Arquivo mensais:outubro 2010

Bergen – região do Bryggen

O primeiro lugar que visitei em Bergen foi o Bryggen, que fica em frente ao porto, não tem como não encontrar o local, se você estiver em frente ao Market Fish, você vai avistar o Bryggen a sua direita.

Lá se vê as primeiras casas de Bergen, de arquitetura medieval, feitas de madeira no século XII.  Elas foram destruídas por um incêndio em 1702 e depois reconstruídas para ficarem como eram antes. Bryggen faz parte da lista de Patrimônio da Humanidade da UNESCO.

Outra paixão que tenho além de viajar é tirar fotos (como quase todo bom viajante). Quando viajo, tiro fotos não apenas dos pontos turísticos, como também de detalhes como portas, maçanetas ou lustres antigos, detalhes de esculturas e pinturas, flores e barcos.

E falando em flores, para quem gosta de tulipas vai adorar os jardins da Noruega em geral, pois a flor dominante é sempre a tulipa. E para quem gosta de barcos, pode se preparar para tirar muitas fotos. A foto abaixo foi tirada no porto de Bergen, em frente ao Bryggen.

Seguindo em frente, após passar o Bryggen, há a igreja estilo romanesco Mariakirken, que é a construção mais antiga de Bergen (século XII), funcionando como igreja no período entre 1408 a 1766. Para chegar lá, vire à direita na Dreggsallmenningen.

Voltando à rua do Bryggen, seguindo reto em direção ao Bradbenken estão a torre Rosenkrantz e o Hakonshallen. Este último foi construído entre 1247 e 1261 durante o reinado de Hakon Hakonsson. Foi a construção maior e mais imponente da residência real no século XIII, quando Bergen era o centro político da Noruega.

Ao lado do Hakonshallen fica a torre Rosenkrantz construída em 1560 pelo governador do Castelo de Bergen, Erik Rosenkrantz, com funções combinadas de residência e torre fortificada. Esta torre é considerada um dos mais importantes monumentos da renascença na Noruega.

Museus mundo afora

Aqui você encontra um pequeno resumo dos museus que já visitei. Ele é atualizado constantemente com novas informações ou museus.

Dinamarca

NY Carlsberg Glyptotek. Copenhague. Este museu possui mais de 10,000 obras de arte, divididas em duas coleções principais, abrangendo desde o início da cultura ocidental do Mediterrâneo, incluindo obras gregas e romanas, a outras formas de arte dinamarquesa e francesa dos séculos 19 e 20. Algumas das pinturas expostas são de Monet, Sisley, Pissarro, Gauguin, dentre outros. O museu abre diarimente das 11:00 as 17:00. O ingresso custa 60 DKK e aos domingos a entrada é gratuita. O museu é citado no livro 1000 lugares para ver antes de morrer de Patricia Schultz.

Noruega

Frammuséet. Oslo. Ótimo museu. Mostra a história dos exploradores polares. O edifício tem uma construção singular, pois tem sua forma triangular para abrigar o  navio mais famoso do mundo polar, o Fram, de 1892, pertencente a Fridtjof Nansen. Em 1893, Nansen liderou uma expedição que atingiu a latitude 86o 14´, a maior distância que qualquer europeu já havia conseguido. Em 1922, Nansen ganhou o Nobel da Paz. O navio é exibido em sua condição original, com interiores e objetos perfeitamente preservado. Esse museu é bem bacana, dá para entrar no navio, visitando cada dependência do mesmo. É como voltar no tempo e vivenciar o cotidiano dos tripulantes. No porão do navio ouve-se o barulho da casa de máquinas e do oceano, como se estivéssemos realmente navegando. Bem legal.

Forsvarsmuseet. Oslo. Museu das Forças Armadas, traz uma mostra da história militar da Noruega desde a época dos vikings. Interessante para quem gosta deste assunto (não é o meu caso).

