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Visitando a Nefertiti em Berlim

Na primeira vez que fui ao Altes Museum, cheguei antes do museu abrir ao público. Estava tão ansiosa para ver de perto o busto de Nefertiti que acordei bem cedinho, tomei rapidinho meu café acompanhado de croissant com muita nutella e sai logo para o museu.

Chegando lá, vi que o museu ainda estava fechado. Não tive outra alternativa senão sentar na escadaria e aguardar pacientemente os funcionários abrirem as portas. Aproveitei o tempo para gravar o som das badaladas da Berliner Dom.

Altes Museum visto da Berliner Dom

Enquanto aguardava, mais pessoas foram chegando.

É uma situação até engraçada, pois as pessoas ficam do lado de fora observando os funcionários do lado de dentro. Estes permanecem imóveis esperando irritantemente que o relógio marque 10 horas em ponto para que eles abram as portas.

Entrada do Altes Museum na Lustgarten

Já da segunda vez que visitei o Altes Museum, a situação foi inversa. Entrei no museu próximo da hora de encerramento. Não me importei com a hora avançada, a Nefertiti merecia outra visita.

Fiquei na ala egípcia até o encerramento oficial do museu. Nessa hora apareceram vários seguranças andando lado a lado e levando todas as pessoas que estivessem na frente em direção à saída. Para ser sincera me deu a sensação de estar sendo levada para algum campo de concentração. Na verdade, não é muito agradável ser escoltada por 6 seguranças alemães até a saída. No entanto, não posso negar que eles eram bem mais simpáticos que os seguranças do Museo del Prado de Madri.

Equação da relatividade em frente ao Altes Museum

Museu

O Altes Museum foi construído entre 1823 e 1830.  É uma das obras mais importantes na arquitetura do Classicismo, sendo o projeto de autoria de Karl Friedrich Schinkel, o mesmo arquiteto responsável por grande parte das construções presentes na Unter den Linden e outros locais importantes de Berlim.

A estrutura interna construída é de grande praticidade, a idéia da planta foi concebida pensando no museu como uma instituição de ensino aberto ao público.

A disposição monumental das 18 colunas caneladas de estilo jônico por toda a frente do museu, a grande extensão do átrio, o pavilhão central (uma referência explícita ao Panteão em Roma) e a grande escadaria lateral são todos os elementos arquitetônicos que, até então, eram reservados apenas para os edifícios mais majestosos da cidade.

Planta do térreo. As salas se dividem mostrando arte grega de Creta, Micenas, Olímpia, Samos, Mileto, Corinto, Aegina, Lacônia, Beócia e Atenas

O museu foi originalmente construído para abrigar todas as coleções da arte de Berlim. O Altes Museum é o lar da bela Coleção de Antiguidades Clássicas desde 1904. A Colecão exibida possui peças gregas, incluindo a tesouraria no piso térreo do Altes Museum.

O pavilhão central é composto por magníficas estátuas de deuses gregos. Toda essa ala é gratuita para o visitante. Pode-se entrar e admirar cada uma das muitas estátuas gregas sem necessariamente ter que comprar o ingresso para o museu.

Pavilhão central no piso térreo do Altes Museum, acesso gratuito ao público

Passando a ala do pavilhão central, chega-se às salas com exposições temáticas de obras gregas que incluem esculturas em pedra, barro e bronze. Além disso também há vasos de cerâmica, prataria e moedas.

Para conhecer todas essas salas é necessário comprar o ingresso para o museu, que é vendido ao lado direito da entrada. Também pode-se alugar o guia eletrônico disponível em vários idiomas.

Com o guia em mãos, basta olhar o número de cada obra e digitar no teclado do guia para ouvir a explicação.

Os muitos vasos gregos encontrados nas escavações

Vasos para todos os lados

Todo esse andar é voltado para peças da gregas trazidas de Atenas, Creta, Micenas, Olímpia, Samos, Mileto, Corinto, Aegina, Lacônia e Beócia.

Alguns exemplos de moedas gregas

A arte romana também está presente, embora em menor número. A coleção é composta por poucas peças incluindo esculturas de César e Cleópatra, sarcófagos, mosaicos e afrescos.

Relevo em um sarcófago típico

Museu egípcio

No piso superior encontra-se o Museu Egípcio (Ägyptisches Museum e Papyrussammlung) com uma área total de 1300 m². O passeio através da exposição mostra a continuidade e a mudança na cultura egípcia antiga com mais de quatro milênios.

Planta do segundo andar: 1 - Esculturas, 2 - Período de Amarna, 3 - Nefertiti, 4 - História Cultural, 5 - Sudão Antigo, 6 - Coleção de Papiros, 7 - Mundo Inferior e 8 - Deuses

As salas apresentam uma rica coleção de belíssimas peças egípcias. O passeio começa com uma apresentação da escultura egípcia, passando pelo período Amarna, que corresponde ao período do reinado de Akhenaton, na Décima Oitava Dinastia.

A arte amarna desenvolvida nessa época é visivelmente diferente do estilo da arte egípcia mais convencional.

Faraó Akhenaton e sua rainha Nefertiti, responsáveis por implantar no Egito uma nova religião monoteísta

Na ala oeste do museu estão as salas com outras peças egípcias, do Sudão antigo e a a bela Coleção de Papiros, com clássicos da literatura egípcia antiga.

A exposição termina com as salas dedicadas ao Mundo Inferior e aos deuses do panteão egípcio.

Nefertiti

No centro da exposição está o busto magnífico da rainha Nefertiti, a esposa de Akhenaton, durante a XVIII Dinastia.

Pouco se sabe sobre os primeiros anos da vida de Nefertiti,  os estudiosos têm contemplado se ela realmente era da linhagem real. Algumas evidências sugerem que ela foi casada com Akhenaton como a filha de um alto funcionário durante o reinado de Amenhotep III. Da mesma forma, o debate continua sobre se Nefertiti era, na verdade, a mãe real de Akhenaton e sua esposa, ao mesmo tempo. O mistério da origem de Nefertiti promete continuar sendo um grande tópico de pesquisa.

A vida no reinado de Akhenaton estava longe de ser pacífica para a rainha e seu faraó. Foi no reinado de Akhenaton que a reforma religiosa teve lugar. Akhenaton mudou a forma da religião egípcia drasticamente.

A religião deixou de ser politeísta para se tornar monoteísta, tendo como único deus Aton, o disco solar. Esse ato levou o faraó a ser considerado um herege.

Nefertiti é talvez uma das rainhas mais conhecida do Egito. Seu nome significa “a bela chegou”. Não foi a toa que ela ficou famosa por sua beleza e elegância.

Seu busto foi um ícone para muitas mulheres e muitas linhas de cosméticos. Sociedades em todo o mundo adotaram a rainha como um símbolo da verdadeira beleza.

Alguns historiadores dizem que Nefertiti seria a mulher mais bonita do mundo (até mesmo que Cleópatra?). Bom, o que quer que as pessoas digam sobre ela, uma coisa é verdadeira, Nefertiti continuará por muito tempo ainda a a ser conhecida por sua beleza.

Reinado de Nefertiti

Seu reinado, ao lado de Akhenaton, foi diferente da forma tradicional que até então tinha tido lugar no Egito. Nefertiti era mais do que apenas uma rainha típica e ajudou a promover a política e o pensamento de Akhenaton.

A duração de seu reinado foi de apenas 12 anos, mas ela foi, talvez, uma das rainhas mais poderosas. Como rainha, Nefertiti assumiu funções poderosas, destacando-se no Egito de uma forma que somente os faraós egípcios haviam feito. Nefertiti se mostrava ao povo egípcio em grau de igualdade com Akhenaton, incluindo até mesmo funções de sacerdotiza.

Não se sabe ao certo o que aconteceu com a rainha, ela permanecerá para sempre um mistério. Seu corpo nunca foi encontrado. Possivelmente ele foi escondido pelos sacerdotes egípcios em algum lugar debaixo das areias.

Informações gerais

O Altes Museum abre diariamente das 10:00 as 18:00. Nas quintas feiras, o museu fica aberto até as 22:00. Nesse dia a entrada é gratuita para todos os museus da Museumsinsel (Ilha dos Museus).

O ingresso custa 8,00 euros. Há desconto para estudantes. A entrada é pela praça Lustgarten.

Para quem quiser ir de metrô para o Altes Museum, basta pegar o descer na estação do Hackescher Markt.

O Museu Egípcio ficou em exibição no Altes Museum no piso superior de agosto de 2005 até 2009, quando então foi transferido para o  Neues Museum um dos 5 museus existentes na Museumsinsel.

Hoje em dia existe muita pressão do Egito para que o museu devolva o Busto de Nefertiti ao seu país de origem. Porém o Altes Museum se nega a restituí-lo ao Egito. Afirmam que o museu é visitado anualmente por mais de 1 milhão de pessoas e que o busto deve ficar em um local onde todos possam vê-lo.

Essa é uma discussão que dá muito o que falar. Se todos os museus europeus devolvessem suas antiguidades, “levadas” de vários sítios arqueológicos, aos países de origem, muitos deles iriam à falência…

Museumsinsel, a Ilha dos Museus em Berlim

A Museumsinsel (Ilha dos Museus) é formada por um conjunto de 5 museus que somam 100 anos da arquitetura e bem mais ainda de história e arte.

Os museus que formam a Museumsinsel são o Bode-museum, Pergamonmuseum, Neues Museum, Altes Museum e Alte Nationalgalerie. Fica localizada no centro de Berlim, entre os rios Spree e Kupfergraben, próxima à Berliner Dom e à praça Lustgarten.

Ilha dos Museus, Pergamonmuseum e Bode-museum ao fundo

O conjunto extraordinário de museus teve seu início com o rei Frederico Guilherme III, que encomendou a construção do Museu Real, atualmente o Altes Museum, em 1830, com o objetivo de expor ao público geral os tesouros de arte real alemã.

Infelizmente, quase 70% dos prédios dos museus foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial. No final da guerra, as coleções foram divididas entre Berlim Oriental e Ocidental. A reunificação da Alemanha permitiu que as coleções divididas entre os dois lados fossem reunidas novamente.

No final do século 20, um programa de reconstrução e modernização foi projetado para restaurar todos os cinco museus. Também em 1999 a UNESCO incluiu a Museumsinsel na lista do “Patrimônio Cultural da Humanidade“.

