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Pergamonmusem, o museu mais famoso da Ilha dos Museus

O Pergamonmuseum é uma das principais atrações de Berlim. Foi construído entre 1910 e 1930, o edifício foi um dos primeiros na Europa projetado especificamente para abrigar grandes exposições de arquitetura. Ele foi o último dos 5 museus a ser construído na Museumsinsel e também o último que visitei em Berlim.

Fachada do Pergamonmuseum. Ao fundo está o Bodemuseum

Pergamonmuseum é um dos museus de antiguidades mais famosos da Europa. O museu foi concebido com um conceito de “Três asas” (Dreiflügelanlage). Ele abriga três museus distintos: o Antikensammlung (Coleção de Antiguidades Clássicas), ocupando os salões de arquitetura e a ala de esculturas, o Museum Vorderasiatisches (Museu do Antigo Oriente Médio) e o Museum für Kunst Islamisches (Museu de Arte Islâmica).

A reconstrução monumental de sitios arqueológicos como o Altar de Pérgamo, a Porta do Mercado de Mileto e a Porta de Ishtar, incluindo a Via Processional da Babilônia e a fachada Mshatta, tornou o Pergamonmuseum mundialmente famoso.

A grande riqueza das suas coleções é o resultado de muitas escavações realizadas em larga escala por arqueólogos alemães no início do século 20 na Grécia e Oriente Médio.

Coleção de Antiguidades Clássicas

A coleção de antiguidades romanas e gregas de Berlim (Antikensammlung) teve início durante o século 17. Crescendo sempre de forma constante, a coleção foi aberta para visitação pública em 1830, inicialmente no Altes Museum, e a partir de 1930, no recém construído Pergamonmuseum.

Uma das salas do Museu de Antiguidades Clássicas do Pergamonmuseum com a fachada do Templo de Atenas

O ponto alto da coleção é, sem dúvida, o magnífico Altar de Pérgamo, que deu origem ao nome do museu. O altar pertencia à acrópole da antiga cidade grega de Pérgamo, na Ásia Menor (atual Bergama, Turquia). O altar exibido é uma parte de um complexo exuberantemente restaurado para ser abrigado no museu.

O incrível Altar de Pérgamo reconstruído na sala principal da Coleção de Antiguidades Clássicas

Eu fico imaginando como trouxeram todas as partes desse imenso altar para Berlim, como foi a negociação e como transportaram tudo isso na época. Esse mesmo altar foi reconstruído na exposição do Museu de Arte Brasileira da Faap em 2006 São Paulo.

Supõe-se que o altar tenha sido construído para celebrar uma vitória de guerra na época do rei Eumenes em 170 A.C. Provavelmente foi dedicado a Zeus e a deusa da guerra Atenas. O altar foi descoberto pelo arqueólogo alemão Carl Humann que, após longas negociações, conseguiu transportar partes do altar que haviam resistido à deterioração para Berlim. Dá para pensar como o altar devia ser belo durante seu auge em Pérgamo.

Detalhe do friso do Altar de Pérgamo

O friso maior do altar conta a batalha dos deuses contra os gigantes, enquanto o pequeno narra a história de Telephos, suposto fundador da cidade e filho do herói Hercules. Na época isso era uma tentativa de reivindicar uma ascendência ilustre para os príncipes de Pérgamo.

Só para ter uma idéia de seu tamanho, o friso levou mais de 20 anos para ser remontado a partir dos milhares de fragmentos descobertos em Bergama.

A coleção também inclui peças de outras estruturas de Pérgamo do mesmo período, incluindo a parte do templo de Atenas.

Outras peças trazidas de Pérgamo

Também há alguns excelentes exemplares de escultura grega, originais e cópias romanas, assim como muitas estátuas dos deuses gregos desenterradas em Mileto, Samos e Nakosos, além de vários exemplos da arte da cerâmica grega.

Esculturas muito bem conservadas fazem parte do grande acervo do Pergamonmuseum

A bela arquitetura romana é representada pelo portão do mercado da cidade romana de Mileto, na costa ocidental da Ásia Menor. O portão data do século 2 D.C. e mostra uma forte influência helenística.

Descoberto por uma expedição de arqueólogos alemães, foi transportado para Berlim, onde foi restaurado em 1903.

Detalhe do sárcofago de mármore romano do século 2 DC mostrando a história de Medéia

Também em exposição estão uma série de magníficos mosaicos romanos e sarcófagos. Um dos sarcófagos de mármore do segundo século D.C. é bem impressionante. Ele é todo decorado com entalhes delicados em baixo-relevo representando a história da heroína grega Medéia.

Alguns dos mosaicos expostos no Museu de Antiguidades Clássicas do Pergamonmuseum

Museu do Antigo Oriente Médio

A coleção de Antiguidades no Museu do Antigo Oriente Médio (Vorderasiatisches Museum) foi constituída inicialmente de doações individuais de alguns colecionadores. No entanto, foram as escavações de grande sucesso, que começaram durante a década de 1880, que formaram a base de uma das coleções mais ricas do mundo.

Esta seção do museu, fundada em 1899, abriga cerca de 100 mil itens dos locais de escavações alemãs, o que resultou em mais de 6000 anos de história cultural da Mesopotâmia, Síria, Anatólia, Babilônia, Assur, Uruk e Habuba Kabira.

São peças da arquitetura, escultura e ourivesaria da Babilônia, Irã e Assíria. A peça mais famosa e impressionante é a magnífica Porta de Ishtar e a Via Processional que leva até a Porta. Eles foram construídos durante o reinado de Nabucodonosor II (604-562 A.C.), na antiga Babilônia.

A Porta de Ishtar no Museu do Antigo Oriente Médio no Pergamonmuseum

A avenida original era de cerca de 180 m de comprimento. Muitos dos belos tijolos de vidro, em tom azul brilhante, utilizados na sua reconstrução são novos, mas os leões, animais sagrados da deusa Ishtar, são todos originais.

Embora seu tamanho seja impressionante, a Porta de Ishtar não foi, na verdade, reconstruída totalmente. Só a porta interior está em exposição, enquadrada por duas torres. Decorando a porta há dragões e touros, símbolos dos deuses da Babilônia, Marduk, patrono da cidade, e Adad, o deus das tempestades.

Detalhe dos desenhos da Porta de Ishtar

Outras peças famosas incluem os relevos e esculturas em pedra encontrados ao redor de um portão do castelo de Zincirli (antiga Sam’al, séculos 10 e 9 A.C.), e, como exemplo das primeiras arquiteturas de monumentos religioso, há uma fachada feita de mosaicos multicoloridos de argila de Uruk (4 º milênio A.C.).