Historik Museum. Oslo. Construído no estilo Art Noveau, foi inaugurado em 1904 e mostra a  vida na Noruega desde os tempos pré-históricos até a idade média, um período de mais de 9000 anos (no térreo, exposição “From the Ice Age to the coming of Christianity”). A seção de moedas mostra a história das moedas norueguesas usadas em um período de 1000 anos (primeiro andar, exposição “Coin Cabinet”). Além disso, ainda tem uma boa exposição de objetos egípcios, gregos, romanos e etruscos e das culturas africana e do leste asiático – Tibete, Mongólia, China, Japão e Coréia (primeiro, segundo e terceiro andares).

Kon-tiki Museet Oslo. Ótimo museu. Mostra as aventuras de Thor Heyerdahl Kon-Tiki, que cruzou o Atlântico e o Pacífico em suas expedições. Em 1947, o barco Kon-Tiki saiu do Peru. Cento e um dias depois, após atravessar 8000 km do Pacífico, o barco foi levado até o recife Raroia, na Polinésia. Apenas mais cinco homens faziam parte do grupo liderado por Thor Heyerdahl. O barco Ra foi feito com papiro e dai seu nome em homenagem ao deus Sol do Egito. É impressionante imaginar que essas pessoas cruzaram o oceano em uma embarcação tão simples. Isso leva realmente a refletir sobre a tecnologia versus a vontade humana. Mesmo sem ter toda a tecnologia que temos hoje, esses homens cruzaram os oceanos seguindo seus sonhos e suas paixões por conhecimento e aventura. Esse museu é bem interessante, além dos barcos, também tem exposição dos instrumentos utilizados, fotos do cotidiano da equipe em pleno oceano e anotações.

Nasjonalmuseet Oslo. A galeria faz parte do Museu Nacional de arte, arquitetura e design. Esse museu tem a maior coleção de arte norueguesa, nórdica e internacional do início do século 19 até hoje. A principal exibição mostra pinturas e esculturas norueguesas ou não, incluindo muitos trabalhos famosos do pintor expressionista Edvard Munch, incluindo “O Grito”. Apesar de gostar muito tanto de impressionismo quanto dos expressionistas, esta pintura em particular não me agrada. Na verdade, o trabalho dele é tão bom, que resultou em um quadro perturbador e desconcertante. Dá para sentir toda a agonia, angústia e solidão da pessoa representada. É por isso que não gosto. Nem visitei a sala onde ele fica exposto no museu. Ainda prefiro mesmo os impressionistas, em particular Monet, que é simplesmente maravilhoso. Já o quadro Madona do Munch é belíssimo, de uma sensibilidade aguda, e o melhor, não parece que o mundo está acabando, como em O Grito. A entrada é gratuita e não é permitido tirar fotos.

Norges Hjemmefrontmuseum. Oslo. Museu da Resistência criado em 1966 e aberto ao público em 1970. Contém documentos, gravações e outras coisas sobre o período de ocupação nazista. Apesar de te-lo visitado, não é o tipo de museu que eu gosto.

Norsk Sjofartmuseum Oslo. Esse museu abriga várias pinturas marítimas de artistas noruegueses, barcos de madeira, artefatos antigos usados na construção de navios e utensílios existentes em embarcações antigas. O museu também tem uma exposição de objetos encontrados no fundo do mar e outras curiosidades marítimas. Esse foi o último museu que visitei na região do Bygdoy. Entrei perto do horário de fechamento, mas mesmo assim deu para ver tudo (não é muito grande), embora a moça da entrada tenha ficado reclamando sobre o horário.

