Estocolmo entre os canais e a torre

Continuando o post anterior sobre Estocolmo, existem duas boas maneiras de ver a cidade além de caminhar ou pegar o ônibus. Pelos canais da cidade e de cima da torre Kaknastornet, o ponto mais alto de Estocolmo. O cartão Stockholmskortet dá entrada gratuita em ambos.

Existem vários tipos de tours pelos canais. Eu acho bem legal de se fazer, Estocolmo é construída sobre 14 ilhas, então o passeio de barco oferece uma bela vista da cidade a partir da água. Eu escolhi o Royal Canal Tour, com duração de 50 minutos. Para quem não tem o cartão, o valor do ingresso é 150 SEK.

O barco sai de Stromkajen (Grand Hôtel), perto da ponte  Strömbron que sai de Gamla Stan. Passa pelo canal de Djurgårdsbrunn, visitando pontos como Djurgården e o Royal National Park City, prédios históricos e pontos com natureza exuberante. Na volta, o tour passa pelo Vasamuseet e Waldemarsudde. Tem uma lanchonete a bordo, caso dê fome durante o tour.

Ainda bem próximo à Gamla Stan, logo que o barco sai, dá para avistar o Nationalmuseum, inaugurado em 1864 em estilo veneziano-renascentista. Este museu possui um importante acervo de várias pinturas das principais escolas européias, além de móveis, pratarias, cerâmicas, objetos de madeira, prata e bronze. A maior parte da coleção foi doada pelo rei Gustav III, que devia ser um grande apreciador de objetos de arte, visto que sua coleção particular pôde ser generosamente distribuída em dois museus, este e o Gustav IIIs antikmuseum , um dos mais antigos museus da Europa, aberto ao público em 1794. A maioria das esculturas foi adquirida por Gustav III durante sua viagem à Itália em 1783 e estão dispostas exatamente do mesmo modo que estavam em 1790.

Abaixo tem outras fotos tiradas do barco, uma delas é o Danvikshem, um prédio intrigante, construído entre 1902 and 1915. Hoje em dia é usado como casa de repouso para idosos. Fiquei sabendo de uma história engraçada sobre o Danvikshem, mas não sei se é verdade.  Algum tempo atras, um navio de guerra foi para Estocolmo em uma visita oficial. Quando avistaram esse prédio, o capitão pensou que fosse o palácio real e deu ordens para dispararem os canhões para saudar ao rei. Dá para imaginar como ficaram os vovôs e as vovós depois desse engano…

Outro lugar que dá para avistar do barco é o Skansen. Foi inaugurado em 1891, sendo o pioneiro dos museus ao ar livre com exposições referentes à vida rural e urbana da Suécia dos séculos 18 e 19. Nesta área podem ser vistas 150 construções e fazendas de diferentes partes do país que foram desmontadas de seus lugares de origem e refeitas na área do Skansen. Boa parte das construções tem decoração interna de época. Há também um mini-zoológico de animais selvagens da Escandinávia, como ursos e lobos. Este estilo de casa também pode ser visto nas áreas rurais norueguesas.

Na foto panorâmica dá pra ver o Djurgårdsbron e Strandvägen. Este último quer dizer “caminho da praia”, constituindo um boulevard na parte central de Estocolmo. Foi construído para a Feira Mundial de Estocolmo em 1897 e rapidamente se tornou um dos endereços de maior prestígio na cidade.

Kaknastornet

Depois de ver Estocolmo dos canais, é hora de vê-la do alto. Kaknastornet é a torre que fica no ponto mais alto da cidade. O elevador leva 30 segundos para atingir a altura de 155 metros do chão. De lá, tem-se uma vista espetacular da cidade. A vista alcança em torno de 6o km, incluindo os subúrbios e o aquipélago. A torre foi construída empregando engenharia avançada entre 1963 e 1967. Tem restaurante e um café bar agradáveis e alguns sofás ótimos para sentar e apreciar a paisagem.

Stadshuset

Há ainda um terceiro lugar de onde se tem uma bela vista de Gamla Stan e da ilha Riddarholmen, do pátio atrás da Stadshuset, a prefeitura de Estocolmo. A Stadshuset foi construída em estilo romântico entre 1911 e 1923 usando aproximadamente 8 milhões de tijolos.  A prefeitura, é o símbolo da cidade, sendo o local da entrega do prêmio Nobel (exceto o Nobel da paz que é em Oslo). Há visitas guiadas para conhecer o interior, com duração de 45 minutos. Dá para visitar a torre também, que fica aberta de maio a setembro.

A foto abaixo mostra a vista de Riddarholmen, dá para ver do lado esquerdo o Norstedts, o prédio editorial mais antigo de Estocolmo. A editora publica ficção, não-ficção, acadêmicos, livros de referência, infantis e dicionários. No lado direito está o Wrangelska palatset, que foi residência da família real entre 1697 a 1754. No fundo tem a torre da Igreja de Riddarholmen, conhecida por abrigar os requintados túmulos dos monarcas suecos há 700 anos. Parte dela data do século 13, mas a maior parte, construída com tijolinhos, é do século 16.

Conversei com um segurança no pátio central da Stasdshuset. Comentei com ele sobre o fato da rainha da Suécia ser brasileira. Ele me contou orgulhoso que já havia visto a rainha de perto e que ela era baixinha. Bom, qualquer um poderia ser baixinho perto dele, um típico sueco, então respondi para ele que a rainha não era baixinha e sim os suecos que são muito altos. Perguntei a ele como era a vida em Estocolmo e se ele gostava de lá. Sua resposta foi inusitada, ele disse que gostava sim de Estocolmo, mas como nunca tivesse morado em outro lugar, ele não poderia afirmar com tanta certeza. Bom, não deixa de ser verdade a comparação improvável.

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