Entrada para o Altes Museum na Lustgarten

A Museumsinsel também é citada no livro 1000 Lugares Para Ver Antes de Morrer de Patricia Schultz. A citação não ocorre por acaso, esse pedaço de Berlim é um prato cheio para quem ama antiguidades e artes em geral.

Dá para passar vários dias entre um museu e outro, sem se cansar. Se você é apaixonado por história antiga, assim como eu, não deixe de visitar esses incríveis museus recheados de belas peças gregas, babilônicas e egípcias e outras mais.

No total são mais de 600 mil anos da história da humanidade distribuídos por uma área de quase um quilômetro quadrado. Cada prédio possui uma arquitetura singular e uma entrada individual para os visitantes, porém, há um plano para que os museus arqueológicos sejam conectados uns com os outros. O projeto tem o nome de Caminho Arqueológico.

Alte Nationalgalerie, um museu repleto de pinturas belíssimas representando várias escolas

Esse magnífico complexo de arte, cultura e história não deixa dúvidas da sua grandiosidade e importância para toda a humanidade.

A Alte Nationalgalerie (Antiga Galeria Nacional), reinaugurada em 2001, possui uma das maiores coleções de escultura e pintura do século 19 na Alemanha. É um dos meus museus preferidos.

O Altes Museum (Museu Antigo), restaurado e reaberto em 1966, abriga artefatos antigos gregos e romanos , além de relíquias egípcias, entre elas o belo busto de Nefertiti, que estava nesse museu em ambas as vezes que o visitei. As peças gregas são belíssimas e a coleção egípcia é muito grande. Só a visão do busto da Nefertiti já vale a visita.

O Bode Museum, reaberto em 2006 após quase 10 anos de restauração, possui uma grande coleção de esculturas, uma das maiores coleções numismáticas do mundo e uma seleção de pinturas da Gemäldegalerie.

Bode-museum no canto extremo da Museumsinsel

O Neues Museum foi reaberto em 2009 e abriga uma coleção de peças do período pré-histórico e obras de arte egípcia. Desde outubro de 2009, este museu abriga o busto de Nefertiti juntamente com a coleção de papiros.

O magnífico Pergamonmuseum possui uma grande uma coleção de antiguidades gregas e babilônicas e arte islâmica, entre elas estão o impressionante Portal de Ishtar da Babilônia e o enorme Altar de Pérgamo.

Entre agosto e novembro de 2006, o Museu de Arte Brasileira da Faap em São Paulo foi palco da bela exposição das peças gregas do Pergamonmuseum. O altar de Pérgamo foi lindamente reconstruído. Quem visitou o Museu de Arte Brasileira pôde ver uma parte do acervo do Pergamonmuseum. E o melhor, a entrada era gratuita.

Parabéns para a iniciativa da Faap! As longas filas para entrar com certeza valeram a pena. O povo brasileiro merece ter acesso à cultura e arte.

Dentre os muitos visitantes da exposição, um me chamou a atenção. Ele ficava parado em frente às esculturas enquanto as reproduzia com perfeição em um bloco de papel. Ai, que inveja….

Entrada para o Pergamonmuseum

Os museus abrem pontualmente de terça a domingo das 10 às 18 horas e as quintas das 10 às 22 horas. O ingresso custa 8,00 euros e dá direito a entrar em qualquer um dos museus, o ticket para 3 dias custa 19,00 euros. A entrada é franca no primeiro domingo do mês e também às quintas-feiras.

Além disso, existem áreas com acesso livre, como o salão de estátuas gregas no primeiro andar do Altes Museum. Há descontos para estudantes, aposentados, professores, desempregados e outros mais.

Como dá para notar, o acesso à cultura e história é muito fácil para quem mora em Berlim ou nas imediações. Mesmo pagando integralmente, a entrada nesses museus é realmente barata diante de tanta arte monumental.

Detalhe da entrada da Alte Nationalgalerie

Os museus serão descritos com mais detalhes nos próximos posts. Afinal eles merecem um texto cuidadoso a respeito de cada um, com muitas fotos mostrando suas belas coleções.

Casablanca – a bela Mesquita Hassan II

Monumento que simboliza o compromisso, genialidade arquitetônica e devoção do povo marroquino, a Mesquita Hassan II é uma jóia da arquitetura moderna, situada em um dos bairros mais povoados de Casablanca.

 

Mesquita Hassan II ao fundo, tendo o museu e a biblioteca em primeiro plano

 

É a maior mesquita do Marrocos e a terceira mais importante da religião islâmica. Além disso, é a única mesquita do mundo que permite a entrada de não muçulmanos. Segundo o guia do local, isso ajudaria a explicar a fé muçulmana para pessoas de outras religiões.

Seja como for, é uma oportunidade única de conhecer o esplendor da arquitetura árabe, com todos os seus ricos detalhes, bem como a tecnologia surpreendente empregada para a construção da mesquita.

 

Mesquita Hassan II entre o céu e o mar

Construída uma parte sobre as águas do oceano Atlântico, a Mesquita é uma das mais belas edificações iniciadas pelo rei Hassan II, falecido em 1999 e pai do atual rei Mohammed VI. A mesquita foi construída sobre a água devido ao versículo do Alcorão que diz que “o trono de Deus estava sobre as águas”. A cor verde do teto e dos detalhes também faz referência à cor do Alcorão.

Antes do início de sua construção, o rei Hassan II declarou:

Desejo que Casablanca seja dotada de um edifício amplo e belo do qual possa orgulhar-se até o final dos tempos … Eu quero construir esta mesquita na água, porque o trono de Deus está sobre a água. Portanto, os fiéis que lá irão para rezar, para louvar o Criador em solo firme, poderão contemplar o céu e o mar de Deus.”

Bom, pode-se dizer que o rei cumpriu sua promessa presenteando Casablanca com uma bela mesquita construída com tecnologia de ponta, que impressiona o viajante independente da religião.

Detalhe do imenso pátio da mesquita

O projeto se iniciou em 1987 e levou 6 anos até ser completado, em 1993, frustrando os planos iniciais de inauguração na ocasião do 60° aniversário do rei em 1989. Participaram de sua construção 2.500 trabalhadores e 10.000 artesãos, contabilizando 50 milhões de horas trabalhadas (dia e noite).

 

Minarete ricamente trabalhado
Detalhe do alto do minarete da Mesquita Hassan II

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os números são impressionantes e não páram por ai. Para a construção da Mesquita foram utilizados:

 

– 300 mil metros cúbicos de concreto

– 40 mil toneladas de aço

– 250 mil metros quadrados de mármore travertino e granito

– 10 mil metros quadrados de azulejo (zellige)

– 53 mil metros quadrados de cedro

– 67 mil metros quadrados de gesso

– 10 mil metros quadrados tadelakt (material de revestimento impermeável típico do Marrocos)

– 800 milhões de dólares

Mosaicos formados por zelliges

Obra prima da arquitetura árabe-muçulmana, a Mesquita Hassan II é, sem sombra de dúvida, uma proeza.

Ela constitui um complexo religioso e cultural, com área total de 9 hectares (90.000 m²), sendo composta por uma sala de oração, uma sala de ablução (purificação), banhos, uma escola corânica (medersa), uma biblioteca e um museu.

A capacidade total da mesquita é de 105 mil seguidores, sendo 25 mil apenas na sala de oração e os demais no pátio externo da mesquita.

 

Pátio externo da mesquita

Ela é considerada o maior edifício religioso do mundo árabe graças ao seu minarete de 200 m de altura. A torre foi construída apoiada somente em duas colunas. À noite, do alto do minarete, um laser aponta para Meca, com alcance de 30 km.

A função do minarete na mesquita é propagar a voz do almuadem ou muezim de seus alto falantes, de forma que possa chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. De acordo com as leis religiosas no Marrocos, nenhuma casa ou edifício na cidade pode ser mais alto do que o minarete, porque este foi feito para Deus e, segundo eles, seria arrogância construir algo para os homens maior do que para Deus. Além disso, fica fácil para os fiéis localizarem a mesquita pelo seu minarete.

Beleza e tecnologia se encontram no prédio da mesquita Hassan II

Sala de oração

Quando se entra na mesquita é necessário tirar os sapatos, que são armazenados em sacolas plásticas entregues aos visitantes. Logo que se entra já se espanta com a beleza interior, a riqueza de detalhes e suas impressionantes dimensões internas.

 

Interior da Mesquita Hassan II
Efeito da luz no interior da mesquita

A sala de orações possui uma área de 20.000 m² com capacidade para 25.000 pessoas. Ela consiste em dois níveis: o piso térreo usado para os homens e dividido em três naves simétricas, voltadas em direção à Meca, com capacidade de 20.000 pessoas e os dois mezaninos para as mulheres, que possuem uma entrada separada, com uma área de 3.500 m² e capacidade para 2500 pessoas cada.

 

Mezanino para as mulheres fazerem as orações
Cedro e bronze compõem a beleza do interior da mesquita

A sala de oração também possui um sistema de aquecimento no solo e caixas de som espalhadas, de forma muito discreta, para que todos possam ouvir a voz do líder da oração, o imam ou muazzin.

Existem ainda na sala 18 portas feitas de titânio e bronze. A porta muito pesada não se abre para o exterior. Ao invés disso, ela se levanta, puxada por engrenagens escondidas nas paredes. Realmente fantástico!

 

Porta de titânio e bronze que se ergue para a entrada das pessoas
Porta vista do interior da mesquita

No total existem 50 lustres e arandelas de murano veneziano com 8 tamanhos diferentes entre 3 a 6 metros de diâmetro, 5 a 10 metros de altura e 600 a 1.200 kg de peso.

O teto móvel pesa 1.100 toneladas e possui uma área de 3.400 m². O teto é uma estrutura metálica tridimensional coberto com madeira de cedro entalhada e pintada. O tempo total para a abertura dele é de apenas 5 minutos graças ao sistema motor em rodas que fornece a impulsão.

Quando o teto está aberto, os seguidores podem orar conforme o desejo do rei Hassan II, “vendo o céu e o mar de Deus”.

 

Lustre de murano veneziano, um dos poucos materiais usados não provenientes do próprio Marrocos. Na foto dá pra ver as duas colunas que sustentam o minarete.

No meio da sala de oração há um circuito fechado de água do mar chamado “Seguia“. Esse circuito serve para trazer a água do mar para o ritual de purificação realizado na sala de ablução.