Vikingskiphuset. Oslo. Excelente museu. Possui 3 navios vikings do século 9 intactos. Os navios foram encontrados em 3 túmulos reais em Oseberg, Gokstad e Tune, no oeste da Noruega. O navio Oseberg foi construído cerca de 820 DC e era usado para navegação antes de ser usado como túmulo para uma mulher rica em 834 DC. O navio Gokstad foi construído ao redor de 890 DC e foi usado para o enterro de um poderoso chefe, morto cerca de 900 DC, mesma época em que o navio Tune foi construído. O museu também possui outros objetos encontrados nas tumbas reais como trenós, vestuário, utensílios de cozinha, dentre outros. Para quem é apaixonado por história antiga, assim como eu, esse museu é espetacular. Afinal é o único com barcos vikings originais e com objetos e utensílios do cotidiano deles. Imperdível. Entrou para a lista dos meus museus preferidos e também no lugares descritos no livro 1000 lugares para ver antes de morrer

Suécia

Dansmuseet. Estocolmo. Museu de cultura mundial com exposições abrangendo dança, teatro, fotografia e arte, incluindo obras indianas, máscaras africanas e figurinos do balé russo.

Gustav IIIs antikmuseum. Estocolmo. Um dos mais antigos da Europa, aberto ao público em 1794. A maioria das esculturas foi adquirida por Gustav III durante sua viagem à Itália em 1783-1784 e estão dispostas exatamente do mesmo modo que estavam em 1790.

Junibacken. Estocolmo. Museu inaugurado em  1996 pela família real. O passeio de trem mostra bonecas e histórias infantis de Astrid Lindgren

Nationalmuseum. Estocolmo. Inaugurado em 1864 em estilo veneziano-renascentista. Possui um importante acervo de várias pinturas das principais escolas européias, além de móveis, pratarias, cerâmicas, objetos de madeira, prata e bronze. A maior parte da coleção foi doada pelo rei Gustav III da Suécia.

Nordiskamuseet. Estocolmo. Museu nórdico que mostra como os suecos moraram nos últimos 500 anos. Era originalmente chamado de Skandinavisk-etnografiska samlingen (Museu da etnografia sueca).

Skansen. Estocolmo. Foi inaugurado em 1891, sendo o pioneiro dos museus ao ar livre com exposições referentes à vida rural e urbana da Suécia dos séculos 18 e 19. Nesta área podem ser vistas 150 construções e fazendas de diferentes partes do país que foram desmontadas de seus lugares de origem e refeitas na área do Skansen. Boa parte das construções tem decoração interna de época. Há também um mini-zoológico de animais selvagens da Escandinávia, como ursos e lobos.

Tre Kronor. Estocolmo. Museu dedicado ao palácio original Tre Kronor, o qual foi destruído por um incêndio em 1697.

Vasa Museet. Estocolmo. Fascinante. É o museu mais visitado de Estocolmo, e com razão. Foi construído em 1990 para abrigar o navio de guerra Vasa, construído por volta de 1620. O navio afundou no porto de Estocolmo e foi recuperado em 1956, 333 anos após afundar. A embarcação possui parte do costado e da popa lindamente entalhados mostrando o esplendor e poderio da realeza sueca, porém o Vasa afundou logo em sua viagem inaugural. É a única embarcação do mundo remanescente do século 17 e ainda intacta. O navio não pode ser visitado por dentro mas vê-lo é fascinante. O museu é muito bem planejado e rico em informações. Entrou para a lista dos meus museus preferidos e também na lista dos museus em que eu já fui “expulsa” (museu fechou comigo dentro, mais detalhes no post: Estocolmo entre os canais e a torre“). Este museu também está descrito no livro 1000 lugares para ver antes de morrer.

Estocolmo entre os canais e a torre

Continuando o post anterior sobre Estocolmo, existem duas boas maneiras de ver a cidade além de caminhar ou pegar o ônibus. Pelos canais da cidade e de cima da torre Kaknastornet, o ponto mais alto de Estocolmo. O cartão Stockholmskortet dá entrada gratuita em ambos.

Existem vários tipos de tours pelos canais. Eu acho bem legal de se fazer, Estocolmo é construída sobre 14 ilhas, então o passeio de barco oferece uma bela vista da cidade a partir da água. Eu escolhi o Royal Canal Tour, com duração de 50 minutos. Para quem não tem o cartão, o valor do ingresso é 150 SEK.