As inscrições cuneiformes em tabletes de argila encontrados em Uruk e que datam do quarto milênio A.C. são igualmente importantes um vez que documentam o sistema mais antigo de escrita da humanidade.

Peças encontradas nas escavações feitas na região do Oriente Médio

O mobiliário de um templo dedicado à deusa assíria Ishtar do 3 º milênio A.C. fornece um mostra sobre o sistema de crenças religiosas da Mesopotâmia. Toas as peças que compõem o o acervo do museu ilustram a importância da região do Oriente Médio como o berço da cultura antiga e ocidental.

Museu da Arte Islâmica

Esse museu mostra a arte dos povos islâmicos desde o século 8 até o século 19. A história do Museu de Arte Islâmica (Museum für Kunst Islamisches) começa em 1904, quando Wilhelm von Bode doou sua extensa coleção de tapetes orientais.

Beleza e riqueza da arte islâmica

Além dos tapetes, também foi doada a imponente fachada de um palácio no deserto da Jordânia, a Fachada Mshatta de 45 metros, coberta com revestimento de pedra calcária e muito bem esculpida, datando do período Omíada (661 a 750).

A fachada, na verdade foi um presente do Sultão otomano Abdul Hamid para o imperador Guilherme II em 1903.

A Fachada Mshatta construída com função de defesa do palácio da Jordania

Também fascinante é o Mihrab do século 13 feito na cidade iraniana de Kashan conhecida por sua cerâmica. Ele é ricamente trabalhado e coberto com diferentes esmaltes metálicos que o fazem brilhar como se fosse decorado com safiras e ouro.

Mihrab é um termo que designa um nicho ou reentrância em uma parede em uma mesquita como função de indicar a direção da cidade de Meca, para onde os mulçumanos se orientam quando realizam as cinco orações diárias.

Beleza do Mihrab ricamente trabalhado

As obras de arte também incluem artesanatos e livros de arte. O conjunto abrange uma área que vai da Espanha até a Índia, com ênfase no Oriente Médio, incluindo Egito e Irã.

Além disso há, é claro, a belíssima coleção de muitos tapetes vindos de lugares como Irã, Ásia Menor, Egito e Cáucaso.

Um dos muitos livros de arte expostos no Museu de Arte Islâmica do Pergamonmusem
Um exemplar dos belos e mundialmente famosos tapetes orientais

Finalizando a visita, temos mais um exemplo da arquitetura otomana provincial, a famosa sala de recepção do início do século 17 conhecida mundialmente como Sala de Aleppo Zimmer. Esta sala fazia parte da casa de um comerciante cristão na cidade síria de Aleppo.

Sala de Aleppo Zimmer

O Pergamonmuseum fica na Bodestraße 1-3, na Museumsinsel, no bairro central Mitte. Para chegar lá pode-se pegar o U-Bahn/S-Bahn números 1, 2, 3, 4, 5, 13, 15 ou 53. O museu abre de terça a domingo das 10:00 às 18:00. Nas quintas feiras, o Pergamonmuseum fica aberto até às 22:00. É fechado nas segundas feiras.

O ticket de entrada custa somente 8,00 euros para adultos. A entrada é grátis para crianças e adolescentes até 16 anos e também no primeiro domingo de cada mês.

O museu oferece tours guiados e audio tours em alemão, inglês, francês, italiano, espanhol, japonês, grego e polonês. Também há audio tours em turco.

É permitido tirar fotos desde que não se use o flash ou tripés.

Mais informações:

www.smb.museum

www.museumsinsel-berlin.de

A arte do século 19 na Alte Nationalgalerie em Berlim

A Alte Nationalgalerie em Berlim faz parte do complexo formado por 5 museus na Museumsinsel. Ela abriga uma das mais importantes coleções de arte do século XIX da Alemanha.

Estão em exposição obras primas da escola Romântica alemã, pinturas de vários impressionistas e uma extensa coleção de esculturas. São mais de 140 obras primas de artistas como Caspar David Friedrich, Karl Friedrich Schinkel, Ferdinand Waldmüller, Adolph Menzel, Edouard Manet, Claude Monet, Paul Cézanne, dentre outros.

Beleza da arquitetura neoclássica da Alte Nationalgalerie

Logo de início já se impressiona com a arquitetura do museu construído entre 1866 e 1876. A Alte Nationalgalerie é mais um exemplo do neoclassicismo alemão, porém com alguns toques do estilo neo-renascentista.

O edifício é rodeado por um pátio com várias colunas com algumas estátuas espalhadas. A bela arquitetura da Alte Nationalgalerie pode ser apreciada por vários ângulos. O prédio se destaca na Ilha dos Museus, sendo claramente visível a partir das margens do rio.

A escadaria monumental existente na frente fornece um pedestal para a estátua equestre de Friedrich Wilhelm IV, o rei da Prússia responsável por todo o conceito da Museumsinsel, que levou mais de um século para ser concluída.

Estátua equestre de Friedrich Wilhelm IV na frente da Alte Nationalgalerie

 

Todo o desenho da Alte Nationalgalerie foi feito buscando fazer com que o resultado fosse uma magnífica construção  dedicada à celebração das artes e das ciências.

Para quem visita o museu, não resta dúvidas de que o projeto foi bem sucedido.

Detalhe do frontão da Alte Nationalgalerie

Esculturas

No primeiro andar podemos ver obras como as esculturas do período  neoclássico e pinturas da escola realista. Logo na entrada tem-se uma ampla sala com as esculturas classicistas.

Esta ala é designada como Arte na Época de Goethe, um forte defensor da escola neoclássica na Alemanha. A coleção é formada por lindas esculturas em mármore, sendo que a maioria retrata figuras da mitologia grega.

Pinturas

As pinturas estão espalhadas pelos 3 andares do museu. São pinturas belíssimas distribuídas pelas salas temáticas. Pode-se ouvir a explicação de cada uma delas com o guia eletrônico adquirido na entrada.

Primavera nas Florestas de Viena de Ferdinand Georg Waldmüller (1864)

No primeiro andar estão pinturas realistas. No segundo andar também há obras realistas, um estilo fortemente representado nesse museu, e também idealistas e impressionistas. No terceiro andar estão as pinturas classicistas e românticas.

Pinturas realistas retratando momentos da história da Prússia

Eu particularmente tenho um carinho especial pela Alte Nationalgalerie, pois foi lá que pude conhecer as obras magníficas de Adolph Menzel, um pintor realista alemão. Ele foi um dos mais importantes pintores do século XIX da Alemanha.

Menzel participou ativamente da história prussiana, pintando quase 400 ilustrações retratando momentos importantes da história do país.