No chão existem três aberturas com vista para as abluções. Uma parte do chão também é feita de vidro, de forma que os fiéis possam orar vendo o mar. Essa parte no entanto é reservada para a realeza.

Sala de oração com chão de vidro para visualização da sala de Oblução

Em ambos os lados da nave há duas colunas de granito sobre as quais está escrito, em ouro, a árvore genealógica do Rei Hassan II.

Na parte leste da sala de oração encontra-se o mihrab, que é a abóbada que direciona para Meca. O mihrab é feito de mármore branco de Carrara, azulejos (zelige) e gesso. Ele é usado pelo Imam para liderar as cinco orações diárias.

 

Detalhe dos desenhos do chão da sala de oração

Neste local também se vê o minbar, o balcão de mogno com incrustações de marfim usado toda sexta-feira para as orações.

Os detalhes das paredes e arcos são de um cuidado e uma delicadeza extraordinários. É impossível não ficar deslumbrado quando se visita o interior da Mesquita Hassan. A arquitetura, os detalhes da decoração e a força da devoção do povo são fatores que nos impressiona e emociona ao mesmo tempo.

 

O cuidado com os detalhes parece fazer parte da personalidade do povo marroquino. A caixa de som aparece discretamente na coluna

Eu fiquei muito feliz com a oportunidade de entrar em uma mesquita muçulmana. Apesar de ter muito contato com a cultura árabe há anos, eu nunca havia, fora do Brasil, a sentido de forma tão próxima. Para mim foi gratificante ter essa experiência e poder vivenciar o cotidiano de uma cultura que admiro bastante.

Uma cultura cheia de riqueza e encantamento que, ao meu ver, deveria ser separada dos acontecimentos internacionais que ocorreram nos últimos anos.

 

Pormenor dos desenhos geométricos. O Islã não permite reproduções humanas ou animais

Sala de ablução

Este é o local onde os fiéis se purificam antes da oração. A ablução consiste em lavar 3 vezes as mãos, boca, nariz, rosto, braços, cabeça, orelhas e pés até a altura do tornozelo. A ablução também pode ser feita em casa antes de se dirigirem à mesquita, mas a maioria faz nas muitas fontes de água do mar existentes no local.

 

Sala de Ablução

A sala de purificação é  de uma beleza incrível. É muito grande, com uma área de 4.800 m². No total são 41 fontes, incluindo 3 grandes e 38 pequenas. O desenho das fontes representa a flor de lótus.

 

41 fontes estão espalhadas em uma área de 4.800 m²

Além das fontes, ainda há uma centena de torneiras por todos os lados para que todos possam fazer o ritual da ablução.

 

Flor de lótus, símbolo da purificação, empresta seu formato às fontes da Sala de Ablução

Os lustres de cobre foram fabricados em Fès. Toda a sala é decorada com azulejos e revestida de tadelak vindo de Marrakech. O tadelak possui duas características, ele é resistente à umidade ao mesmo tempo em que mantém o calor no local.

O material consiste em uma mistura de argila arenosa, sabão, cal preto e gema de ovo. Graças à sua ação contra a umidade, os lustres da sala de ablução nunca precisaram ser lavados.

 

Um dos imponentes lustres da Sala de Ablução

Sala do Hammam

Hammam ou banho turco, combina as funcionalidades e a estrutura dos seus predecessores, termas romanas e banhos bizantinos, com a tradição turca dos banhos de vapor. A sala de Hammam é composta por 3 quartos, sendo uma sala morna, uma quente e, por último, uma muito quente.

 

Sala quente, antes da sala de vapor. Várias torneiras estão dispostas nas paredes, próximo aos mosaicos

A temperatura  da última sala pode atingir até 47°C, sendo o local onde se utiliza a água para o banho.

Sala do vapor. Hummm, que vontade...

O Hammam a vapor consiste de uma piscina aquecida equipada com saídas de vapor. A temperatura da água é de 38°C e a profundidade da piscina de 1,5 metro.

Também na sala de hammam se encontram zelliges magníficos bem como o revestimento em tadelakt.

Detalhe dos mosaicos

Medersa

É a escola corânica, conhecida como Mederda. Fica no lado leste da Mesquita Hassan II.

A biblioteca e museu

Ficam em ambos os lados da praça. São dois prédios idênticos e simétricos.

 

Fachada do Museu
Fachada lateral do prédio da biblioteca

Chamado para oração
No islamismo existem orações obrigatórias (Salat) que são praticadas cinco vezes ao dia. Essas cinco orações diárias contêm versículos do Alcorão que são recitados em árabe e são praticadas na alvorada, ao meio dia, no meio da tarde, ao crepúsculo e à noite. Assim, elas vão determinando o ritmo de todo o dia.

O dhan, ou o chamado para oração, é pronunciado em um tom melodioso pelo muazzin do alto do minarete.

 

Marroquina caminha em direção à mesquita enquanto se ouve o chamado para oração

Enquanto estava no Marrocos ouvi várias vezes o chamado para a oração. É muito bonito de se ouvir, assim como de se ver as pessoas caminhando em direção à mesquita para a oração. As ruas ficam mais vazias, as pessoas parecem se acalmar. Sem dúvida é um ritual muito bonito.

 

Tradução do Chamado para a oração:

Deus é Grandioso, Deus é Grandioso
Deus é Grandioso, Deus é Grandioso
Testemunho que não há outra divindade além de Deus
Testemunho que não há outra divindade além de Deus
Testemunho que Mohammad é o Mensageiro de Deus
Testemunho que Mohammad é o Mensageiro de Deus
Vinde à oração! Vinde à oração!
Vinde à salvação! Vinde à salvação!
Deus é Grandioso, Deus é Grandioso
Não há outra divindade além de Deus

 

Visitas guiadas

A Mesquita é aberta à visitação guiada em diversos idiomas todos os dias às 9, 10 e 11 horas da manhã e às 14:00, entre os meses de setembro até junho. Durante o período do Ramadã, a mesquita é aberta para visitação somente no período da manhã. Às sextas-feiras, a visita é feita mediante agendamento.

O bilhete de entrada pode ser comprado na própria mesquita e custa 120 dihans (aproximadamente 12 euros). Há desconto de 50% para estudantes, marroquinos, estrangeiros residentes no Marrocos. Estudantes marroquinos e crianças menores de 12 anos pagam 30 dinhans.

Mais informações:

Mosquée Hassan II

Sacred Destinations

Os melhores e os maiores aeroportos do mundo

Melhores aeroportos

A Skytrax é uma empresa de consultoria britânica que realiza pesquisas sobre companias aéreas e aeroportos. A empresa conduz pesquisas com viajantes de todo o mundo para encontrar a melhor equipe de cabine, aeroporto, avião, companhia aérea, entretenimento de bordo e vários outros fatores ligados ao transporte aéreo. A Skytrax também possui um fórum onde passageiros podem compartilhar suas opiniões sobre as companhias aéreas.

A empresa é mais conhecida pelo seu relatório anual World Airline Awards e World Airport Awards.

A pesquisa realizada entre 2009 e 2010 com 9,8 milhões de passageiros incluiu mais de 210 aeroportos do mundo todo. O resultado mostrou a preponderância dos aeroportos asiáticos, com destaque para o Aeroporto Internacional Changi de Singapura que ficou em primeiro lugar seguido pelo Aeroporto Internacional Icheon de Seoul e Aeroporto Internacional de Hong Kong.

 

A pesquisa se baseou na opinião dos viajantes sobre 39 serviços e produtos oferecidos pelos aeroportos, desde o check-in até o portão de embarque, incluindo fatores como segurança, conforto das instalações, taxa de extravio de bagagem, acesso às informações, etc.

Singapore Changi Airport. Fonte: http://bestairportstosleepin.com/

Dos aeroportos citados na lista, conheço apenas o Zurich Airport e o Amsterdam Schiphol Airport, onde fiz conexão para Berlim e Bergen, respectivamente. Em ambos aeroportos o tempo entre a migração, troca de aeronave e embarque no portão foi curto, sendo o processo bem simples sem maiores complicações. Ao contrário do aeroporto Madrid Barajas, onde encontrar o portão de embarque pode ser uma prova de paciência e resistência. Ainda bem que no Barajas é permitido o uso de carrinhos para as bagagens de mão, algo que também deveria ser implantado em Cumbica e no Galeão, apesar de serem bem menores.

Paciência, um requisito necessário durante a imigração

 

Quanto ao ranking dos aeroportos da América do Sul, o Aeropuerto Internacional Jorge Chávez de Lima ficou em primeiro lugar, ocupando a 33° posição no ranking total. Os aeroportos Galeão do Rio de Janeiro e Cumbica de Guarulhos não receberam estrelas na classificação (1 a 5). Lendo as opiniões dos viajantes que passaram por estes aeroportos nota-se que a principal insatisfação é com os serviços oferecidos (facilidades), seguida pela limpeza e tempo nas filas.



Maiores aeroportos

Os maiores aeroportos do mundo são escolhidos baseando-se no tráfico máximo que estes suportam e não pelo tamanho em superfície dos mesmos. Por causa disso, algumas listas preferem usar o termo aeroportos mais congestionados (busiest airport in the world) ao invés de maiores.

O Airports Council International fez uma lista com os maiores aeroportos em termos de número de passageiros e também de tráfico aéreo. Qualquer que seja a forma mencionada, no topo da lista está sempre o Hartsfield-Jackson Atlanta International Airport de Atlanta, Geórgia, tanto pelo tráfico aéreo (decolagens e aterrissagens) quanto pelo número de passageiros que transitam pelos terminais.

 

 

No relatório do Airports Council International, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim/Galeão, aparece em segundo lugar na lista dos 25 aeroportos com maior crescimento. Os aeroportos de Belo Horizonte, Brasília e Salvador também aparecem nas posições 17, 19 e 20 respectivamente. O Aeroporto Internacional de Guarulhos não foi citado.

Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão


Os melhores e os maiores aeroportos do mundo

Melhores aeroportos

 

A Skytrax (http://www.airlinequality.com/) é uma empresa de consultoria britânica que realiza pesquisas sobre companias aéreas e aeroportos. A empresa conduz pesquisas com viajantes de todo o mundo para encontrar a melhor equipe de cabine, aeroporto, avião, companhia aérea, entretenimento de bordo e vários outros fatores ligados ao transporte aéreo. A Skytrax também possui um fórum onde passageiros podem compartilhar suas opiniões sobre as companhias aéreas. A empresa é mais conhecida pelo seu relatório anual World Airline Awards (http://www.worldairportawards.com/) e World Airport Awards (http://www.worldairlineawards.com/).