O barco sai de Stromkajen (Grand Hôtel), perto da ponte  Strömbron que sai de Gamla Stan. Passa pelo canal de Djurgårdsbrunn, visitando pontos como Djurgården e o Royal National Park City, prédios históricos e pontos com natureza exuberante. Na volta, o tour passa pelo Vasamuseet e Waldemarsudde. Tem uma lanchonete a bordo, caso dê fome durante o tour.

Ainda bem próximo à Gamla Stan, logo que o barco sai, dá para avistar o Nationalmuseum, inaugurado em 1864 em estilo veneziano-renascentista. Este museu possui um importante acervo de várias pinturas das principais escolas européias, além de móveis, pratarias, cerâmicas, objetos de madeira, prata e bronze. A maior parte da coleção foi doada pelo rei Gustav III, que devia ser um grande apreciador de objetos de arte, visto que sua coleção particular pôde ser generosamente distribuída em dois museus, este e o Gustav IIIs antikmuseum , um dos mais antigos museus da Europa, aberto ao público em 1794. A maioria das esculturas foi adquirida por Gustav III durante sua viagem à Itália em 1783 e estão dispostas exatamente do mesmo modo que estavam em 1790.

Abaixo tem outras fotos tiradas do barco, uma delas é o Danvikshem, um prédio intrigante, construído entre 1902 and 1915. Hoje em dia é usado como casa de repouso para idosos. Fiquei sabendo de uma história engraçada sobre o Danvikshem, mas não sei se é verdade.  Algum tempo atras, um navio de guerra foi para Estocolmo em uma visita oficial. Quando avistaram esse prédio, o capitão pensou que fosse o palácio real e deu ordens para dispararem os canhões para saudar ao rei. Dá para imaginar como ficaram os vovôs e as vovós depois desse engano…

Outro lugar que dá para avistar do barco é o Skansen. Foi inaugurado em 1891, sendo o pioneiro dos museus ao ar livre com exposições referentes à vida rural e urbana da Suécia dos séculos 18 e 19. Nesta área podem ser vistas 150 construções e fazendas de diferentes partes do país que foram desmontadas de seus lugares de origem e refeitas na área do Skansen. Boa parte das construções tem decoração interna de época. Há também um mini-zoológico de animais selvagens da Escandinávia, como ursos e lobos. Este estilo de casa também pode ser visto nas áreas rurais norueguesas.

Na foto panorâmica dá pra ver o Djurgårdsbron e Strandvägen. Este último quer dizer “caminho da praia”, constituindo um boulevard na parte central de Estocolmo. Foi construído para a Feira Mundial de Estocolmo em 1897 e rapidamente se tornou um dos endereços de maior prestígio na cidade.

Kaknastornet

Depois de ver Estocolmo dos canais, é hora de vê-la do alto. Kaknastornet é a torre que fica no ponto mais alto da cidade. O elevador leva 30 segundos para atingir a altura de 155 metros do chão. De lá, tem-se uma vista espetacular da cidade. A vista alcança em torno de 6o km, incluindo os subúrbios e o aquipélago. A torre foi construída empregando engenharia avançada entre 1963 e 1967. Tem restaurante e um café bar agradáveis e alguns sofás ótimos para sentar e apreciar a paisagem.

Stadshuset

Há ainda um terceiro lugar de onde se tem uma bela vista de Gamla Stan e da ilha Riddarholmen, do pátio atrás da Stadshuset, a prefeitura de Estocolmo. A Stadshuset foi construída em estilo romântico entre 1911 e 1923 usando aproximadamente 8 milhões de tijolos.  A prefeitura, é o símbolo da cidade, sendo o local da entrega do prêmio Nobel (exceto o Nobel da paz que é em Oslo). Há visitas guiadas para conhecer o interior, com duração de 45 minutos. Dá para visitar a torre também, que fica aberta de maio a setembro.