Adolph Menzel também produziu obras sobre momentos da vida cotidiana. Uma de suas pinturas favoritas minhas é Quarto da Varanda, um quadro belíssimo, com um realismo fantástico e uma sensibilidade apaixonante.

Dá para sentir o vento batendo na cortina. Todo o ambiente nos convida a sentar e sentir a suave brisa que entra pela porta.

Quarto na Varanda de Adolph Menzel (1845)

As obras de Adolph Menzel estão espalhadas pelos 3 andares do museu.

Sejam telas grandes, que ocupam quase toda a parede, ou telas pequenas dispostas discretamente em algum canto da sala, todas as suas pinturas chamam a atenção.

Seja pelo realismo perfeitamente retratado nos detalhes ou na gradiosidade dos momentos históricos registrados por suas pinceladas. Não importa, suas obras são dignas de admiração e respeito.

O Quarto do Artista na Ritterstrabe de Adolph Menzel (pintura a óleo, 1847)

Os pintores franceses também estão muito bem representados. Há obras de Monet, Manet, Degas, Renoir, Cézanne, Delacroix, Corot e Courbet.

Uma das pinturas que me chamou muito a atenção foi o quadro de Gustave Coubert chamado A Onda. O artista consegue mostrar com perfeição todo o movimento do mar mesmo que tenha utilizado poucas cores.

O movimento e a vividez não residem apenas nas ondas do mar agitado, mas também nas nuvens acima delas. Sem sombra de dúvida uma tela magnífica.

A Onda de Gustave Coubet (óleo sobre canvas, 1869)

Outro belo quadro que atraiu minha atenção logo que entrei na sala foi A Ilha da Morte de Arnold Böcklin.

A pintura foi concebida como um sonho e é exatamente essa a impressão que ela nos causa. Somos envolvidos pela aura mística e atemporal do quadro.

É uma das obras mais famosas de Böcklin. A simetria do desenho da ilha e seu reflexo nas águas, a luz do entardecer e o estranho funeral contribuíram sem dúvida para sua fama e captaram a imaginação de muitos admiradores.

De alguma forma, ele me faz lembrar do livro As Brumas de Avalon, como se a Morgana estivesse retornando para Avalon levando o corpo do irmão Artur morto.

A Ilha da Morte de Arnold Böcklin (pintura a óleo, 1883)

Para quem gosta de pinturas, eu recomendo muito que visite a Alte Nationalgalerie quando estiver em Berlim. As salas repletas de telas grandes ou pequenas merecem ser desfrutadas com tempo e calma.

O conjunto de cores distribuídas harmoniosamente entre pinceladas fortes e decididas ou suaves e sensíveis, os fatos históricos retratados ou momentos da vida captados pelos olhos dos artistas com maestria nos encantam e emocionam.

Eu penso que faz bem para nossa alma e espírito visitar um lugar repleto de obras, sejam elas majestosas ou singelas, um lugar onde podemos respirar arte e sensibilidade.

A Alte Nationalgalerie abre das 10:00 às 18:00. Nas quintas feiras, o museu fica aberto até as 22:00. Nesse dia a entrada é gratuita para todos os museus da Museumsinsel (Ilha dos Museus). O Museu fecha nas segundas feiras.

O ingresso custa 8,00 euros. Há desconto para estudantes. A entrada é pela Bodestraße.

Visitando a Nefertiti em Berlim

Na primeira vez que fui ao Altes Museum, cheguei antes do museu abrir ao público. Estava tão ansiosa para ver de perto o busto de Nefertiti que acordei bem cedinho, tomei rapidinho meu café acompanhado de croissant com muita nutella e sai logo para o museu.

Chegando lá, vi que o museu ainda estava fechado. Não tive outra alternativa senão sentar na escadaria e aguardar pacientemente os funcionários abrirem as portas. Aproveitei o tempo para gravar o som das badaladas da Berliner Dom.

Altes Museum visto da Berliner Dom

Enquanto aguardava, mais pessoas foram chegando.

É uma situação até engraçada, pois as pessoas ficam do lado de fora observando os funcionários do lado de dentro. Estes permanecem imóveis esperando irritantemente que o relógio marque 10 horas em ponto para que eles abram as portas.

Entrada do Altes Museum na Lustgarten

Já da segunda vez que visitei o Altes Museum, a situação foi inversa. Entrei no museu próximo da hora de encerramento. Não me importei com a hora avançada, a Nefertiti merecia outra visita.

Fiquei na ala egípcia até o encerramento oficial do museu. Nessa hora apareceram vários seguranças andando lado a lado e levando todas as pessoas que estivessem na frente em direção à saída. Para ser sincera me deu a sensação de estar sendo levada para algum campo de concentração. Na verdade, não é muito agradável ser escoltada por 6 seguranças alemães até a saída. No entanto, não posso negar que eles eram bem mais simpáticos que os seguranças do Museo del Prado de Madri.

Equação da relatividade em frente ao Altes Museum

Museu

O Altes Museum foi construído entre 1823 e 1830.  É uma das obras mais importantes na arquitetura do Classicismo, sendo o projeto de autoria de Karl Friedrich Schinkel, o mesmo arquiteto responsável por grande parte das construções presentes na Unter den Linden e outros locais importantes de Berlim.

A estrutura interna construída é de grande praticidade, a idéia da planta foi concebida pensando no museu como uma instituição de ensino aberto ao público.

A disposição monumental das 18 colunas caneladas de estilo jônico por toda a frente do museu, a grande extensão do átrio, o pavilhão central (uma referência explícita ao Panteão em Roma) e a grande escadaria lateral são todos os elementos arquitetônicos que, até então, eram reservados apenas para os edifícios mais majestosos da cidade.

Planta do térreo. As salas se dividem mostrando arte grega de Creta, Micenas, Olímpia, Samos, Mileto, Corinto, Aegina, Lacônia, Beócia e Atenas

O museu foi originalmente construído para abrigar todas as coleções da arte de Berlim. O Altes Museum é o lar da bela Coleção de Antiguidades Clássicas desde 1904. A Colecão exibida possui peças gregas, incluindo a tesouraria no piso térreo do Altes Museum.

O pavilhão central é composto por magníficas estátuas de deuses gregos. Toda essa ala é gratuita para o visitante. Pode-se entrar e admirar cada uma das muitas estátuas gregas sem necessariamente ter que comprar o ingresso para o museu.

Pavilhão central no piso térreo do Altes Museum, acesso gratuito ao público

Passando a ala do pavilhão central, chega-se às salas com exposições temáticas de obras gregas que incluem esculturas em pedra, barro e bronze. Além disso também há vasos de cerâmica, prataria e moedas.