A pesquisa realizada entre 2009 e 2010 com 9,8 milhões de passageiros incluiu mais de 210 aeroportos do mundo todo. O resultado mostrou a preponderância dos aeroportos asiáticos, com destaque para o Aeroporto Intarnacional Changi de Singapura (http://www.changiairport.com/) que ficou em primeiro lugar seguido pelo Aeroporto Internacional Icheon de Seoul (http://seoul-airport.com/) e Aeroporto Internacional de Hong Kong (http://www.hongkongairport.com/eng/index.html).


A pesquisa se baseou na opinião dos viajantes sobre 39 serviços e produtos oferecidos pelos aeroportos, desde o check-in até o portão de embarque, incluindo fatores como segurança, conforto das instalações, taxa de extravio de bagagem, acesso às informações, etc.

Dos aeroportos citados na lista, conheço apenas o Zurich Airport (http://www.zurich-airport.com/) e o Amsterdam Schiphol Airport (http://www.schiphol.nl/), onde fiz conexão para Berlim e Bergen, respectivamente. Em ambos aeroportos o tempo entre a migração, troca de aeronave e embarque no portão foi curto, sendo o processo bem simples sem maiores complicações. Ao contrário do aeroporto Madrid Barajas, onde encontrar o portão de embarque pode ser uma prova de paciência e resistência. Ainda bem que no Barajas é permitido o uso de carrinhos para as bagagens de mão, algo que também deveria ser implantado em Cumbica e no Galeão, apesar de serem bem menores.

Quanto ao ranking dos aeroportos da América do Sul, o Aeropuerto Internacional Jorge Chávez de Lima (http://www.lap.com.pe/lap_portal/index.asp) ficou em primeiro lugar, ocupando a 33° posição no ranking total. Os aeroportos Galeão e Cumbica não receberam estrelas na classificação (1 a 5). Lendo as opiniões dos viajantes que passaram por estes aeroportos nota-se que a principal insatisfação é com os serviços oferecidos (facilidades), seguida pela limpeza e tempo nas filas.

Maiores aeroportos

Os maiores aeroportos do mundo são escolhidos baseando-se no tráfico máximo que estes suportam e não pelo tamanho em superfície dos mesmos. Por causa disso, algumas listas preferem usar o termo aeroportos mais congestionados (busiest airport in the world) ao invés de maiores.

Qualquer que seja a forma mencionada, no topo da lista está sempre o Hartsfield-Jackson Atlanta International Airport (http://www.atlanta-airport.com/) de Atlanta, Geórgia, tanto pelo tráfico aéreo (decolagens e aterrissagens) quanto pelo número de passageiros.

O Airports Council International (http://www.airports.org/cda/aci_common/display/main/aci_content07_banners.jsp?zn=aci&cp=1_725_2___) fez uma lista com os maiores aeroportos em termos de número de passageiros e também de tráfico aéreo:

 

No relatório do Airports Council International, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Tom Jobim/Galeão (http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/rio-de-janeiro/aeroporto-internacional-do-rio-de-janeiro.html), aparece em segundo lugar na lista dos 25 aeroportos com maior crescimento. Os aeroportos de Belo Horizonte (http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/minas-gerais/aeroporto-de-belo-horizonte.html), Brasília (http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/distrito-federal/aeroporto-internacional-de-brasilia.html) e Salvador (http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/bahia/aeroporto-internacional-de-salvador.html) também aparecem nas posições 17, 19 e 20 respectivamente. O Aeroporto Internacional de Guarulhos (http://www.aeroportoguarulhos.net/) não foi citado.

Aeroporto Madrid Barajas

Barajas é o maior aeroporto de Madri e um dos principais da Europa, com capacidade para 70 milhões de passageiros por ano. Barajas, cujo nome significa baralho e também um povoado da Espanha, foi inaugurado em 1931 e hoje é o décimo primeiro maior aeroporto do mundo e o quarto da Europa, sendo também a principal conexão entre a Europa e América do Sul e Central.

O aeroporto está localizado a 12 km ao nordeste de Madri, na rodovia A-2 que liga Madri à Barcelona. Possui conexão direta com o metrô (linha 8), extensão de 1.200.000 m2 em terminais, 104 lugares de estacionamento para aeronaves e 21.800 vagas para automóveis disponíveis em sete parques de estacionamento.

 

Só para se ter uma idéia do tráfico em Barajas, somente para Guarulhos, São Paulo são mais de 8 mil vôos por ano (incluindo escalas). No total, anualmente são realizadas 364.746 operações. A rota que une o Aeroporto Madrid Barajas com o Aeroporto de Barcelona é a que possui o maior número de vôos por semana em todo o mundo. São números impressionantes que estão, sem sombra de dúvida, a altura desse magnífico aeroporto.

Quando foi inaugurado em 1931, o Aeroporto de Madri era somente um campo sem pavimento, coberto de mato e com um grande círculo branco no qual se via escrito Madrid em seu interior. Ao longo dos anos foram feitas várias ampliações para atender sua sempre crescente demanda. Em 1991 foi elaborado o Plano Barajas com uma projeção de infraestrutura de até 15 anos.

Atualmente, o aeroporto possui quatro terminais: T1, T2, T3 e T4. Há também um terminal satélite no T4, o T4S. Estes dois terminais são conectados por um trem automático e contínuo (APT), que leva cerca de 4 minutos para completar seu trajeto. Os quatro terminais estão ligados por duas estações de metrô e por um sistema de ônibus gratuito que sai a cada três minutos, 24 horas por dia.

O terminal T1 (portões A e B) é usado para destinos internacionais com companhias aéreas como AirEurope, Air France, Easyjet, Lufthansa, Spanair e outras 30 mais companhias.O terminal T2 (portões C e D) é usado apenas para destinos nacionais e do território Schengen (a maioria dos países europeus). Já o terminal T3 (portões E e F) é usado apenas para a companhia Lagun Air, com 20 portões de embarque (E68 a E82 e F90 a F94, estes últimos destinados exclusivamente a vôos regionais).

O mais recente terminal, T4 (portões H, J e K) é utilizado para todos os vôos da Iberia, das principais companhias aéreas internacionais (American Airlines, British Airways, Avianca, Lan, Japan Airlines, entre outros) e algumas companhias aéreas menos caras, como a Vueling e a Virgin Express. Os voôs procedentes do Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo chegam nesse terminal, que possui 76 portões de embarque (H1 a H37, J40 a J59 e K62 a K98). O terminal Satélite T4-S possui 3 áreas. A primeira apenas com saídas Schengen, com 19 portões de embarque. A segunda para saídas internacionais, com 48 portões de embarque (R1 a R18, S20 a S51 e U55 a U74). A terceira área recebe os vôos das chegadas internacionais.

O terminal T4 foi inaugurado em fevereiro de 2006. O projeto recebeu um investimento de 6 milhões de euros para a ampliação de área em 750.000 m²  com capacidade para 35 milhões de passageiros por ano e 120 vôos por hora. Esses números reforçam a importância do Barajas como hub (plataforma giratória de vôos) mundial.

O desenho selecionado pela Aena (Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea), órgão responsável pela navegação aérea espanhola, possuía quatro princípios básicos: Integração na paisagem, luz natural, claridade espacial e flexibilidade.

A impressionate arquitetura do Barajas impõe-se pela simplicidade, adaptabilidade, robustez e flexibilidade tendo como objetivo principal passar aos seus usuários sensação de calma, tranqüilidade e leveza. Para isso, foram empregados materiais como o aço (45.000 toneladas) integrado com bambu, que além de ser sustentável, também é um material durável, resistente e sem a necessidade de manutenções frequentes.

Segundo o coordenador do projeto, Carlos Lamela, os aspectos que conferem uma personalidade especial ao projeto são a funcionalidade, luminosidade, orientação ao passageiro e a integração do mesmo na paisagem. As cores mudam conforme a zona de embarque para funcionarem como referências visuais na orientação aos passageiros. Lamela ressalta ainda o aconchego e a claridade da cobertura de madeira laminada de bambu integrada na estrutura de aço e o sistema de iluminação mediante reflexão que, além de ser algo inédito em aeroportos, ainda reduz a dependência de luz artificial e melhora visivelmente a qualidade do espaço.

Todas essas qualidades são visíveis e sentidas até mesmo pelo mais apressando viajante. A luminosidade é percebida em todo o terminal. O ambiente é agradável mesmo quando se aterrisa na madrugada de um dia preguiçoso de inverno, como foi meu caso.

Após a inauguração do terminal T4, Barajas se tornou o maior aeroporto, considerando-se a superfície de seus terminais, e em um dos aeroportos mais modernos e seguros do mundo.

O Aeroporto Madrid Barajas possui três checkrooms abertos 24 horas por dia (T1, T2 e T4), duas farmácias (T1 e T2), três pontos de aluguel de automóveis (T1, T2 e T4), dois centros comerciais (T1 e T4), centro de informação ao turista e caixas eletrônicos em todos os terminais.

Em virtude do seu tamanho, antes de viajar é recomendável saber em que terminal vai aterrisar para evitar deslocações desnecessárias e confusas. Para obter mais informações sobre o terminal necessário para o check-in, dê uma olhada no site da Aena.

Também é importante chegar com muita antecedência no aeroporto, pois alguns portões variam de 7 a 23 minutos para se chegar, além disso, os portões de embarque são anunciados com pouca antecedência da hora de embarque e somente nos painéis. Não há anúncio pelos autofalantes, o que pode leva turistas distraídos a perderem seus vôos, como eu vi acontecer com um turista que embarcaria para Bucareste. Aliás é bem comum ver pessoas correndo entre as esteiras rolantes.

Pela minha experiência é mais fácil fazer o check-in no aeroporto do que fazer conexão com troca de aeronaves. A mudança pode levar um tempo razoavelmente longo e preocupante, onde é necessário pegar elevadores, trem entre os terminais, mais elevadores, várias esteiras rolantes e ainda andar um bocado.

Leve o tempo de conexão entre os vôos em consideração quando for planejar sua viagem.

O balcão de informação da Iberia possui poucos atendentes e está sempre lotado de pessoas em busca de informações.

