Estocolmo, do palácio real ao show de rock

A caminho de Gamla Stan

O primeiro lugar que visitei foi a Klara Kyrka, fundada no século 13 em homenagem à Santa Clara. Essa igreja fica na rua Klara Östra Kyrkogata. Quando a visitei tinha um coral cantando, o que resultava em um clima muito agradável dentro da Igreja. Sentei em um dos bancos e fiquei ouvindo o coral, foi um momento bom para relaxar e agradecer pela viagem.

Na sequência para chegar em Gamla Stan, passei por outra igreja, a  Sankt Jacobs kyrka, dedicada ao Apóstolo São Tiago Maior, padroeiro dos viajantes. A igreja oferece missas em sueco e inglês. Foi fundada em 1643 e se localiza bem no centro de Estocolmo, perto do parque popular Kungsträdgården, da Kunglia Operan e da praça Gustaf Adolf torg. A construção da igreja levou muito tempo para ser concluída e, como consequência, inclui uma ampla gama de estilos arquitetônicos, como gótico, renascentista e barroco.

O parque Kungsträdgården é muito frequentado pelos habitantes de Estocolmo, fica lotado no verão e no inverno, tem um rinque de patinação disputado. É o jardim mais antigo da cidade.  Foi transformado em parque público em 1562, sendo que era o quintal da realeza durante a Idade Média.

Continuando a caminhada em direção a Gamla Stan, chega-se à praça Gustav Adolfs Torg, onde fica a Kunglia Operan (Royal Opera). Lógico que não poderia deixar a ópera passar em branco e entrei para conhecer o prédio por dentro. A compania de ópera foi fundada pelo rei Gustav III com a primeira apresentação em 1773. O interior do prédio é belíssimo, ricamente trabalhando com um amplo salão e balcões confortáveis. Tudo bem que depois de entrar no Opera de Paris, todas as outras óperas parecem inferiores em beleza, mas apesar disso, a Kunglia Operan não deixa de encantar a quem a visita.

Como estava aberto, fui entrando, conhecendo tudo. Mas o melhor de ter entrado assim, tão na cara dura, foi que pude assistir sentada em um dos camarotes, o ensaio completo de uma peça de ópera. O nome da peça eu não sei, mas era deslumbrante. Mesmo sem saber o nome e mesmo sendo o ensaio geral, assitir a uma ópera dessas em Estocolomo de graça foi realmente um presente inesperado, porém magnífico.

A parte engraçada veio no final, na hora de irmos embora, não encontrei a saida, um senhor funcionário da ópera nos chamou, abriu uma porta e falou para gente passar, nós passamos e acabamos entrando no camarim, com todo o pessoal lá dentro! O senhor percebeu então que estavamos perdidas e não que éramos parte da equipe, perguntou  o que que eu queria  e eu respondi: a saida, rs.

Ainda na praça Gustav Adolfs Torg, em frente ao Operan, está o Dansmuseet, um museu de cultura mundial com exposições abrangendo dança, teatro, fotografia e arte, incluindo obras indianas, máscaras africanas e figurinos do balé russo.

Gamla Stan

Saindo da praça,  atravessando a ponte Norrbro, passa pelo Sveriges Riksdag, o parlamento sueco, e depois chega-se a Gamla Stan, a cidade antiga, origem de Estocolomo, fundada em 1252. Gamla Stan é uma dos maiores e melhores preservados centro medieval na Europa. A região abriga prédios antigos, ruas em calçamento, becos e vielas, lojas de souvenires, boutiques, restaurantes, hotéis, pubs, cafeterias, o castelo real e a Stora kyrkan (igreja maior). Andar em Gamla Stan é como estar em um museu ao ar livre. É um dos lugares que mais atrai os turistas, tanto pela beleza, quanto pelos pontos turísticos. Sua popularidade tem razão de ser. É muito agradável percorrer as ruas e vielas de Gamla Stan.