Para conhecer todas essas salas é necessário comprar o ingresso para o museu, que é vendido ao lado direito da entrada. Também pode-se alugar o guia eletrônico disponível em vários idiomas.

Com o guia em mãos, basta olhar o número de cada obra e digitar no teclado do guia para ouvir a explicação.

Os muitos vasos gregos encontrados nas escavações

Vasos para todos os lados

Todo esse andar é voltado para peças da gregas trazidas de Atenas, Creta, Micenas, Olímpia, Samos, Mileto, Corinto, Aegina, Lacônia e Beócia.

Alguns exemplos de moedas gregas

A arte romana também está presente, embora em menor número. A coleção é composta por poucas peças incluindo esculturas de César e Cleópatra, sarcófagos, mosaicos e afrescos.

Relevo em um sarcófago típico

Museu egípcio

No piso superior encontra-se o Museu Egípcio (Ägyptisches Museum e Papyrussammlung) com uma área total de 1300 m². O passeio através da exposição mostra a continuidade e a mudança na cultura egípcia antiga com mais de quatro milênios.

Planta do segundo andar: 1 - Esculturas, 2 - Período de Amarna, 3 - Nefertiti, 4 - História Cultural, 5 - Sudão Antigo, 6 - Coleção de Papiros, 7 - Mundo Inferior e 8 - Deuses

As salas apresentam uma rica coleção de belíssimas peças egípcias. O passeio começa com uma apresentação da escultura egípcia, passando pelo período Amarna, que corresponde ao período do reinado de Akhenaton, na Décima Oitava Dinastia.

A arte amarna desenvolvida nessa época é visivelmente diferente do estilo da arte egípcia mais convencional.

Faraó Akhenaton e sua rainha Nefertiti, responsáveis por implantar no Egito uma nova religião monoteísta

Na ala oeste do museu estão as salas com outras peças egípcias, do Sudão antigo e a a bela Coleção de Papiros, com clássicos da literatura egípcia antiga.

A exposição termina com as salas dedicadas ao Mundo Inferior e aos deuses do panteão egípcio.

Nefertiti

No centro da exposição está o busto magnífico da rainha Nefertiti, a esposa de Akhenaton, durante a XVIII Dinastia.

Pouco se sabe sobre os primeiros anos da vida de Nefertiti,  os estudiosos têm contemplado se ela realmente era da linhagem real. Algumas evidências sugerem que ela foi casada com Akhenaton como a filha de um alto funcionário durante o reinado de Amenhotep III. Da mesma forma, o debate continua sobre se Nefertiti era, na verdade, a mãe real de Akhenaton e sua esposa, ao mesmo tempo. O mistério da origem de Nefertiti promete continuar sendo um grande tópico de pesquisa.

A vida no reinado de Akhenaton estava longe de ser pacífica para a rainha e seu faraó. Foi no reinado de Akhenaton que a reforma religiosa teve lugar. Akhenaton mudou a forma da religião egípcia drasticamente.

A religião deixou de ser politeísta para se tornar monoteísta, tendo como único deus Aton, o disco solar. Esse ato levou o faraó a ser considerado um herege.

Nefertiti é talvez uma das rainhas mais conhecida do Egito. Seu nome significa “a bela chegou”. Não foi a toa que ela ficou famosa por sua beleza e elegância.

Seu busto foi um ícone para muitas mulheres e muitas linhas de cosméticos. Sociedades em todo o mundo adotaram a rainha como um símbolo da verdadeira beleza.

Alguns historiadores dizem que Nefertiti seria a mulher mais bonita do mundo (até mesmo que Cleópatra?). Bom, o que quer que as pessoas digam sobre ela, uma coisa é verdadeira, Nefertiti continuará por muito tempo ainda a a ser conhecida por sua beleza.

Reinado de Nefertiti

Seu reinado, ao lado de Akhenaton, foi diferente da forma tradicional que até então tinha tido lugar no Egito. Nefertiti era mais do que apenas uma rainha típica e ajudou a promover a política e o pensamento de Akhenaton.

A duração de seu reinado foi de apenas 12 anos, mas ela foi, talvez, uma das rainhas mais poderosas. Como rainha, Nefertiti assumiu funções poderosas, destacando-se no Egito de uma forma que somente os faraós egípcios haviam feito. Nefertiti se mostrava ao povo egípcio em grau de igualdade com Akhenaton, incluindo até mesmo funções de sacerdotiza.

Não se sabe ao certo o que aconteceu com a rainha, ela permanecerá para sempre um mistério. Seu corpo nunca foi encontrado. Possivelmente ele foi escondido pelos sacerdotes egípcios em algum lugar debaixo das areias.

Informações gerais

O Altes Museum abre diariamente das 10:00 as 18:00. Nas quintas feiras, o museu fica aberto até as 22:00. Nesse dia a entrada é gratuita para todos os museus da Museumsinsel (Ilha dos Museus).

O ingresso custa 8,00 euros. Há desconto para estudantes. A entrada é pela praça Lustgarten.

Para quem quiser ir de metrô para o Altes Museum, basta pegar o descer na estação do Hackescher Markt.

O Museu Egípcio ficou em exibição no Altes Museum no piso superior de agosto de 2005 até 2009, quando então foi transferido para o  Neues Museum um dos 5 museus existentes na Museumsinsel.

Hoje em dia existe muita pressão do Egito para que o museu devolva o Busto de Nefertiti ao seu país de origem. Porém o Altes Museum se nega a restituí-lo ao Egito. Afirmam que o museu é visitado anualmente por mais de 1 milhão de pessoas e que o busto deve ficar em um local onde todos possam vê-lo.

Essa é uma discussão que dá muito o que falar. Se todos os museus europeus devolvessem suas antiguidades, “levadas” de vários sítios arqueológicos, aos países de origem, muitos deles iriam à falência…

Estocolmo – O incrível Vasamuseet

VasaMuseet é o museu mais visitado de Estocolmo, e com razão. Foi construído em 1990 para abrigar o navio de guerra Vasa, construído por volta de 1620. O navio afundou no porto de Estocolmo e foi recuperado em 1956, 333 anos após afundar.

A embarcação possui parte do costado e da popa lindamente entalhados mostrando o esplendor e poderio da realeza sueca, porém o Vasa afundou logo em sua viagem inaugural, o que deve ter deixado o rei Gustav nada contente.

É a única embarcação do mundo remanescente do século 17 e ainda intacta. O navio não pode ser visitado por dentro, como o Fran na Noruega, por exemplo, mas vê-lo, mesmo que somente por fora, é fascinante.