A foto abaixo mostra a vista de Riddarholmen, dá para ver do lado esquerdo o Norstedts, o prédio editorial mais antigo de Estocolmo. A editora publica ficção, não-ficção, acadêmicos, livros de referência, infantis e dicionários. No lado direito está o Wrangelska palatset, que foi residência da família real entre 1697 a 1754. No fundo tem a torre da Igreja de Riddarholmen, conhecida por abrigar os requintados túmulos dos monarcas suecos há 700 anos. Parte dela data do século 13, mas a maior parte, construída com tijolinhos, é do século 16.

Conversei com um segurança no pátio central da Stasdshuset. Comentei com ele sobre o fato da rainha da Suécia ser brasileira. Ele me contou orgulhoso que já havia visto a rainha de perto e que ela era baixinha. Bom, qualquer um poderia ser baixinho perto dele, um típico sueco, então respondi para ele que a rainha não era baixinha e sim os suecos que são muito altos. Perguntei a ele como era a vida em Estocolmo e se ele gostava de lá. Sua resposta foi inusitada, ele disse que gostava sim de Estocolmo, mas como nunca tivesse morado em outro lugar, ele não poderia afirmar com tanta certeza. Bom, não deixa de ser verdade a comparação improvável.

Desviando das bicicletas em Copenhague

Cheguei em Copenhague em junho de 2008, vindo de Estocolmo.

A capital da Dinamarca é uma cidade antiga com belas construções históricas e atrações. É fácil de se locomover e dá para conhecer as atrações apenas caminhando. No próprio mapa da cidade, encontrado facilmente nos hoteis ou centro de informação ao turista, tem uma sugestão de roteiro para ser feito a pé,  passando pelos principais pontos turísticos.

Situada na ilha da Zelândia e ligada ao continente por uma ponte, Copenhagen é uma cidade de médio porte. Seu nome significa “porto dos mercadores“. Foi fundada em 1167  pelo bispo Absalon que construiu um forte na pequena vila existente.

A cidade conserva um centro histórico bem charmoso e lugares animados, como o  Nyhavn (Porto Novo,) lotado de barzinhos e restaurantes, e de onde partem os barcos que percorrem os diversos canais que cortam o bairro.

Copenhague, como era de se esperar, é a maior cidade da Dinamarca com uma população de mais de 1.875.000 habitantes. É uma das cidades mais densamente povoadas da Escandinávia e também a mais visitada dos países nórdicos, com mais de um milhão de turista a visitando anualmente. Compete em beleza com Estocolmo, segundo o guia Lonely Planet é a cidade mais encantadora da Escandinávia, mas eu particularmente discordo. Para mim Estocolmo é a mais bonita e charmosa das capitais, não é a toa que é conhecida como a capital da Escandinávia.

O que mais se vê em Copenhague são bicicletas, mais do que até em Amsterdam. Elas estão por todos os lados em todos os estilos diferentes. Até taxi-bicicleta tem (eu andei em um por sinal, é bem divertido).

Elas estão nas ruas, nas calçadas, nos parques. Tem horas que até chateia tanta bicicleta vindo em todas as direções. Realmente tem horas que é necessário desviar das bicicletas.

Algumas são tão diferentes que dá muita vontade de pedalar, principalmente nos parques. Como a cidade é toda plana, a população prefere mesmo a bicicleta para se locomover, o que além de ser bem ecológico, é divertido e ótimo para manter a forma. No fundo, no fundo, que inveja….rs.

A bicicleta em Copenhague se tornou um símbolo. Perto da prefeitura, no alto de um prédio na H.C. Andersens Boulevard, tem um relógio do clima. Se está chuvoso, sai a estátua com um guarda-chuva, se o clima está ensolarado, sai a estátua com a bicicleta.

Em Copenhague, fiquei hospedada no Danhostel Copenhagen City, próximo ao parque Tivoli. É uma boa localização e também um lugar agradável e com boa segurança.