Transporte para o centro de Madri

As opções de transporte entre o aeroporto de Barajas e a cidade variam entre táxi, metrô e o serviço de transporte.

  • Táxi: há pontos de táxi nos quatro terminais da zona de chegada. O custo aproximado entre o Aeroporto de Barajas e o centro de Madrid (Puerta del Sol, por exemplo) geralmente é em torno de 20,00 € acrescido da taxa do aeroporto de 4,50 €.
  • Não é recomendável pegar táxi com estranhos que às vezes oferecem serviços dentro do aeroporto. A tarifa do táxi é sempre indicada no taxímetro, e é desaconselhável, além de ilegal, fazer um acordo sobre um “preço fechado” com o taxista.

A viagem entre o aeroporto e o centro da cidade pode variar entre 20 e 40 minutos, dependendo do tráfego e da hora do dia. O táxi é um transporte mais confortável entre o aeroporto e o centro da cidade, especialmente para pessoas que viajam com muita bagagem ou não sabem como chegar ao local de destino, porém obviamente é também o mais caro.

Metrô: o aeroporto de Barajas é ligado a Madri pela linha 8 do metrô e por 2 estações: Metro Aeropuerto T1-T2-T3 encontrados no Terminal 2 e Metro Aeropuerto T4 encontrados no Terminal 4.

Pegar o metrô em Madri é barato, eficiente, confortável e rápido (cerca de 30 minutos da Puerta del Sol), porém é desaconselhável a utilização do metrô se estiver com muita bagagem. Nem todas as estações possuem escada rolante e é muito desconfortável subir edescer as várias escadas existentes nas conexões entre as linhas do metrô (são duas conexões até a estação Sol, na Puerta del Sol).

Além disso é  comum encontrar batedores de carteira que operam no metrô de Madri. A preferência dos ladrões são grupos que não falam espanhol e estão distraídos entre si. Fique sempre atento e evite carregar mochilas e bolsas nas costas ou deixar dinheiro, passes, documentos, etc em bolsos de fácil acesso.

O custo de um bilhete único é de 1,00 €. O pacote para 10 viagens custa 7 € e pode ser usado mais de uma vez na mesma catraca, o que é uma boa dica para quem estiver viajando em grupo.

Lembre-se que é necessário pagar o suplemento 1,00 € para entrar ou sair das estações de aeroporto (T1, T2, T3 e T4). O metrô funciona entre 6:00 am até 2:00 am e o bilhete pode ser facilmente comprado nas máquinas existentes nos terminais.

No site Viaje na Viagem do Ricardo Freire tem um passo a passo mostrando como comprar o bilhete.

Serviço de transfer: A empresa AresMobile / Aerocity oferece um serviço de transporte barato e confortável, entre o Aeroporto de Barajas e o destino de interesse em Madri em minivans com motorista para transporte de passageiros em grupos. Existem balcões nos terminais T1 e T2. Os serviços também pode ser contratado no site da empresa.

A Exprés Aeropuerto também oferece transporte entre o aeroporto e a estação Atocha do metro. Outros pontos de parada são a Plaza de Cibeles e O’Donnell. A duração total do trajeto é em torno de 40 minutos em condições normais de trânsito. O custo é de 2,00 € e o ticket pode ser comprado diretamente com o motorista.

Berliner Dom – A catedral de Berlim

O primeiro lugar que visitei em Berlim foi a Berliner Dom, uma catedral belíssima, construída em estilo barroco entre 1894 e 1905. Ela fica localizada na ilha do rio Spree, também conhecida como Ilha Museu. Pode-se avista-la de longe, devido ao seu tamanho generoso.

Na minha opinião é um lugar que deve com certeza ser visitado quando se está em Berlim.

Essa bela catedral existente hoje é na verdade a terceira igreja construída no local.

A primeira igreja foi construída em 1465. O prédio serviu mais tarde de igreja da corte para a família Hohenzollern. Posteriormente, a igreja foi substituída por uma catedral construída entre 1745 e 1747 em estilo barroco, desenhada por Johann Boumann.

Mais tarde para celebrar a união das comunidades luteranas da Prússia, a catedral foi remodelada para um edifício neoclássico entre 1816 e 1822, pelo arquiteto Karl Friedrich Schinkel.

Foto Wikipedia

Por fim o Imperador Guilherme II ordenou que a cúpula da catedral fosse demolida em 1894 e substituída pela atual existente. A catedral resultante tinha uma construção baroca com influência do renascimento italiano.

A igreja modificada por Julius Raschdorff possuía então 114 metros de comprimento e 73 metros de largura. Muito maior do que qualquer um dos edifícios anteriores, a catedral foi considerada uma resposta protestante para a Basílica de São Pedro em Roma.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Berliner Dom foi atingida por uma bomba de que danificou severamente a maior parte da catedral.

Um telhado temporário foi instalado para proteger o que restou do interior.

Apesar de os planos do governo da Alemanha Oriental para demolir o prédio, felizmente em 1975, a igreja foi reconstruída.

A restauração do interior começou em 1984 e em 1993 a catedral foi reaberta. Durante a reconstrução, o desenho original foi modificado para uma forma mais simples.

Fonte: A View on Cities

Se por fora a Berliner Dom é deslumbrante, seu interior consegue suplantar ainda mais as espectativas.

A catedral é ricamente trabalhada com vitrais magníficos emoldurando sua grandiosidade e história. O altar principal data de 1850.

O ticket  custa 5 euros e dá direito a visitar o interior da igreja, o museu na parte superior, o mausoléu e o domo.

Um dos itens mais interessantes do interior  da Berliner Dom é o órgão de tubos , construído por Wilhelm Sauer em 1905.

O magnífico órgão possui mais de 7.000 tubos.

Do alto do domo, tem-se um vista deslumbrante de Berlim. A subida de 270 degraus é compensada não apenas pela vista da cidade mas também por uma visão mais completa do interior da catedral.

Durante a subida, existem alguns lugares para descanso com fotos e um pequeno museu com objetos históricos.

Na cripta da Berliner Dom encontra-se mais de 80 sarcófagos da realeza prussiana. As tumbas mais trabalhadas são de Frederick I e da rainha Sofia.

Sem dúvida, a Berliner Dom é um lugar de oração belo e impressioante que merece ser visitado com calma e respeito.

Mochilando sozinha

Minha primeira experiência como mochileira foi viajando sozinha. Acompanhada apenas pela minha mochilassauro de 68 litros, uma companheira fiel de jornada.

Muitos me diziam que era loucura viajar sozinha, mas há muito que eu planejava uma viagem para a Europa Inicialmente eu iria fazer um curso de francês e depois mochilar por um período de 3 meses, logo após terminar meu doutorado. Porém, uma proposta de emprego em São Paulo, adiou meus planos em um ano, bem como reduziu consideravelmente a duração da viagem para apenas 20 dias.

A redução de 70 dias em meus planos não diminuiu minha vontade. Ao contrário, apenas aumentou o desejo e a persistência em planejar os mínimos detalhes, de forma que essa viagem fosse memorável, mesmo que fosse de tão pouca duração.

Escala em Zurich

A diversão começou desde o aeroporto. Na hora de embarcar deu aquele frio enorme na barriga. “Cruzar o Atlântico sozinha? Em que eu estava pensando?” Pensamentos que duram meio segundo, pois a vontade de ir é bem maior. O que durou mais tempo mesmo foi a despedida do noivo (hoje meu marido e pessoa que mais me apóia em meus sonhos de conhecer o mundo). Ficamos tanto tempo nos despedindo que quase perdi o avião. Brincadeira, mas que fui a última a entrar, isso foi verdade.

Diário de viagem

O avião decola e começo a escrever em meu diário de viagem, outro companheiro fiel, meu caderninho cuja capa é um Betty Boop glamourosa.

Enquanto o piloto fala alemão sem parar, provavelmente sobre o tempo de vôo, altitude, velocidade, etc etc, eu sem nada entender olho pela janela e vejo então uma lua cheia, dançando alegremente no céu negro.

Brilha tanto que parece querer entrar pela janela, como se desejasse me abraçar, dizer alguma coisa talvez.

Uma lua sorridente brincando no céu tão escuro. Uma dama curiosa que observa atenta e ilumina.

Eis ai um bom presságio.

A lua me acompanha, deixando de lado a solidão de viajar sozinha em meio a tantos suíços calados pensativos.

Viajar sozinha me faz lembrar o arcano  O Louco do tarot. Uma figura enigmática que inicia sua jornada sem mesmo perguntar o porquê de se fazer aquilo.

O Louco, Tarot de Marselha

A Jornada descrita no tarot, a jornada de um homem. Isso me faz pensar também no principal desafio do Louco. O Arcano é representado carregando uma sacola, e é ai que reside seu desafio, o nosso desafio.

No final da jornada, sua sacola pode retornar cheia ou vazia.

Relembrando que a vida é um ciclo (uma espiral, como diziam os celtas) que nunca termina, eu, assim como o Louco na jornada descrita pelo tarot, vou retornar ao início. E então como estará a minha sacola? Cheia? Vazia? Diferente? Modificada?

Esse é o desafio e a pergunta de quem faz uma viagem sozinha (ou mesmo acompanhada). O que deixar, o que levar, o que trocar, o que aprender e o que desaprender.

Enquanto me perco nesses pensamentos, percebo tardiamente que não vejo mais a lua em meio a escuridão celeste. Talvez ela durma agora, ou talvez tenha ido observar outros viajantes.

Quando o dia amanhece, o calado passageiro ao meu lado abre a janela e vejo a paisagem, montanhas a perder de vista. Uma imagem que transmite poder e paz. Meus pensamentos agora são “Europa!”. Ligo a TV à minha frente e confirmo, sim, são os Pirineus da Espanha. Não demora tanto agora, logo o avião pousa em Zurique.

Solidão? Sim, viajar sozinha pode ser solitário em alguns momentos. Nesses casos, uso tempo a meu favor, para escrever meu diário, observar as pessoas na rua, enquanto descanso em alguma praça, rever as fotos mais importantes e descrevê-las com cuidado em meu diário.

Viajar sozinha é uma forma de você perceber melhor seus sentimentos, observar melhor o ambiente ao redor, e também de valorizar mais as pessoas que estão ao seu lado e que, mesmo do outro lado do oceano, permanecem tão próximas, residentes fixas em seu coração.