O museu é muito bem planejado e rico em informações. Por isso, o Vasa é uma das principais atrações turísticas de Estocolmo.

O Vasa Museet foi um dos museus que já visitei que mais gostei e entrou na lista dos museus em que eu já fui “expulsa”. Explico: eu sou totalmente Lisa Simpson quando o assunto é museu.

Adoro visitar museus, principalmente os que expõem antiguidades, pinturas e esculturas também antigas. Assim, aproveito ao máximo o tempo em que dá para ficar dentro do museu.

Fiquei tão fascinada pelo navio (imagina, tirei 60 fotos só da embarcação…) que fui explorar todos os cantos do museu, resultado, o prédio acabou fechando comigo lá dentro.

Só percebi que não tinha mais ninguém quando as luzes começaram a se apagar e os avisos para sair começaram a ser apenas em espanhol.

Na verdade eles deram o aviso que iam fechar em sueco, inglês, francês e depois apenas em espanhol. Essa foi a parte engraçada.

Sozinha e com o museu ficando na penumbra resolvi procurar a saída mas não a encontrava mais, até que vi um sueco que achei ser o segurança, mas que nada, ele também estava perdido.

Quando finalmente encontramos a saída, pude ver as caras poucos contentes dos funcionários me esperando para fechar totalmente o museu.

Enfim, entrou para a lista dos museus e sítios arqueológicos que fecharam comigo dentro.

Vasamuseet é um museu que compensa muito conhecer mesmo para aqueles que não são muito fans de passar algumas horas dentro de um museu. Simplesmente pelo fato de ter a opotunidade única de ver de perto uma embarcação como essa. Imagino que crianças e adolescentes também se divirtam nesse museu, uma vez que ele nos envolve naquela atmosfera do tempo dos piratas.

O Vasamuseet fica em Djurgården, um parque muito simpático, e perto de outros museus como o Junibacken, o museu de bonecas e histórias infantis de Astrid Lindgren, o Nordiskamuseet, museu nórdico que mostra como os suecos moraram nos últimos 500 anos, e outros mais.

Oslo – Akershus Slott, Aker Brygge e outros lugares

Akershus Slott fica no centro de Oslo. O castelo medieval foi construído em 1299 e depois remodelado em estilo renascentista no século 17. Hoje o castelo é usado para alguns eventos do governo. Os visitantes podem acessar o forte de várias maneiras, desde o portão principal de entrada Kirkegata até o de saída em Akersgata, pela Torre Munk próxima ao terminal marítimo, pela Outer Tenaille, o portão ao lado do Museu da Resistência, pelo portão em Skippergata, ou pela entrada no Kongens gate. Dentro do forte, dá para visitar o Museu da Resistência, o Castelo Akershus e a Igreja do Castelo.

O Forsvarsmuseet (Museu das Forças Armadas) fica na parte de baixo do Forte e traz uma mostra da história militar da Noruega desde a época dos vikings. O Norges Hjemmefrontmuseum (Museu da Resistência) foi criado em 1966 e aberto ao público em 1970. Contém documentos, gravações e outras coisas sobre o período de ocupação nazista. Apesar de te-los visitado, não são o tipo de museu que eu gosto. Adicionei eles aqui por fazerem parte da área do Akershus Slott. O Oslo Pass dá entrada gratuita ao castelo, ao Mausoléu Real e aos museus.

Adoro tirar fotos de museus e coisas antigas. lustres e maçanetas antigas fazem parte da lista…

Aker Brygge é uma região nobre, com vários restaurantes e cafés à beira do porto, com cinemas, teatros, galerias, lojas. É um local bem agradável para caminhar e olhar pessoas. De lá tem-se uma bela vista do Akershus Slott e do terminal Radhusbrygge, de onde sai o ferry que leva à região Bygdoy, onde tem vários museus, incluindo o Museu Viking. É um local muito popular, especialmente no verão.

Nobels Fredssenter (Nobel Peace Center) fica entre o Aker Brygge e a prefeitura de Oslo. O local contém os trabalhos relacionados com o Prêmio Nobel da Paz. É um passeio inspirador para aqueles que apreciam a causa. Há tours guiados nos finais de semana. A entrada é gratuita com o Oslo Pass, para quem não tem, o ingresso custa 80 NOK. Na lojinha do museu tem muita coisa interessante para comprar. Eu comprei um imã de geladeira que na verdade é como um quebra-cabeça chinês formado por vários ideogramas, muito lindo, é meu xodó na geladeira. Outro imã que comprei contém uma frase de autoria anônima que é ótima:

If the war is the answer, we are asking the wrong question”.

Oslo Radhus é a prefeitura de Oslo, inaugurada em 1950. Fica próxima ao Nobels Fredssenter. Para falar a verdade, achei o prédio meio feinho. Para a capital de um dos países mais ricos do mundo, a prefeitura deveria ser mais bonita. Mas acho que o que atrapalha um pouco é cor que deixa o prédio meio triste. A entrega do Prêmio Nobel ocorre lá todo ano em 10 de dezembro. Há tour guiado todos os dias com duração de 45 minutos. No verão, dá para visitar a torre.

Outros museus

 

Historik Museum, construído no estilo Art Noveau, foi inaugurado em 1904 e mostra a vida na Noruega desde os tempos pré-históricos até a idade média, um período de mais de 9000 anos (no térreo, exposição “From the Ice Age to the coming of Christianity”). A seção de moedas mostra a história das moedas norueguesas usadas em um período de 1000 anos (primeiro andar, exposição “Coin Cabinet”). Além disso, ainda tem uma boa exposição de objetos egípcios, gregos, romanos e etruscos e das culturas africana e do leste asiático – Tibete, Mongólia, China, Japão e Coréia (primeiro, segundo e terceiro andares).

O museu fica na Frederiks Gate próximo ao Slottsparken e à Universidade de Oslo. A entrada é gratuita com o Oslo Pass. Se for de metrô, é só descer na estação Nationaltheatret.

Nasjonalmuseetfica bem ao lado do Historik Museum. A galeria faz parte do Museu Nacional de arte, arquitetura e design. Esse museu tem a maior coleção de arte norueguesa, nórdica e internacional do início do século 19 até hoje. A principal exibição mostra pinturas e esculturas norueguesas ou não, incluindo muitos trabalhos famosos do pintor expressionista Edvard Munch, incluindo “O Grito”.

