o maior local de compras de Singapura.

Que vontade que dá de dar uma esticadinha até Singapura…

Singapore Changi Airport. Fonte: www.2010airportreservations.com

Quanto aos demais aeroportos, Incheon International Airport, Kuala Lumpur e Zurich Airport caíram de posição na lista, sendo que o aeroporto Kuala Lumpur foi do quinto lugar direto para a nona posição no ranking. Apesar isso, esse aeroporto ganhou o prêmio de Melhor Imigração na categoria Serviços. Nada mau, pois todos sabem como pode ser chato passar na Imigração, principalmente quando esse processo é chato e você acabou de chegar de uma viagem de 15 horas…

Este ano, o quinto lugar ficou para o Beijing Capital Airport, que subiu do oitavo lugar devido à continuidade nos planos de melhoramento que o aeroporto já estava fazendo. O Beijing Capital Airport também foi eleito o melhor aeroporto da China.

Arquitetura futurista do Beijing Capital Airport. Fonte: www.fivefootway.com

 

Amsterdam Schiphol Airport eAuckland International Airport também melhoram de posição no ranking. O aeroporto de Amsterdam também foi eleito o melhor aeroporto da Europa ocidental, enquanto o de Auckland também foi eleito novamente o melhor aeroporto da Austrália/Pacífico.

Munich Airport foi o único que permaneceu na mesma colocação, o aeropoto também ganhou o título de melhor aeroporto da Europa. A novidade fica por conta do Copenhagen Airport, que aparece na lista, subindo da 15° posição. A qualidade de serviços e o conforto e ambiente dos terminais foram os principais fatores de maior pontuação para esse aeroporto.

Copenhagen Airport. Fonte: www.toscandinavia.com

 

Brasil

E quanto ao nosso país? O Brasil também aparece nas listas de premiações da Skytrax. Esse ano o Aeroporto Internacional de Guarulhos, Cumbica, foi eleito o terceiro melhor aeroporto da América do Sul, tomando o lugar do Aeroporto de Buenos Aires. O Aeroporto Internacional de Lima permanece em primeiro lugar enquanto o Aeroporto de Guayaquil tomou o segundo lugar do Aeroporto de Santiago.

Esse ranking se manteve o mesmo na premiação por Melhor Qualidade de Serviços, onde Cumbica foi eleito o terceiro melhor da América do Sul.

O Aeroporto Internacional de Guarulhos está localizado a 25 kilômetros de São Paulo e é o aeroporto mais movimentado do Brasil. Em 2010, mais de 26 milhões de passageiros passaram por ele. Todo esse tráfego de passageiros é dividido em 2 terminais com 260 pontos de check-in.

O aeroporto funciona 24 horas por dia, servindo em média 20,5 milhões de passageiros por ano.

Provavelmente, o que ajudou Cumbica a aparecer na lista foi o plano de construção de 2 novos terminais e uma terceira pista, trazendo para o aeroporto a total capacidade para atender as operações de passageiros e de carga.

Saguão de Cumbica. Fonte: www.culturamix.com

O Brasil também se destaca nas outras categorias premiadas pela Skytrax. São Paulo Airport Marriott Hotel ganhou o prêmio de melhor Hotel Aeroporto da América do Sul. O hotel fica a apenas a 5 minutos do maior aeroporto da América do Sul, sendo constantementebem classificado pelos hóspedes, não só pela eficiência global do serviço, mas também pela sua atmosfera descontraída e simpática.

Em quarto lugar na lista, aparece o Luxor Airport Hotel do Rio de Janeiro. O hotel fica localizado no terceiro piso do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, Galeão Antônio Carlos Jobim, a poucos passos das áreas de partida e de chegada.

O Galeão também aparece na lista de premiação por Melhor Aeroporto Regional, em segundo lugar, ficando atrás apenas do Aeroporto de Guayaquil.

O Galeão é considerado a principal porta de entrada para o Brasil, localizado a 20 km ao norte do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, na Baía de Guanabara. Existem dois terminais no aeroporto conectados por uma esteira rolante. O aeroporto possui restaurantes e cafés em ambos os terminais.

Espero que com a Copa e as Olimpíadas, nossos aeroportos melhorem de posição nas premiações da Skytrax.