E não é tão solitário assim, albergues são ótimos lugares para se fazer amizades e conhecer gente do mundo inteiro. Cada pessoa com seus planos, indo e vindo para lugares tão diferentes do seu próprio itinerário. Cada pessoa viajando por um motivo, e ao mesmo tempo todos viajando pelo mesmo motivo.

Eu e minha mochilassauro refletidas em Amsterdam

Outra vantagem é que você pode fazer seu próprio roteiro, algo impensável quando se viaja de excursão ou pacotes próprios. Já viajei assim quando era adolescente e inexperiente. Até perceber a chatice que é alguém te dizendo qual será o passeio do dia.

Viajando sozinha eu posso me perder em meus trajetos, se algo me chama mais a atenção do que o caminho previamente pensado.

Posso passar horas em um museu magnífico como o Altes Museum em Berlim ou descasar preguiçosamente no Jardim Du Luxembourg em Paris, vendo o dia passar lentamente enquanto ouço uma música ou como um queijo chèfre.

Viajar como mochileira é sentir liberdade, é ter aventura e muitas surpresas (mesmo que seja o trem mudando de plataforma no último minuto e isso ser anunciado somente em alemão).

Viajar sozinha é um aprendizado, uma experiência única, um crescimento pessoal intenso e prazeiroso.

Que delícia ser dono do seu tempo e da sua viagem!

Catedrais e Igrejas de todo o mundo

Este post apresenta um pequeno resumo das catedrais e igrejas que já visitei. Ele é atualizado constantemente com novas informações ou novas igrejas.

Alemanha

Berliner Dom. Berlim. Belíssima catedral protestante construída em estilo barroco, com influência do renascimento italiano, entre 1894 e 1905. A catedral existente hoje é na verdade a terceira igreja construída no local. Dá para subir no domo e visitar o mausoléu real prussiano. Mais detalhes no post: Berliner Dom – A catedral de Berlim.

Catedral de Colônia. Colônia. Em alemão Kölner Dom. Igreja católica de estilo claramente gótico, sendo o marco principal da cidade e seu símbolo não-oficial. É dedicada a São Pedro e à Virgem Maria. A catedral está incluída na lista de patrimônio histórico da UNESCO, onde é descrita como “trabalho excepcional do gênio criativo humano”. O local recebe cerca de 30 mil  visitantes por dia. É uma das igrejas góticas mais lindas que visitei e também uma das maiores do mundo. Mais detalhes no post: A catedral de Colônia.

Dinamarca

Marmorkirken, Copenhague. A igreja em estilo barroco de Frederick, ou igreja de mármore, como é popularmente conhecida. Possui o maior domo da Escandinávia (embora no restante da Europa existam outras 3 igrejas maiores). O domo se apóia sobre 12 colunas.Sua construção se deu em 1749, sendo a primeira pedra colocada pelo próprio rei Frederick V. Porém a igreja só ficou pronta em 1894. Durante 150 anos a igreja permaneceu em ruínas, como consequência, o plano original de construi-la inteiramente em mármore teve que ser modificado. A Marmorkirken é uma construção imponente que chama a atenção até mesmo do turista mais distraído. Seu interior também é digno de cuidadosa atenção. Com certeza, é um lugar que não pode deixar de ser visitado em Copenhague.

Vor Frue Kirken, Copenhague. Seu nome significa Igreja de Nossa Senhora. O local já era sede de outra igreja desde 1209, porém  a igreja original foi destruída em um bombardeio em 1807. A nova catedral existente hoje foi construída em estilo neoclássico sendo inaugurada em 1829. O interior da catedral forma um ambiente de paz e tranquilidade com belas esculturas.

Noruega

Mariakirken, Bergen. Igreja estilo romanesco, é a construção mais antiga de Bergen (século XII), funcionando como igreja no período entre 1408 a 1766.

Oslo Domkirke, Oslo. Catedral construída em estilo barroco em 1697.Quando eu fui, em 2008, estava fechada para reformas, mas agora já está aberta novamente ao público. A parte de trás da catedral é rodeada pelo Bazaar (Basarene ved Oslo Domkirke), um edifício com uma torre coberta de verde metálico, assim como a Catedral.

Suécia

Klara Kyrka, Estocolmo. Igreja fundada no século 13 em homenagem à Santa Clara. Se localiza na rua Klara Östra Kyrkogata. Quando a visitei tinha um coral cantando, o que resultava em um clima muito agradável dentro da Igreja. Seu interior é ricamente trabalhado.

Riddarholmen, Estocolmo. Igreja conhecida por abrigar os requintados túmulos dos monarcas suecos há 700 anos. Parte dela data do século 13, mas a maior parte, construída com tijolinhos, é do século 16.

Sankt Jacobs kyrka, Estocolmo. Dedicada ao Apóstolo São Tiago Maior, padroeiro dos viajantes. A igreja oferece missas em sueco e inglês. Foi fundada em 1643 e se localiza bem no centro de Estocolmo, perto do parque popular Kungsträdgården, da Kunglia Operan e da praça Gustaf Adolf torg. A construção da igreja levou muito tempo para ser concluída e, como consequência, inclui uma ampla gama de estilos arquitetônicos, como gótico, renascentista e barroco.

A imponente e majestosa catedral de Colônia

Fui parar em Colônia em junho de 2008, enquanto ia de Berlim para Bruxelas. O trem parou em Colônia, da janela avistei a catedral e não deu outra. Sai correndo do trem e fui visita-la, enquanto aguardava o novo trem que partiria para Bruxelas.

A catedral de Colônia (em alemão Kölner Dom) é uma igreja católica de estilo claramente gótico, sendo o marco principal da cidade e seu símbolo não-oficial. É dedicada a São Pedro e à Virgem Maria.

A catedral está incluída na lista de patrimônio histórico da UNESCO, onde é descrita como “trabalho excepcional do gênio criativo humano”. E esse trabalho excepcional é diariamente visitado por cerca de 30 mil pessoas.

A catedral foi construída no local de um templo romano do século IV, um edifício quadrado conhecido como a “mais velha catedral” e administrada por Maternus, o primeiro bispo cristão de Colônia. Uma segunda igreja foi construída no mesmo local, e foi então chamada de “Velha Catedral”, cuja construção foi completada em 818, porém acabou incendiada em 1248.

Com a Segunda Guerra Mundial, a catedral acabou sendo vítima de nada menos que 14 ataques por parte de bombas aéreas. Apesar disso, a Kölner Dom não caiu e permaneceu de pé, aguardando a reconstrução que seria completada somente em 1956.

Até o fim da década de 1990, havia na base da torre noroeste um reparo de emergência feito com tijolos retirados de uma ruína próxima da guerra. Esse reparo mau feito permaneceu visível como uma lembrança da guerra, mas então foi decidido que ele deveria ser reformado para voltar com a aparência original. Que bom, ninguém quer lembranças ruins em um lugar tão excepcional.

A catedral é uma das maiores do mundo e a maior igreja gótica do norte da Europa. Por quatro anos, entre 1880-1884, ela foi a estrutura mais alta do mundo, até a conclusão do Monumento de Washington. Mesmo assim, suas duas torres ainda permanecem como as segundas maiores torres, sendo superada apenas pela torre única da Igreja Ulm Minster, completada 10 anos depois, em 1890, na cidade de mesmo nome Ulm, também na Alemanha.

Devido a suas enorme torres gêmeas, a catedral também apresenta a maior fachada de uma igreja no mundo. O coro, medido entre os pilares, também possui a maior razão entre altura e largura de uma igreja medieval. São medidas que realmente impressionam. A ponto de tirar alguém de seu trem, rs.

Segundo a tradição, no interior da catedral está guardado o relicário de ouro com os restos mortais dos Três Reis Magos Baltazar, Melchior e Gaspar

Fonte:.Wikipédia

Esta catedral foi uma das mais lindas que já visitei. Se por fora ela é exuberante, por dentro ela nos toma o fôlego. São tantos detalhes e tamanha grandiosidade da construção, que fica difícil decidir para onde olhar primeiro.

Bom, na minha opinião, as catedrais góticas são sempre as mais bonitas. Esse estilo envolto em mistérios nos leva à Idade Média e nos remete toda a áurea de uma época em que a arte só era possível se utilizada para fins religiosos. Uma vez que pintura e escultura não eram muito incentivadas pela classe sacerdotal nessa época, restou mesmo aos grandes artistas dedicarem seu tempo e criatividade para construírem templos tão belos como a catedral de Colônia. Um magnífico exemplo de até onde a criatividade humana, quando usada para o bem, pode levar.

Infelizmente não tirei fotos de seu interior, pois a bateria da minha máquina tinha acabado. E o motivo disso foram dois suecos infelizes que roubaram minha mochila, enquanto eu ajudava minha mãe a subir no trem. O carregador da bateria estava obviamente dentro da mochila para que eu pudesse carregar dentro do trem.

As fotos do interior da catedral foram retiradas do site Sacred Destinations. Um ótimo site por sinal, lá tem fotos (muitas fotos!) de alguns destinos sacros ou históricos no mundo. O site não faz menção ao Brasil, mas vale a pena dar uma olhada.

A catedral é aberta ao público de maio a outubro da 6:00 as 21:00 e de novembro a abril das 6:00 as 19:30. Durante a missa não é permitida a visitação.

É possível subir na torre entre 9:00 e 17:00 horas. O ticket custa 2,50 Euros. A entrada fica do lado de fora da catedral, próxima à entrada principal, no lado direito. Dá para ouvir o sino tocar, mas nesse caso é necessário o uso de protetor auricular.

A câmara do tesouro fica aberta diariamente entre 10:00 e 18:00. O custo do ingresso é 4,00 euros. Dá para comprar um ingresso combinado para ver o Tesouro e a Torre. Nesse caso sai mais barato, 5,00 euros.

Estocolmo – O incrível Vasamuseet

VasaMuseet é o museu mais visitado de Estocolmo, e com razão. Foi construído em 1990 para abrigar o navio de guerra Vasa, construído por volta de 1620. O navio afundou no porto de Estocolmo e foi recuperado em 1956, 333 anos após afundar.

A embarcação possui parte do costado e da popa lindamente entalhados mostrando o esplendor e poderio da realeza sueca, porém o Vasa afundou logo em sua viagem inaugural, o que deve ter deixado o rei Gustav nada contente.