Apesar de gostar muito tanto de impressionismo quanto dos expressionistas, esta pintura em particular não me agrada. Na verdade, o trabalho dele é tão bom, que resultou em um quadro perturbador e desconcertante. Dá para sentir toda a agonia, angústia e solidão da pessoa representada. É por isso que não gosto. Nem visitei a sala onde ele fica exposto no museu. Ainda prefiro mesmo os impressionistas, em particular Monet, que é simplesmente maravilhoso. Já o quadro Madona do Munch é belíssimo, de uma sensibilidade aguda, e o melhor, não parece que o mundo está acabando, como em O Grito. A entrada é gratuita e não é permitido tirar fotos.

Museus mundo afora

Aqui você encontra um pequeno resumo dos museus que já visitei. Ele é atualizado constantemente com novas informações ou museus.

Dinamarca

NY Carlsberg Glyptotek. Copenhague. Este museu possui mais de 10,000 obras de arte, divididas em duas coleções principais, abrangendo desde o início da cultura ocidental do Mediterrâneo, incluindo obras gregas e romanas, a outras formas de arte dinamarquesa e francesa dos séculos 19 e 20. Algumas das pinturas expostas são de Monet, Sisley, Pissarro, Gauguin, dentre outros. O museu abre diarimente das 11:00 as 17:00. O ingresso custa 60 DKK e aos domingos a entrada é gratuita. O museu é citado no livro 1000 lugares para ver antes de morrer de Patricia Schultz.

Noruega

Frammuséet. Oslo. Ótimo museu. Mostra a história dos exploradores polares. O edifício tem uma construção singular, pois tem sua forma triangular para abrigar o  navio mais famoso do mundo polar, o Fram, de 1892, pertencente a Fridtjof Nansen. Em 1893, Nansen liderou uma expedição que atingiu a latitude 86o 14´, a maior distância que qualquer europeu já havia conseguido. Em 1922, Nansen ganhou o Nobel da Paz. O navio é exibido em sua condição original, com interiores e objetos perfeitamente preservado. Esse museu é bem bacana, dá para entrar no navio, visitando cada dependência do mesmo. É como voltar no tempo e vivenciar o cotidiano dos tripulantes. No porão do navio ouve-se o barulho da casa de máquinas e do oceano, como se estivéssemos realmente navegando. Bem legal.

Forsvarsmuseet. Oslo. Museu das Forças Armadas, traz uma mostra da história militar da Noruega desde a época dos vikings. Interessante para quem gosta deste assunto (não é o meu caso).

Historik Museum. Oslo. Construído no estilo Art Noveau, foi inaugurado em 1904 e mostra a  vida na Noruega desde os tempos pré-históricos até a idade média, um período de mais de 9000 anos (no térreo, exposição “From the Ice Age to the coming of Christianity”). A seção de moedas mostra a história das moedas norueguesas usadas em um período de 1000 anos (primeiro andar, exposição “Coin Cabinet”). Além disso, ainda tem uma boa exposição de objetos egípcios, gregos, romanos e etruscos e das culturas africana e do leste asiático – Tibete, Mongólia, China, Japão e Coréia (primeiro, segundo e terceiro andares).

Kon-tiki Museet Oslo. Ótimo museu. Mostra as aventuras de Thor Heyerdahl Kon-Tiki, que cruzou o Atlântico e o Pacífico em suas expedições. Em 1947, o barco Kon-Tiki saiu do Peru. Cento e um dias depois, após atravessar 8000 km do Pacífico, o barco foi levado até o recife Raroia, na Polinésia. Apenas mais cinco homens faziam parte do grupo liderado por Thor Heyerdahl. O barco Ra foi feito com papiro e dai seu nome em homenagem ao deus Sol do Egito. É impressionante imaginar que essas pessoas cruzaram o oceano em uma embarcação tão simples. Isso leva realmente a refletir sobre a tecnologia versus a vontade humana. Mesmo sem ter toda a tecnologia que temos hoje, esses homens cruzaram os oceanos seguindo seus sonhos e suas paixões por conhecimento e aventura. Esse museu é bem interessante, além dos barcos, também tem exposição dos instrumentos utilizados, fotos do cotidiano da equipe em pleno oceano e anotações.

Nasjonalmuseet Oslo. A galeria faz parte do Museu Nacional de arte, arquitetura e design. Esse museu tem a maior coleção de arte norueguesa, nórdica e internacional do início do século 19 até hoje. A principal exibição mostra pinturas e esculturas norueguesas ou não, incluindo muitos trabalhos famosos do pintor expressionista Edvard Munch, incluindo “O Grito”. Apesar de gostar muito tanto de impressionismo quanto dos expressionistas, esta pintura em particular não me agrada. Na verdade, o trabalho dele é tão bom, que resultou em um quadro perturbador e desconcertante. Dá para sentir toda a agonia, angústia e solidão da pessoa representada. É por isso que não gosto. Nem visitei a sala onde ele fica exposto no museu. Ainda prefiro mesmo os impressionistas, em particular Monet, que é simplesmente maravilhoso. Já o quadro Madona do Munch é belíssimo, de uma sensibilidade aguda, e o melhor, não parece que o mundo está acabando, como em O Grito. A entrada é gratuita e não é permitido tirar fotos.

Norges Hjemmefrontmuseum. Oslo. Museu da Resistência criado em 1966 e aberto ao público em 1970. Contém documentos, gravações e outras coisas sobre o período de ocupação nazista. Apesar de te-lo visitado, não é o tipo de museu que eu gosto.

Norsk Sjofartmuseum Oslo. Esse museu abriga várias pinturas marítimas de artistas noruegueses, barcos de madeira, artefatos antigos usados na construção de navios e utensílios existentes em embarcações antigas. O museu também tem uma exposição de objetos encontrados no fundo do mar e outras curiosidades marítimas. Esse foi o último museu que visitei na região do Bygdoy. Entrei perto do horário de fechamento, mas mesmo assim deu para ver tudo (não é muito grande), embora a moça da entrada tenha ficado reclamando sobre o horário.

Vikingskiphuset. Oslo. Excelente museu. Possui 3 navios vikings do século 9 intactos. Os navios foram encontrados em 3 túmulos reais em Oseberg, Gokstad e Tune, no oeste da Noruega. O navio Oseberg foi construído cerca de 820 DC e era usado para navegação antes de ser usado como túmulo para uma mulher rica em 834 DC. O navio Gokstad foi construído ao redor de 890 DC e foi usado para o enterro de um poderoso chefe, morto cerca de 900 DC, mesma época em que o navio Tune foi construído. O museu também possui outros objetos encontrados nas tumbas reais como trenós, vestuário, utensílios de cozinha, dentre outros. Para quem é apaixonado por história antiga, assim como eu, esse museu é espetacular. Afinal é o único com barcos vikings originais e com objetos e utensílios do cotidiano deles. Imperdível. Entrou para a lista dos meus museus preferidos e também no lugares descritos no livro 1000 lugares para ver antes de morrer

Suécia

Dansmuseet. Estocolmo. Museu de cultura mundial com exposições abrangendo dança, teatro, fotografia e arte, incluindo obras indianas, máscaras africanas e figurinos do balé russo.