 

Galeão no Rio de Janeiro. Fonte: finestrino.com.br

 

Os melhores e os maiores aeroportos do mundo

Melhores aeroportos

A Skytrax é uma empresa de consultoria britânica que realiza pesquisas sobre companias aéreas e aeroportos. A empresa conduz pesquisas com viajantes de todo o mundo para encontrar a melhor equipe de cabine, aeroporto, avião, companhia aérea, entretenimento de bordo e vários outros fatores ligados ao transporte aéreo. A Skytrax também possui um fórum onde passageiros podem compartilhar suas opiniões sobre as companhias aéreas.

A empresa é mais conhecida pelo seu relatório anual World Airline Awards e World Airport Awards.

A pesquisa realizada entre 2009 e 2010 com 9,8 milhões de passageiros incluiu mais de 210 aeroportos do mundo todo. O resultado mostrou a preponderância dos aeroportos asiáticos, com destaque para o Aeroporto Internacional Changi de Singapura que ficou em primeiro lugar seguido pelo Aeroporto Internacional Icheon de Seoul e Aeroporto Internacional de Hong Kong.

 

A pesquisa se baseou na opinião dos viajantes sobre 39 serviços e produtos oferecidos pelos aeroportos, desde o check-in até o portão de embarque, incluindo fatores como segurança, conforto das instalações, taxa de extravio de bagagem, acesso às informações, etc.

Singapore Changi Airport. Fonte: http://bestairportstosleepin.com/

Dos aeroportos citados na lista, conheço apenas o Zurich Airport e o Amsterdam Schiphol Airport, onde fiz conexão para Berlim e Bergen, respectivamente. Em ambos aeroportos o tempo entre a migração, troca de aeronave e embarque no portão foi curto, sendo o processo bem simples sem maiores complicações. Ao contrário do aeroporto Madrid Barajas, onde encontrar o portão de embarque pode ser uma prova de paciência e resistência. Ainda bem que no Barajas é permitido o uso de carrinhos para as bagagens de mão, algo que também deveria ser implantado em Cumbica e no Galeão, apesar de serem bem menores.

Paciência, um requisito necessário durante a imigração

 

Quanto ao ranking dos aeroportos da América do Sul, o Aeropuerto Internacional Jorge Chávez de Lima ficou em primeiro lugar, ocupando a 33° posição no ranking total. Os aeroportos Galeão do Rio de Janeiro e Cumbica de Guarulhos não receberam estrelas na classificação (1 a 5). Lendo as opiniões dos viajantes que passaram por estes aeroportos nota-se que a principal insatisfação é com os serviços oferecidos (facilidades), seguida pela limpeza e tempo nas filas.



Maiores aeroportos

Os maiores aeroportos do mundo são escolhidos baseando-se no tráfico máximo que estes suportam e não pelo tamanho em superfície dos mesmos. Por causa disso, algumas listas preferem usar o termo aeroportos mais congestionados (busiest airport in the world) ao invés de maiores.

O Airports Council International fez uma lista com os maiores aeroportos em termos de número de passageiros e também de tráfico aéreo. Qualquer que seja a forma mencionada, no topo da lista está sempre o Hartsfield-Jackson Atlanta International Airport de Atlanta, Geórgia, tanto pelo tráfico aéreo (decolagens e aterrissagens) quanto pelo número de passageiros que transitam pelos terminais.

 

 

No relatório do Airports Council International, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim/Galeão, aparece em segundo lugar na lista dos 25 aeroportos com maior crescimento. Os aeroportos de Belo Horizonte, Brasília e Salvador também aparecem nas posições 17, 19 e 20 respectivamente. O Aeroporto Internacional de Guarulhos não foi citado.

Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão


Os melhores e os maiores aeroportos do mundo

Melhores aeroportos

 

A Skytrax (http://www.airlinequality.com/) é uma empresa de consultoria britânica que realiza pesquisas sobre companias aéreas e aeroportos. A empresa conduz pesquisas com viajantes de todo o mundo para encontrar a melhor equipe de cabine, aeroporto, avião, companhia aérea, entretenimento de bordo e vários outros fatores ligados ao transporte aéreo. A Skytrax também possui um fórum onde passageiros podem compartilhar suas opiniões sobre as companhias aéreas. A empresa é mais conhecida pelo seu relatório anual World Airline Awards (http://www.worldairportawards.com/) e World Airport Awards (http://www.worldairlineawards.com/).