É nessa área que se encontra o Kungliga Slottet, o palácio real. A residência oficial do rei foi construída no século 18 em estilo barroco italiano. Originalmente foi construido como um forte no século 13. O Kungliga Slottet se tornou a residência real no reinado de Gustav Vasa que o aumentou ressultando em um dos maiores palácios na Europa, com mais de 600 aposentos.  No entanto, a família real prefere atualmente morar no palácio Drottningholm.

É aberto à visitação, exceto quando utilizado em banquetes oferecidos a chefes de estado estrangeiros ou em cerimônias oficiais. O maior destaque da visita são os Aposentos Reais. Infelizmente não era permitido fotografias, realmente uma pena, pois os aposentos no interior do palácio são deslumbrantes, mostrando bem a riqueza e luxo da realeza.

Quando estava visitando o palácio, vi vários casais chegarem em carros oficiais para um encontro nas dependências do mesmo. O mais engraçado era que os casais eram bem parecidos entre si, todos eram idosos e se vestiam com exatamente o mesmo estilo de roupa. Não foi possível saber sobre o que era o encontro, mas todos os envolvidos estavam bem felizes, sorrindo uns para os outros e se cumprimentando alegremente, dentro, é claro, do jeito sueco de ser.

Na área do palácio ainda dá para visitar a capela real, o Museu Tre Kronor, dedicado ao palácio original Tre Kronor, o qual foi destruído por um incêndio em 1697 e o Museu de Gustavo III, um dos mais antigos da Europa, aberto ao público em 1794. A maioria das esculturas foi adquirida por Gustav III durante sua viagem à Itália em 1783-1784 e estão dispostas exatamente do mesmo modo que estavam em 1790.

Nas celas escuras do palácio, está o Skattkammaren, com os mais importantes símbolos da monarquia sueca, os tesouros do estado. Anteriormente só podiam ser vistos nas ocasiões cerimoniais, mas desde 1970 a coroa, os cetros, as espadas e as chaves foram expostos ao público. Na parte debaixo do palácio também há o Livrustkammaren, com exposição das armaduras e armas feitas para Gustav Vasa e roupas usadas em cerimônias de casamento e coroação, além das carruagens usadas nas cerimônias reais. De novo não eram permitidas fotografias, que pena.

Dá para ver a troca da guarda que ocorre às quartas e sábados às 12.15 e aos domingos e feriados às 13h15. O cartão Stockholmskortet dá entrada gratuita nos lugares mencionados.

Depois de visitar o Palácio Real, fui de ônibus até Djurgården, para entrar em alguns dos museus existentes no local. O parque é super agradável e muito convidativo a uma parada para comer um lanche sossegada. Sentei em uma das mesas e aproveitei para assistir a um show de música folclórica enquanto comia.

Eu gostei da apresentação, mas confesso que a música não agradaria muito aos brasileiros em geral. O grupo consistia principalmente da mulher vocalista e de um rapaz tocando acordeom. A apresentação terminou logo e em seguida veio a melhor parte. Depois de assistir à ópera, pude assistir ao show de rock de uma banda local. Adorei!

Uma das minhas bandas preferidas é sueca: Hammerfall, sempre que dá vou nos shows deles em São Paulo (enquanto eu morava em Sampa era mais fácil). Bom, não era o Hammerfall mas a banda era muito boa, tocaram Kiss, Van Halen entre outras. Assisti ao show inteiro e no final conversei com o baixista e um dos vocalistas. Ele me passou o site da banda, mas infelizmente acabei perdendo o papel. O pior foi que perdi o papel bem quando comecei a escrever esse post. Que azar! O baixista me falou que não gosta muito do Hammerfall, ele prefere mesmo Iron Maiden.

Essa foto eu tirei do guitarrista quando ele desceu do palco e se aproximou da minha mesa. Muito bom mesmo, pena que perdi o nome e o site da banda.

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