Gustav IIIs antikmuseum. Estocolmo. Um dos mais antigos da Europa, aberto ao público em 1794. A maioria das esculturas foi adquirida por Gustav III durante sua viagem à Itália em 1783-1784 e estão dispostas exatamente do mesmo modo que estavam em 1790.

Junibacken. Estocolmo. Museu inaugurado em  1996 pela família real. O passeio de trem mostra bonecas e histórias infantis de Astrid Lindgren

Nationalmuseum. Estocolmo. Inaugurado em 1864 em estilo veneziano-renascentista. Possui um importante acervo de várias pinturas das principais escolas européias, além de móveis, pratarias, cerâmicas, objetos de madeira, prata e bronze. A maior parte da coleção foi doada pelo rei Gustav III da Suécia.

Nordiskamuseet. Estocolmo. Museu nórdico que mostra como os suecos moraram nos últimos 500 anos. Era originalmente chamado de Skandinavisk-etnografiska samlingen (Museu da etnografia sueca).

Skansen. Estocolmo. Foi inaugurado em 1891, sendo o pioneiro dos museus ao ar livre com exposições referentes à vida rural e urbana da Suécia dos séculos 18 e 19. Nesta área podem ser vistas 150 construções e fazendas de diferentes partes do país que foram desmontadas de seus lugares de origem e refeitas na área do Skansen. Boa parte das construções tem decoração interna de época. Há também um mini-zoológico de animais selvagens da Escandinávia, como ursos e lobos.

Tre Kronor. Estocolmo. Museu dedicado ao palácio original Tre Kronor, o qual foi destruído por um incêndio em 1697.

Vasa Museet. Estocolmo. Fascinante. É o museu mais visitado de Estocolmo, e com razão. Foi construído em 1990 para abrigar o navio de guerra Vasa, construído por volta de 1620. O navio afundou no porto de Estocolmo e foi recuperado em 1956, 333 anos após afundar. A embarcação possui parte do costado e da popa lindamente entalhados mostrando o esplendor e poderio da realeza sueca, porém o Vasa afundou logo em sua viagem inaugural. É a única embarcação do mundo remanescente do século 17 e ainda intacta. O navio não pode ser visitado por dentro mas vê-lo é fascinante. O museu é muito bem planejado e rico em informações. Entrou para a lista dos meus museus preferidos e também na lista dos museus em que eu já fui “expulsa” (museu fechou comigo dentro, mais detalhes no post: Estocolmo entre os canais e a torre“). Este museu também está descrito no livro 1000 lugares para ver antes de morrer.

Estocolmo entre os canais e a torre

Continuando o post anterior sobre Estocolmo, existem duas boas maneiras de ver a cidade além de caminhar ou pegar o ônibus. Pelos canais da cidade e de cima da torre Kaknastornet, o ponto mais alto de Estocolmo. O cartão Stockholmskortet dá entrada gratuita em ambos.

Existem vários tipos de tours pelos canais. Eu acho bem legal de se fazer, Estocolmo é construída sobre 14 ilhas, então o passeio de barco oferece uma bela vista da cidade a partir da água. Eu escolhi o Royal Canal Tour, com duração de 50 minutos. Para quem não tem o cartão, o valor do ingresso é 150 SEK.

O barco sai de Stromkajen (Grand Hôtel), perto da ponte  Strömbron que sai de Gamla Stan. Passa pelo canal de Djurgårdsbrunn, visitando pontos como Djurgården e o Royal National Park City, prédios históricos e pontos com natureza exuberante. Na volta, o tour passa pelo Vasamuseet e Waldemarsudde. Tem uma lanchonete a bordo, caso dê fome durante o tour.

Ainda bem próximo à Gamla Stan, logo que o barco sai, dá para avistar o Nationalmuseum, inaugurado em 1864 em estilo veneziano-renascentista. Este museu possui um importante acervo de várias pinturas das principais escolas européias, além de móveis, pratarias, cerâmicas, objetos de madeira, prata e bronze. A maior parte da coleção foi doada pelo rei Gustav III, que devia ser um grande apreciador de objetos de arte, visto que sua coleção particular pôde ser generosamente distribuída em dois museus, este e o Gustav IIIs antikmuseum , um dos mais antigos museus da Europa, aberto ao público em 1794. A maioria das esculturas foi adquirida por Gustav III durante sua viagem à Itália em 1783 e estão dispostas exatamente do mesmo modo que estavam em 1790.

Abaixo tem outras fotos tiradas do barco, uma delas é o Danvikshem, um prédio intrigante, construído entre 1902 and 1915. Hoje em dia é usado como casa de repouso para idosos. Fiquei sabendo de uma história engraçada sobre o Danvikshem, mas não sei se é verdade.  Algum tempo atras, um navio de guerra foi para Estocolmo em uma visita oficial. Quando avistaram esse prédio, o capitão pensou que fosse o palácio real e deu ordens para dispararem os canhões para saudar ao rei. Dá para imaginar como ficaram os vovôs e as vovós depois desse engano…

Outro lugar que dá para avistar do barco é o Skansen. Foi inaugurado em 1891, sendo o pioneiro dos museus ao ar livre com exposições referentes à vida rural e urbana da Suécia dos séculos 18 e 19. Nesta área podem ser vistas 150 construções e fazendas de diferentes partes do país que foram desmontadas de seus lugares de origem e refeitas na área do Skansen. Boa parte das construções tem decoração interna de época. Há também um mini-zoológico de animais selvagens da Escandinávia, como ursos e lobos. Este estilo de casa também pode ser visto nas áreas rurais norueguesas.

Na foto panorâmica dá pra ver o Djurgårdsbron e Strandvägen. Este último quer dizer “caminho da praia”, constituindo um boulevard na parte central de Estocolmo. Foi construído para a Feira Mundial de Estocolmo em 1897 e rapidamente se tornou um dos endereços de maior prestígio na cidade.

Kaknastornet

Depois de ver Estocolmo dos canais, é hora de vê-la do alto. Kaknastornet é a torre que fica no ponto mais alto da cidade. O elevador leva 30 segundos para atingir a altura de 155 metros do chão. De lá, tem-se uma vista espetacular da cidade. A vista alcança em torno de 6o km, incluindo os subúrbios e o aquipélago. A torre foi construída empregando engenharia avançada entre 1963 e 1967. Tem restaurante e um café bar agradáveis e alguns sofás ótimos para sentar e apreciar a paisagem.