A pesquisa realizada entre 2009 e 2010 com 9,8 milhões de passageiros incluiu mais de 210 aeroportos do mundo todo. O resultado mostrou a preponderância dos aeroportos asiáticos, com destaque para o Aeroporto Intarnacional Changi de Singapura (http://www.changiairport.com/) que ficou em primeiro lugar seguido pelo Aeroporto Internacional Icheon de Seoul (http://seoul-airport.com/) e Aeroporto Internacional de Hong Kong (http://www.hongkongairport.com/eng/index.html).


A pesquisa se baseou na opinião dos viajantes sobre 39 serviços e produtos oferecidos pelos aeroportos, desde o check-in até o portão de embarque, incluindo fatores como segurança, conforto das instalações, taxa de extravio de bagagem, acesso às informações, etc.

Dos aeroportos citados na lista, conheço apenas o Zurich Airport (http://www.zurich-airport.com/) e o Amsterdam Schiphol Airport (http://www.schiphol.nl/), onde fiz conexão para Berlim e Bergen, respectivamente. Em ambos aeroportos o tempo entre a migração, troca de aeronave e embarque no portão foi curto, sendo o processo bem simples sem maiores complicações. Ao contrário do aeroporto Madrid Barajas, onde encontrar o portão de embarque pode ser uma prova de paciência e resistência. Ainda bem que no Barajas é permitido o uso de carrinhos para as bagagens de mão, algo que também deveria ser implantado em Cumbica e no Galeão, apesar de serem bem menores.

Quanto ao ranking dos aeroportos da América do Sul, o Aeropuerto Internacional Jorge Chávez de Lima (http://www.lap.com.pe/lap_portal/index.asp) ficou em primeiro lugar, ocupando a 33° posição no ranking total. Os aeroportos Galeão e Cumbica não receberam estrelas na classificação (1 a 5). Lendo as opiniões dos viajantes que passaram por estes aeroportos nota-se que a principal insatisfação é com os serviços oferecidos (facilidades), seguida pela limpeza e tempo nas filas.

Maiores aeroportos

Os maiores aeroportos do mundo são escolhidos baseando-se no tráfico máximo que estes suportam e não pelo tamanho em superfície dos mesmos. Por causa disso, algumas listas preferem usar o termo aeroportos mais congestionados (busiest airport in the world) ao invés de maiores.

Qualquer que seja a forma mencionada, no topo da lista está sempre o Hartsfield-Jackson Atlanta International Airport (http://www.atlanta-airport.com/) de Atlanta, Geórgia, tanto pelo tráfico aéreo (decolagens e aterrissagens) quanto pelo número de passageiros.

O Airports Council International (http://www.airports.org/cda/aci_common/display/main/aci_content07_banners.jsp?zn=aci&cp=1_725_2___) fez uma lista com os maiores aeroportos em termos de número de passageiros e também de tráfico aéreo:

 

No relatório do Airports Council International, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim/Galeão (http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/rio-de-janeiro/aeroporto-internacional-do-rio-de-janeiro.html), aparece em segundo lugar na lista dos 25 aeroportos com maior crescimento. Os aeroportos de Belo Horizonte (http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/minas-gerais/aeroporto-de-belo-horizonte.html), Brasília (http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/distrito-federal/aeroporto-internacional-de-brasilia.html) e Salvador (http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/bahia/aeroporto-internacional-de-salvador.html) também aparecem nas posições 17, 19 e 20 respectivamente. O Aeroporto Internacional de Guarulhos (http://www.aeroportoguarulhos.net/) não foi citado.

Mochilando sozinha

Minha primeira experiência como mochileira foi viajando sozinha. Acompanhada apenas pela minha mochilassauro de 68 litros, uma companheira fiel de jornada.

Muitos me diziam que era loucura viajar sozinha, mas há muito que eu planejava uma viagem para a Europa Inicialmente eu iria fazer um curso de francês e depois mochilar por um período de 3 meses, logo após terminar meu doutorado. Porém, uma proposta de emprego em São Paulo, adiou meus planos em um ano, bem como reduziu consideravelmente a duração da viagem para apenas 20 dias.

A redução de 70 dias em meus planos não diminuiu minha vontade. Ao contrário, apenas aumentou o desejo e a persistência em planejar os mínimos detalhes, de forma que essa viagem fosse memorável, mesmo que fosse de tão pouca duração.

Escala em Zurich

A diversão começou desde o aeroporto. Na hora de embarcar deu aquele frio enorme na barriga. “Cruzar o Atlântico sozinha? Em que eu estava pensando?” Pensamentos que duram meio segundo, pois a vontade de ir é bem maior. O que durou mais tempo mesmo foi a despedida do noivo (hoje meu marido e pessoa que mais me apóia em meus sonhos de conhecer o mundo). Ficamos tanto tempo nos despedindo que quase perdi o avião. Brincadeira, mas que fui a última a entrar, isso foi verdade.