É a única embarcação do mundo remanescente do século 17 e ainda intacta. O navio não pode ser visitado por dentro, como o Fran na Noruega, por exemplo, mas vê-lo, mesmo que somente por fora, é fascinante.

O museu é muito bem planejado e rico em informações. Por isso, o Vasa é uma das principais atrações turísticas de Estocolmo.

O Vasa Museet foi um dos museus que já visitei que mais gostei e entrou na lista dos museus em que eu já fui “expulsa”. Explico: eu sou totalmente Lisa Simpson quando o assunto é museu.

Adoro visitar museus, principalmente os que expõem antiguidades, pinturas e esculturas também antigas. Assim, aproveito ao máximo o tempo em que dá para ficar dentro do museu.

Fiquei tão fascinada pelo navio (imagina, tirei 60 fotos só da embarcação…) que fui explorar todos os cantos do museu, resultado, o prédio acabou fechando comigo lá dentro.

Só percebi que não tinha mais ninguém quando as luzes começaram a se apagar e os avisos para sair começaram a ser apenas em espanhol.

Na verdade eles deram o aviso que iam fechar em sueco, inglês, francês e depois apenas em espanhol. Essa foi a parte engraçada.

Sozinha e com o museu ficando na penumbra resolvi procurar a saída mas não a encontrava mais, até que vi um sueco que achei ser o segurança, mas que nada, ele também estava perdido.

Quando finalmente encontramos a saída, pude ver as caras poucos contentes dos funcionários me esperando para fechar totalmente o museu.

Enfim, entrou para a lista dos museus e sítios arqueológicos que fecharam comigo dentro.

Vasamuseet é um museu que compensa muito conhecer mesmo para aqueles que não são muito fans de passar algumas horas dentro de um museu. Simplesmente pelo fato de ter a opotunidade única de ver de perto uma embarcação como essa. Imagino que crianças e adolescentes também se divirtam nesse museu, uma vez que ele nos envolve naquela atmosfera do tempo dos piratas.

O Vasamuseet fica em Djurgården, um parque muito simpático, e perto de outros museus como o Junibacken, o museu de bonecas e histórias infantis de Astrid Lindgren, o Nordiskamuseet, museu nórdico que mostra como os suecos moraram nos últimos 500 anos, e outros mais.

Oslo – Akershus Slott, Aker Brygge e outros lugares

Akershus Slott fica no centro de Oslo. O castelo medieval foi construído em 1299 e depois remodelado em estilo renascentista no século 17. Hoje o castelo é usado para alguns eventos do governo. Os visitantes podem acessar o forte de várias maneiras, desde o portão principal de entrada Kirkegata até o de saída em Akersgata, pela Torre Munk próxima ao terminal marítimo, pela Outer Tenaille, o portão ao lado do Museu da Resistência, pelo portão em Skippergata, ou pela entrada no Kongens gate. Dentro do forte, dá para visitar o Museu da Resistência, o Castelo Akershus e a Igreja do Castelo.

O Forsvarsmuseet (Museu das Forças Armadas) fica na parte de baixo do Forte e traz uma mostra da história militar da Noruega desde a época dos vikings. O Norges Hjemmefrontmuseum (Museu da Resistência) foi criado em 1966 e aberto ao público em 1970. Contém documentos, gravações e outras coisas sobre o período de ocupação nazista. Apesar de te-los visitado, não são o tipo de museu que eu gosto. Adicionei eles aqui por fazerem parte da área do Akershus Slott. O Oslo Pass dá entrada gratuita ao castelo, ao Mausoléu Real e aos museus.

Adoro tirar fotos de museus e coisas antigas. lustres e maçanetas antigas fazem parte da lista…

Aker Brygge é uma região nobre, com vários restaurantes e cafés à beira do porto, com cinemas, teatros, galerias, lojas. É um local bem agradável para caminhar e olhar pessoas. De lá tem-se uma bela vista do Akershus Slott e do terminal Radhusbrygge, de onde sai o ferry que leva à região Bygdoy, onde tem vários museus, incluindo o Museu Viking. É um local muito popular, especialmente no verão.

Nobels Fredssenter (Nobel Peace Center) fica entre o Aker Brygge e a prefeitura de Oslo. O local contém os trabalhos relacionados com o Prêmio Nobel da Paz. É um passeio inspirador para aqueles que apreciam a causa. Há tours guiados nos finais de semana. A entrada é gratuita com o Oslo Pass, para quem não tem, o ingresso custa 80 NOK. Na lojinha do museu tem muita coisa interessante para comprar. Eu comprei um imã de geladeira que na verdade é como um quebra-cabeça chinês formado por vários ideogramas, muito lindo, é meu xodó na geladeira. Outro imã que comprei contém uma frase de autoria anônima que é ótima:

If the war is the answer, we are asking the wrong question”.

Oslo Radhus é a prefeitura de Oslo, inaugurada em 1950. Fica próxima ao Nobels Fredssenter. Para falar a verdade, achei o prédio meio feinho. Para a capital de um dos países mais ricos do mundo, a prefeitura deveria ser mais bonita. Mas acho que o que atrapalha um pouco é cor que deixa o prédio meio triste. A entrega do Prêmio Nobel ocorre lá todo ano em 10 de dezembro. Há tour guiado todos os dias com duração de 45 minutos. No verão, dá para visitar a torre.

Outros museus

 

Historik Museum, construído no estilo Art Noveau, foi inaugurado em 1904 e mostra a vida na Noruega desde os tempos pré-históricos até a idade média, um período de mais de 9000 anos (no térreo, exposição “From the Ice Age to the coming of Christianity”). A seção de moedas mostra a história das moedas norueguesas usadas em um período de 1000 anos (primeiro andar, exposição “Coin Cabinet”). Além disso, ainda tem uma boa exposição de objetos egípcios, gregos, romanos e etruscos e das culturas africana e do leste asiático – Tibete, Mongólia, China, Japão e Coréia (primeiro, segundo e terceiro andares).

O museu fica na Frederiks Gate próximo ao Slottsparken e à Universidade de Oslo. A entrada é gratuita com o Oslo Pass. Se for de metrô, é só descer na estação Nationaltheatret.

Nasjonalmuseetfica bem ao lado do Historik Museum. A galeria faz parte do Museu Nacional de arte, arquitetura e design. Esse museu tem a maior coleção de arte norueguesa, nórdica e internacional do início do século 19 até hoje. A principal exibição mostra pinturas e esculturas norueguesas ou não, incluindo muitos trabalhos famosos do pintor expressionista Edvard Munch, incluindo “O Grito”.

Apesar de gostar muito tanto de impressionismo quanto dos expressionistas, esta pintura em particular não me agrada. Na verdade, o trabalho dele é tão bom, que resultou em um quadro perturbador e desconcertante. Dá para sentir toda a agonia, angústia e solidão da pessoa representada. É por isso que não gosto. Nem visitei a sala onde ele fica exposto no museu. Ainda prefiro mesmo os impressionistas, em particular Monet, que é simplesmente maravilhoso. Já o quadro Madona do Munch é belíssimo, de uma sensibilidade aguda, e o melhor, não parece que o mundo está acabando, como em O Grito. A entrada é gratuita e não é permitido tirar fotos.

Museus mundo afora

Aqui você encontra um pequeno resumo dos museus que já visitei. Ele é atualizado constantemente com novas informações ou museus.

Dinamarca

NY Carlsberg Glyptotek. Copenhague. Este museu possui mais de 10,000 obras de arte, divididas em duas coleções principais, abrangendo desde o início da cultura ocidental do Mediterrâneo, incluindo obras gregas e romanas, a outras formas de arte dinamarquesa e francesa dos séculos 19 e 20. Algumas das pinturas expostas são de Monet, Sisley, Pissarro, Gauguin, dentre outros. O museu abre diarimente das 11:00 as 17:00. O ingresso custa 60 DKK e aos domingos a entrada é gratuita. O museu é citado no livro 1000 lugares para ver antes de morrer de Patricia Schultz.

Noruega

Frammuséet. Oslo. Ótimo museu. Mostra a história dos exploradores polares. O edifício tem uma construção singular, pois tem sua forma triangular para abrigar o  navio mais famoso do mundo polar, o Fram, de 1892, pertencente a Fridtjof Nansen. Em 1893, Nansen liderou uma expedição que atingiu a latitude 86o 14´, a maior distância que qualquer europeu já havia conseguido. Em 1922, Nansen ganhou o Nobel da Paz. O navio é exibido em sua condição original, com interiores e objetos perfeitamente preservado. Esse museu é bem bacana, dá para entrar no navio, visitando cada dependência do mesmo. É como voltar no tempo e vivenciar o cotidiano dos tripulantes. No porão do navio ouve-se o barulho da casa de máquinas e do oceano, como se estivéssemos realmente navegando. Bem legal.

Forsvarsmuseet. Oslo. Museu das Forças Armadas, traz uma mostra da história militar da Noruega desde a época dos vikings. Interessante para quem gosta deste assunto (não é o meu caso).

Historik Museum. Oslo. Construído no estilo Art Noveau, foi inaugurado em 1904 e mostra a  vida na Noruega desde os tempos pré-históricos até a idade média, um período de mais de 9000 anos (no térreo, exposição “From the Ice Age to the coming of Christianity”). A seção de moedas mostra a história das moedas norueguesas usadas em um período de 1000 anos (primeiro andar, exposição “Coin Cabinet”). Além disso, ainda tem uma boa exposição de objetos egípcios, gregos, romanos e etruscos e das culturas africana e do leste asiático – Tibete, Mongólia, China, Japão e Coréia (primeiro, segundo e terceiro andares).

Kon-tiki Museet Oslo. Ótimo museu. Mostra as aventuras de Thor Heyerdahl Kon-Tiki, que cruzou o Atlântico e o Pacífico em suas expedições. Em 1947, o barco Kon-Tiki saiu do Peru. Cento e um dias depois, após atravessar 8000 km do Pacífico, o barco foi levado até o recife Raroia, na Polinésia. Apenas mais cinco homens faziam parte do grupo liderado por Thor Heyerdahl. O barco Ra foi feito com papiro e dai seu nome em homenagem ao deus Sol do Egito. É impressionante imaginar que essas pessoas cruzaram o oceano em uma embarcação tão simples. Isso leva realmente a refletir sobre a tecnologia versus a vontade humana. Mesmo sem ter toda a tecnologia que temos hoje, esses homens cruzaram os oceanos seguindo seus sonhos e suas paixões por conhecimento e aventura. Esse museu é bem interessante, além dos barcos, também tem exposição dos instrumentos utilizados, fotos do cotidiano da equipe em pleno oceano e anotações.