Para saber mais sobre Copenhague:

www.visitcopenhagen.com

Chegando em Estocolmo

Fui para Estocolmo em maio de 2008, vindo de Oslo. A viagem de trem de Oslo para Estocolmo já seria cansativa apenas pela duração de 7 horas, porém, acabou sendo bem mais cansativa do que o imaginado.

Primeiro porque o trem que saia de Oslo foi cancelado e a empresa decidiu fazer o trajeto então de ônibus até a fronteira para então pegar o trem, ou seja, a duração de 7 horas agora parecia ser bem mais agradável.

Mas até ai tudo bem, são coisas de viagem e dá para passar o tempo vendo a paisagem, comendo chocolate e revendo os locais que eu queria visitar.

Bom, chegando na fronteira, entrei no trem devido e pensei que o resto da viagem seguiria normalmente. Ledo engano. Atrás de mim sentou um inglês totalmente bêbado que ficava xingando todo mundo dentro do vagão. Quando não estava xingando ou incomodando as pessoas, ele ficava falando de Liverpool, vai entender…

Agora vem a parte cômica da história. Quando o inglês desceu, todos acharam bom, mas ai entrou um africano mais bêbado ainda e sentou no mesmo lugar do inglês, ou seja, atrás de mim. Acho que aquele banco devia ser o reservado aos bêbados, só pode.

O africano foi ficando cada vez mais agitado, dai ele começou a andar de um lado para o outro, super nervoso e xingando mais alto ainda que o inglês, por fim, ele até caiu em cima de mim. Dai não deu outra, os funcionários do trem vieram e tiraram o maluco do trem.

E foi assim que acabei chegando à noite em Estocolmo. Mas tudo bem, pela experiência que já tive em outras viagens, aprendi que trocar de cidade é sempre uma aventura.

Bom, Estocolmo é uma cidade lindíssima, uma das mais bonitas que já visitei. Foi fundada por volta do século 13 e é composta de 14 ilhas com água limpíssima, o que lhe rendeu o apelido de Veneza do Norte (embora, na minha opinião, seja muito difícil alguma cidade se comparar a Veneza).

É muito civilizada, com diversos parques, praças, avenidas largas e também edifícios antigos e medievais. Estocolmo é habitada por cerca de 20% da população da Suécia, totalizando 2 milhões de habitantes.

A cidade oferece várias atrações. Eu fiquei por 3 dias e me arrependi, devia ter ficado por mais tempo, porém estava difícil de encontrar acomodação, já que era alta temporada e estava tendo vários eventos na cidade.

Por todos os lados viam-se camionetes e ônibus carregando um amontoado de pessoas que gritavam e comemoravam muito. Em alguns lugares parecia até uma carreata. Perguntei para as pessoas na rua o que era aquilo, mas infelizmente ninguém soube me responder. Estranho… Mas enfim, toda vez que eles passavam e acenavam eu acenava também, afinal, vamos fazer parte da bagunça.

Um dos carros que passou por mim tinha uma pessoa com a bandeira do Brasil. Quando gritei da calçada apontado para a bandeira, as suecas lá de cima do carro fizeram mais festa ainda e agitaram a bandeira do Brasil para todos os lados. Certa elas, afinal a rainha da Suécia é brasileira.

Também estava tendo uma reunião com os governantes de várias nações, incluindo o “querido” Bush. Como consequência disso, várias ruas foram fechadas para que eles pudessem passar, que pena, perdi a oportunidade de atirar um sapato no Bush, rs.

Para andar em Estocolmo, uma boa idéia é comprar o Stockholmskortet, esse cartão dá direito a transporte gratuito em ônibus e metrô, entrada em mais de 75 museus e  atrações, além de incluir os passeios turísticos de barco.

O cartão pode ser comprado no Stockholm Tourist Centre com duração de 24, 48 e 72 horas, os valores são 395, 525 e 625 SEK, respectivamente. O Tourist Centre fica na Sweden House, Hamngatan 27.

A contagem de horas tem início a partir do primeiro uso do cartão, assim, é bom verificar o horário de abertura das atrações, de forma a aproveitar o cartão da melhor maneira. No verão, o horário de funcionamento é das 10 as 16 horas e no inverno das 12 as 15 horas.