Diário de viagem

O avião decola e começo a escrever em meu diário de viagem, outro companheiro fiel, meu caderninho cuja capa é um Betty Boop glamourosa.

Enquanto o piloto fala alemão sem parar, provavelmente sobre o tempo de vôo, altitude, velocidade, etc etc, eu sem nada entender olho pela janela e vejo então uma lua cheia, dançando alegremente no céu negro.

Brilha tanto que parece querer entrar pela janela, como se desejasse me abraçar, dizer alguma coisa talvez.

Uma lua sorridente brincando no céu tão escuro. Uma dama curiosa que observa atenta e ilumina.

Eis ai um bom presságio.

A lua me acompanha, deixando de lado a solidão de viajar sozinha em meio a tantos suíços calados pensativos.

Viajar sozinha me faz lembrar o arcano  O Louco do tarot. Uma figura enigmática que inicia sua jornada sem mesmo perguntar o porquê de se fazer aquilo.

O Louco, Tarot de Marselha

A Jornada descrita no tarot, a jornada de um homem. Isso me faz pensar também no principal desafio do Louco. O Arcano é representado carregando uma sacola, e é ai que reside seu desafio, o nosso desafio.

No final da jornada, sua sacola pode retornar cheia ou vazia.

Relembrando que a vida é um ciclo (uma espiral, como diziam os celtas) que nunca termina, eu, assim como o Louco na jornada descrita pelo tarot, vou retornar ao início. E então como estará a minha sacola? Cheia? Vazia? Diferente? Modificada?

Esse é o desafio e a pergunta de quem faz uma viagem sozinha (ou mesmo acompanhada). O que deixar, o que levar, o que trocar, o que aprender e o que desaprender.

Enquanto me perco nesses pensamentos, percebo tardiamente que não vejo mais a lua em meio a escuridão celeste. Talvez ela durma agora, ou talvez tenha ido observar outros viajantes.

Quando o dia amanhece, o calado passageiro ao meu lado abre a janela e vejo a paisagem, montanhas a perder de vista. Uma imagem que transmite poder e paz. Meus pensamentos agora são “Europa!”. Ligo a TV à minha frente e confirmo, sim, são os Pirineus da Espanha. Não demora tanto agora, logo o avião pousa em Zurique.

Solidão? Sim, viajar sozinha pode ser solitário em alguns momentos. Nesses casos, uso tempo a meu favor, para escrever meu diário, observar as pessoas na rua, enquanto descanso em alguma praça, rever as fotos mais importantes e descrevê-las com cuidado em meu diário.

Viajar sozinha é uma forma de você perceber melhor seus sentimentos, observar melhor o ambiente ao redor, e também de valorizar mais as pessoas que estão ao seu lado e que, mesmo do outro lado do oceano, permanecem tão próximas, residentes fixas em seu coração.

E não é tão solitário assim, albergues são ótimos lugares para se fazer amizades e conhecer gente do mundo inteiro. Cada pessoa com seus planos, indo e vindo para lugares tão diferentes do seu próprio itinerário. Cada pessoa viajando por um motivo, e ao mesmo tempo todos viajando pelo mesmo motivo.

Eu e minha mochilassauro refletidas em Amsterdam

Outra vantagem é que você pode fazer seu próprio roteiro, algo impensável quando se viaja de excursão ou pacotes próprios. Já viajei assim quando era adolescente e inexperiente. Até perceber a chatice que é alguém te dizendo qual será o passeio do dia.

Viajando sozinha eu posso me perder em meus trajetos, se algo me chama mais a atenção do que o caminho previamente pensado.

Posso passar horas em um museu magnífico como o Altes Museum em Berlim ou descasar preguiçosamente no Jardim Du Luxembourg em Paris, vendo o dia passar lentamente enquanto ouço uma música ou como um queijo chèfre.

Viajar como mochileira é sentir liberdade, é ter aventura e muitas surpresas (mesmo que seja o trem mudando de plataforma no último minuto e isso ser anunciado somente em alemão).

Viajar sozinha é um aprendizado, uma experiência única, um crescimento pessoal intenso e prazeiroso.

Que delícia ser dono do seu tempo e da sua viagem!