Nasjonalmuseet Oslo. A galeria faz parte do Museu Nacional de arte, arquitetura e design. Esse museu tem a maior coleção de arte norueguesa, nórdica e internacional do início do século 19 até hoje. A principal exibição mostra pinturas e esculturas norueguesas ou não, incluindo muitos trabalhos famosos do pintor expressionista Edvard Munch, incluindo “O Grito”. Apesar de gostar muito tanto de impressionismo quanto dos expressionistas, esta pintura em particular não me agrada. Na verdade, o trabalho dele é tão bom, que resultou em um quadro perturbador e desconcertante. Dá para sentir toda a agonia, angústia e solidão da pessoa representada. É por isso que não gosto. Nem visitei a sala onde ele fica exposto no museu. Ainda prefiro mesmo os impressionistas, em particular Monet, que é simplesmente maravilhoso. Já o quadro Madona do Munch é belíssimo, de uma sensibilidade aguda, e o melhor, não parece que o mundo está acabando, como em O Grito. A entrada é gratuita e não é permitido tirar fotos.

Norges Hjemmefrontmuseum. Oslo. Museu da Resistência criado em 1966 e aberto ao público em 1970. Contém documentos, gravações e outras coisas sobre o período de ocupação nazista. Apesar de te-lo visitado, não é o tipo de museu que eu gosto.

Norsk Sjofartmuseum Oslo. Esse museu abriga várias pinturas marítimas de artistas noruegueses, barcos de madeira, artefatos antigos usados na construção de navios e utensílios existentes em embarcações antigas. O museu também tem uma exposição de objetos encontrados no fundo do mar e outras curiosidades marítimas. Esse foi o último museu que visitei na região do Bygdoy. Entrei perto do horário de fechamento, mas mesmo assim deu para ver tudo (não é muito grande), embora a moça da entrada tenha ficado reclamando sobre o horário.

Vikingskiphuset. Oslo. Excelente museu. Possui 3 navios vikings do século 9 intactos. Os navios foram encontrados em 3 túmulos reais em Oseberg, Gokstad e Tune, no oeste da Noruega. O navio Oseberg foi construído cerca de 820 DC e era usado para navegação antes de ser usado como túmulo para uma mulher rica em 834 DC. O navio Gokstad foi construído ao redor de 890 DC e foi usado para o enterro de um poderoso chefe, morto cerca de 900 DC, mesma época em que o navio Tune foi construído. O museu também possui outros objetos encontrados nas tumbas reais como trenós, vestuário, utensílios de cozinha, dentre outros. Para quem é apaixonado por história antiga, assim como eu, esse museu é espetacular. Afinal é o único com barcos vikings originais e com objetos e utensílios do cotidiano deles. Imperdível. Entrou para a lista dos meus museus preferidos e também no lugares descritos no livro 1000 lugares para ver antes de morrer

Suécia

Dansmuseet. Estocolmo. Museu de cultura mundial com exposições abrangendo dança, teatro, fotografia e arte, incluindo obras indianas, máscaras africanas e figurinos do balé russo.

Gustav IIIs antikmuseum. Estocolmo. Um dos mais antigos da Europa, aberto ao público em 1794. A maioria das esculturas foi adquirida por Gustav III durante sua viagem à Itália em 1783-1784 e estão dispostas exatamente do mesmo modo que estavam em 1790.

Junibacken. Estocolmo. Museu inaugurado em  1996 pela família real. O passeio de trem mostra bonecas e histórias infantis de Astrid Lindgren

Nationalmuseum. Estocolmo. Inaugurado em 1864 em estilo veneziano-renascentista. Possui um importante acervo de várias pinturas das principais escolas européias, além de móveis, pratarias, cerâmicas, objetos de madeira, prata e bronze. A maior parte da coleção foi doada pelo rei Gustav III da Suécia.

Nordiskamuseet. Estocolmo. Museu nórdico que mostra como os suecos moraram nos últimos 500 anos. Era originalmente chamado de Skandinavisk-etnografiska samlingen (Museu da etnografia sueca).

Skansen. Estocolmo. Foi inaugurado em 1891, sendo o pioneiro dos museus ao ar livre com exposições referentes à vida rural e urbana da Suécia dos séculos 18 e 19. Nesta área podem ser vistas 150 construções e fazendas de diferentes partes do país que foram desmontadas de seus lugares de origem e refeitas na área do Skansen. Boa parte das construções tem decoração interna de época. Há também um mini-zoológico de animais selvagens da Escandinávia, como ursos e lobos.

Tre Kronor. Estocolmo. Museu dedicado ao palácio original Tre Kronor, o qual foi destruído por um incêndio em 1697.

Vasa Museet. Estocolmo. Fascinante. É o museu mais visitado de Estocolmo, e com razão. Foi construído em 1990 para abrigar o navio de guerra Vasa, construído por volta de 1620. O navio afundou no porto de Estocolmo e foi recuperado em 1956, 333 anos após afundar. A embarcação possui parte do costado e da popa lindamente entalhados mostrando o esplendor e poderio da realeza sueca, porém o Vasa afundou logo em sua viagem inaugural. É a única embarcação do mundo remanescente do século 17 e ainda intacta. O navio não pode ser visitado por dentro mas vê-lo é fascinante. O museu é muito bem planejado e rico em informações. Entrou para a lista dos meus museus preferidos e também na lista dos museus em que eu já fui “expulsa” (museu fechou comigo dentro, mais detalhes no post: Estocolmo entre os canais e a torre“). Este museu também está descrito no livro 1000 lugares para ver antes de morrer.

Navegando com os Vikings em Oslo

Continuando a falar sobre Oslo, barcos estão para a Noruega assim como vasos estão para a Grécia, ou seja, estão por todos os lugares. Sendo assim, ha vários museus em Oslo dedicados a barcos, navios e derivados…

O primeiro museu que eu fui foi o Vikingskiphuset. Para chegar lá é muito fácil, basta pegar o ferry que sai de Radhusbrygge. Esse ferry vai para a região Bygdoy, onde existem vários outros museus. Tanto o ferry quanto os museus estão inclusos no Oslo Pass. A travessia dura em torno de 10 minutos e faz duas paradas, uma em Dronningen, a mais próxima do Vikingskiphuset e Norsk Folkemuseum, e a outra em Bygdoynes, próximo aos museus Kon-tiki Museet e Frammuseet

A Noruega é frequentemente associada aos povos Vikings. Foi um rei viking, Harald, Cabelo Belo,que unificou a nação norueguesa em um só reino, em meados do século IX e século X. A era Viking foi um período importante para a formação da cultura norueguesa e mitologia nórdica, nessa época os noruegueses conquistaram a Groenlândia e a Islândia, fundaram cidades na Grã-Bretanha e Irlanda (entre elas a capital, Dublin) e navegaram até a costa canadense, sendo os primeiros europeus a pisarem na América.

O Vikingskiphuset possui 3 navios vikings do século 9 intactos. Os navios foram encontrados em 3 túmulos reais em Oseberg, Gokstad e Tune, no oeste da Noruega. O navio Oseberg foi construído cerca de 820 DC e era usado para navegação antes de ser usado como túmulo para uma mulher rica em 834 DC. O navio Gokstad foi construído ao redor de 890 DC e foi usado para o enterro de um poderoso chefe, morto cerca de 900 DC, mesma época em que o navio Tune foi construído. O museu também possui outros objetos encontrados nas tumbas reais como trenós, vestuário, utensílios de cozinha, dentre outros.

Para quem é apaixonado por história antiga, assim como eu, esse museu é espetacular. Afinal é o único com barcos vikings originais e com objetos e utensílios do cotidiano deles. Imperdível. Entrou para a lista dos meus museus preferidos.

Kon-tiki Museet mostra as aventuras de Thor Heyerdahl Kon-Tiki, que cruzou o Atlântico e o Pacífico em suas expedições. Em 1947, o barco Kon-Tiki saiu do Peru. Cento e um dias depois, após atravessar 8000 km do Pacífico, o barco foi levado até o recife Raroia, na Polinésia. Apenas mais cinco homens faziam parte do grupo liderado por Thor Heyerdahl. O barco Ra foi feito com papiro e dai seu nome em homenagem ao deus Sol do Egito.

É impressionante imaginar que essas pessoas cruzaram o oceano em uma embarcação tão simples. Isso leva realmente a refletir sobre a tecnologia versus a vontade humana. Mesmo sem ter toda a tecnologia que temos hoje, esses homens cruzaram os oceanos seguindo seus sonhos e suas paixões por conhecimento e aventura. Esse museu é bem interessante, além dos barcos, também tem exposição dos instrumentos utilizados, fotos do cotidiano da equipe em pleno oceano e anotações.

Bem próximo ao museu Kon-tiki está o Frammuséet que mostra a história dos exploradores polares. O edifício tem uma construção singular, pois tem sua forma triangular para abrigar o  navio mais famoso do mundo polar, o Fram, de 1892, pertencente a Fridtjof Nansen. Em 1893, Nansen liderou uma expedição que atingiu a latitude 86o 14´, a maior distância que qualquer europeu já havia conseguido. Em 1922, Nansen ganhou o Nobel da Paz. O navio é exibido em sua condição original, com interiores e objetos perfeitamente preservado.

Esse museu é bem bacana, dá para entrar no navio, visitando cada dependência do mesmo. É como voltar no tempo. No porão do navio ouve-se o barulho da casa de máquinas e do oceano, como se estivéssemos realmente navegando. Bem legal.

Cada um tem a embarcação que merece…

Perto do Kon-tiki e do Frammuseet tem outro museu marítimo, o Norsk Sjofartmuseum. Esse museu abriga várias pinturas marítimas de artistas noruegueses, barcos de madeira, artefatos antigos usados na construção de navios e utensílios existentes em embarcações antigas. O museu também tem uma exposição de objetos encontrados no fundo do mar e outras curiosidades marítimas. Esse foi o último museu que visitei na região do Bygdoy. Entrei perto do horário de fechamento, mas mesmo assim deu para ver tudo, embora a moça da entrada tenha ficado reclamando sobre o horário.