Assim como a Noruega, tudo é caro na Suécia, então temos que aproveitar da melhor forma nosso rico dinheirinho.

Em Estocolmo, fiquei hospedada no City BackPackers, que NÃO recomendo para ninguém. Os quartos ficam no porão praticamente e não possuem janela. Fiquei em um quarto mega pequeno e sem janela, com 4 pessoas dormindo dentro do cubículo. Totalmente deprimente e claustrofóbico. Dormir em um lugar assim é um grande incentivo a levantar super cedo e sair logo para conhecer a cidade.

Quem quiser mais informações sobre Estocolmo pode visitar os sites abaixo:

http://beta.stockholmtown.com/en/ (Site oficial de turismo)

http://www.svenskaturistforeningen.se/en/

http://www.visit-stockholm.com/

Noruega – Informações gerais

Vou dar aqui algumas informações gerais que não foram citadas nos outros posts sobre a Noruega.

Localização: país nórdico da Europa setentrional que ocupa a parte ocidental da península escandivana

Área: 385 155 km²

Capital: Oslo

Moeda: coroa norueguesa (NOK); 1,00 €  = 8,03 NOK

Língua: norueguês

População: 4,5 milhões

Renda per capita: US$ 59.300,00

Política: monarquia constitucional hereditária e democracia parlamentar, com o Rei Harald V como seu Chefe de Estado. O povo Sami tem uma certa dose de auto-determinação e influência sobre seus territórios tradicionais, através do Parlamento Sámi e da Lei Finnmark. Não faz parte da União Européia

Clima: clima oceânico, continental, subártico e alpino, com verões amenos e invernos longos e rigorosos, com ventos fortes e alta precipitação de neve. No verão, a temperatura atinge o pico entre o final de Junho e o início de Agosto, podendo chegar a 25ºC a 30ºC em Julho e Agosto. Neste período, os dias são longos e claros, enquanto a humidade do ar é baixa. No Inverno, as temperaturas podem cair muito, chegando, às vezes a – 40ºC. Uma época boa para viajar é a primavera, entre Maio a meados de Junho, nessa época, a paisagem norueguesa ostenta uma beleza incrível. Na Noruega, o tempo e as temperaturas podem mudar bruscamente, sobretudo nas montanhas. Independentemente da estação do ano, é sempre bom levar calçados e agasalhos resistentes.

Documentação: Passaporte válido. Não é necessário visto para turistas brasileiros para permanência total de até 3 meses em países da Comunidade Européia. Pode ser exigida a apresentação de passagem aérea de ida e volta para o Brasil. Quando eu fui a imigração foi feita em Amsterdam (voo da KLM), uma vez que em Bergen não há imigração.

Principais cidades, regiões ou atrações turísticas: Bergen, Oslo, Fiordes, Sol da  Meia-Noite, Aurora Boreal. Quem quiser ver o sol da meia-noite precisa viajar à região Norte, para além do Círculo Polar Ártico.

Mapa:

Links:

http://www.noruega.org.br/ (Site oficial no Brasil)

http://www.visitnorway.com (Site de turismo oficial da Noruega)

http://www.colonialvoyage.com/noruega

Navegando com os Vikings em Oslo

Continuando a falar sobre Oslo, barcos estão para a Noruega assim como vasos estão para a Grécia, ou seja, estão por todos os lugares. Sendo assim, ha vários museus em Oslo dedicados a barcos, navios e derivados…

O primeiro museu que eu fui foi o Vikingskiphuset. Para chegar lá é muito fácil, basta pegar o ferry que sai de Radhusbrygge. Esse ferry vai para a região Bygdoy, onde existem vários outros museus. Tanto o ferry quanto os museus estão inclusos no Oslo Pass. A travessia dura em torno de 10 minutos e faz duas paradas, uma em Dronningen, a mais próxima do Vikingskiphuset e Norsk Folkemuseum, e a outra em Bygdoynes, próximo aos museus Kon-tiki Museet e Frammuseet