Stadshuset

Há ainda um terceiro lugar de onde se tem uma bela vista de Gamla Stan e da ilha Riddarholmen, do pátio atrás da Stadshuset, a prefeitura de Estocolmo. A Stadshuset foi construída em estilo romântico entre 1911 e 1923 usando aproximadamente 8 milhões de tijolos.  A prefeitura, é o símbolo da cidade, sendo o local da entrega do prêmio Nobel (exceto o Nobel da paz que é em Oslo). Há visitas guiadas para conhecer o interior, com duração de 45 minutos. Dá para visitar a torre também, que fica aberta de maio a setembro.

A foto abaixo mostra a vista de Riddarholmen, dá para ver do lado esquerdo o Norstedts, o prédio editorial mais antigo de Estocolmo. A editora publica ficção, não-ficção, acadêmicos, livros de referência, infantis e dicionários. No lado direito está o Wrangelska palatset, que foi residência da família real entre 1697 a 1754. No fundo tem a torre da Igreja de Riddarholmen, conhecida por abrigar os requintados túmulos dos monarcas suecos há 700 anos. Parte dela data do século 13, mas a maior parte, construída com tijolinhos, é do século 16.

Conversei com um segurança no pátio central da Stasdshuset. Comentei com ele sobre o fato da rainha da Suécia ser brasileira. Ele me contou orgulhoso que já havia visto a rainha de perto e que ela era baixinha. Bom, qualquer um poderia ser baixinho perto dele, um típico sueco, então respondi para ele que a rainha não era baixinha e sim os suecos que são muito altos. Perguntei a ele como era a vida em Estocolmo e se ele gostava de lá. Sua resposta foi inusitada, ele disse que gostava sim de Estocolmo, mas como nunca tivesse morado em outro lugar, ele não poderia afirmar com tanta certeza. Bom, não deixa de ser verdade a comparação improvável.

Navegando com os Vikings em Oslo

Continuando a falar sobre Oslo, barcos estão para a Noruega assim como vasos estão para a Grécia, ou seja, estão por todos os lugares. Sendo assim, ha vários museus em Oslo dedicados a barcos, navios e derivados…

O primeiro museu que eu fui foi o Vikingskiphuset. Para chegar lá é muito fácil, basta pegar o ferry que sai de Radhusbrygge. Esse ferry vai para a região Bygdoy, onde existem vários outros museus. Tanto o ferry quanto os museus estão inclusos no Oslo Pass. A travessia dura em torno de 10 minutos e faz duas paradas, uma em Dronningen, a mais próxima do Vikingskiphuset e Norsk Folkemuseum, e a outra em Bygdoynes, próximo aos museus Kon-tiki Museet e Frammuseet

A Noruega é frequentemente associada aos povos Vikings. Foi um rei viking, Harald, Cabelo Belo,que unificou a nação norueguesa em um só reino, em meados do século IX e século X. A era Viking foi um período importante para a formação da cultura norueguesa e mitologia nórdica, nessa época os noruegueses conquistaram a Groenlândia e a Islândia, fundaram cidades na Grã-Bretanha e Irlanda (entre elas a capital, Dublin) e navegaram até a costa canadense, sendo os primeiros europeus a pisarem na América.

O Vikingskiphuset possui 3 navios vikings do século 9 intactos. Os navios foram encontrados em 3 túmulos reais em Oseberg, Gokstad e Tune, no oeste da Noruega. O navio Oseberg foi construído cerca de 820 DC e era usado para navegação antes de ser usado como túmulo para uma mulher rica em 834 DC. O navio Gokstad foi construído ao redor de 890 DC e foi usado para o enterro de um poderoso chefe, morto cerca de 900 DC, mesma época em que o navio Tune foi construído. O museu também possui outros objetos encontrados nas tumbas reais como trenós, vestuário, utensílios de cozinha, dentre outros.

Para quem é apaixonado por história antiga, assim como eu, esse museu é espetacular. Afinal é o único com barcos vikings originais e com objetos e utensílios do cotidiano deles. Imperdível. Entrou para a lista dos meus museus preferidos.

Kon-tiki Museet mostra as aventuras de Thor Heyerdahl Kon-Tiki, que cruzou o Atlântico e o Pacífico em suas expedições. Em 1947, o barco Kon-Tiki saiu do Peru. Cento e um dias depois, após atravessar 8000 km do Pacífico, o barco foi levado até o recife Raroia, na Polinésia. Apenas mais cinco homens faziam parte do grupo liderado por Thor Heyerdahl. O barco Ra foi feito com papiro e dai seu nome em homenagem ao deus Sol do Egito.

É impressionante imaginar que essas pessoas cruzaram o oceano em uma embarcação tão simples. Isso leva realmente a refletir sobre a tecnologia versus a vontade humana. Mesmo sem ter toda a tecnologia que temos hoje, esses homens cruzaram os oceanos seguindo seus sonhos e suas paixões por conhecimento e aventura. Esse museu é bem interessante, além dos barcos, também tem exposição dos instrumentos utilizados, fotos do cotidiano da equipe em pleno oceano e anotações.

Bem próximo ao museu Kon-tiki está o Frammuséet que mostra a história dos exploradores polares. O edifício tem uma construção singular, pois tem sua forma triangular para abrigar o  navio mais famoso do mundo polar, o Fram, de 1892, pertencente a Fridtjof Nansen. Em 1893, Nansen liderou uma expedição que atingiu a latitude 86o 14´, a maior distância que qualquer europeu já havia conseguido. Em 1922, Nansen ganhou o Nobel da Paz. O navio é exibido em sua condição original, com interiores e objetos perfeitamente preservado.

Esse museu é bem bacana, dá para entrar no navio, visitando cada dependência do mesmo. É como voltar no tempo. No porão do navio ouve-se o barulho da casa de máquinas e do oceano, como se estivéssemos realmente navegando. Bem legal.

Cada um tem a embarcação que merece…

Perto do Kon-tiki e do Frammuseet tem outro museu marítimo, o Norsk Sjofartmuseum. Esse museu abriga várias pinturas marítimas de artistas noruegueses, barcos de madeira, artefatos antigos usados na construção de navios e utensílios existentes em embarcações antigas. O museu também tem uma exposição de objetos encontrados no fundo do mar e outras curiosidades marítimas. Esse foi o último museu que visitei na região do Bygdoy. Entrei perto do horário de fechamento, mas mesmo assim deu para ver tudo, embora a moça da entrada tenha ficado reclamando sobre o horário.