A Noruega é frequentemente associada aos povos Vikings. Foi um rei viking, Harald, Cabelo Belo,que unificou a nação norueguesa em um só reino, em meados do século IX e século X. A era Viking foi um período importante para a formação da cultura norueguesa e mitologia nórdica, nessa época os noruegueses conquistaram a Groenlândia e a Islândia, fundaram cidades na Grã-Bretanha e Irlanda (entre elas a capital, Dublin) e navegaram até a costa canadense, sendo os primeiros europeus a pisarem na América.

O Vikingskiphuset possui 3 navios vikings do século 9 intactos. Os navios foram encontrados em 3 túmulos reais em Oseberg, Gokstad e Tune, no oeste da Noruega. O navio Oseberg foi construído cerca de 820 DC e era usado para navegação antes de ser usado como túmulo para uma mulher rica em 834 DC. O navio Gokstad foi construído ao redor de 890 DC e foi usado para o enterro de um poderoso chefe, morto cerca de 900 DC, mesma época em que o navio Tune foi construído. O museu também possui outros objetos encontrados nas tumbas reais como trenós, vestuário, utensílios de cozinha, dentre outros.

Para quem é apaixonado por história antiga, assim como eu, esse museu é espetacular. Afinal é o único com barcos vikings originais e com objetos e utensílios do cotidiano deles. Imperdível. Entrou para a lista dos meus museus preferidos.

Kon-tiki Museet mostra as aventuras de Thor Heyerdahl Kon-Tiki, que cruzou o Atlântico e o Pacífico em suas expedições. Em 1947, o barco Kon-Tiki saiu do Peru. Cento e um dias depois, após atravessar 8000 km do Pacífico, o barco foi levado até o recife Raroia, na Polinésia. Apenas mais cinco homens faziam parte do grupo liderado por Thor Heyerdahl. O barco Ra foi feito com papiro e dai seu nome em homenagem ao deus Sol do Egito.

É impressionante imaginar que essas pessoas cruzaram o oceano em uma embarcação tão simples. Isso leva realmente a refletir sobre a tecnologia versus a vontade humana. Mesmo sem ter toda a tecnologia que temos hoje, esses homens cruzaram os oceanos seguindo seus sonhos e suas paixões por conhecimento e aventura. Esse museu é bem interessante, além dos barcos, também tem exposição dos instrumentos utilizados, fotos do cotidiano da equipe em pleno oceano e anotações.

Bem próximo ao museu Kon-tiki está o Frammuséet que mostra a história dos exploradores polares. O edifício tem uma construção singular, pois tem sua forma triangular para abrigar o  navio mais famoso do mundo polar, o Fram, de 1892, pertencente a Fridtjof Nansen. Em 1893, Nansen liderou uma expedição que atingiu a latitude 86o 14´, a maior distância que qualquer europeu já havia conseguido. Em 1922, Nansen ganhou o Nobel da Paz. O navio é exibido em sua condição original, com interiores e objetos perfeitamente preservado.

Esse museu é bem bacana, dá para entrar no navio, visitando cada dependência do mesmo. É como voltar no tempo. No porão do navio ouve-se o barulho da casa de máquinas e do oceano, como se estivéssemos realmente navegando. Bem legal.

Cada um tem a embarcação que merece…

Perto do Kon-tiki e do Frammuseet tem outro museu marítimo, o Norsk Sjofartmuseum. Esse museu abriga várias pinturas marítimas de artistas noruegueses, barcos de madeira, artefatos antigos usados na construção de navios e utensílios existentes em embarcações antigas. O museu também tem uma exposição de objetos encontrados no fundo do mar e outras curiosidades marítimas. Esse foi o último museu que visitei na região do Bygdoy. Entrei perto do horário de fechamento, mas mesmo assim deu para ver tudo, embora a moça da entrada tenha ficado reclamando sobre o horário.