Arquivo mensais:março 2012

No caminho de Fès a Marrakech, vivenciando a festa religiosa no Marrocos

No último dia em Fès, arrumamos nossa bagagem e saímos cedinho rumo à tão esperada Marrakech. Esse era um dia muito especial no Marrocos, e acredito que em todos os países muçulmanos também, afinal era a festa religiosa conhecida como O Sacrifício de Abraão ou a Festa do Cordeiro, fazendo referência à passagem bílbica onde Deus pede para Abraão sacrificar seu filho em honra a Ele, porém, na hora do sacrifício, um anjo é enviado e entrega a Abraão um cordeiro para ser sacrificado no lugar de seu filho Isaque (Gênesis, 22:1-19).

Desde nosso primeiro dia no Marrocos, em Casablanca, que víamos pessoas carregando cordeiros em carros, camionetes, carrinhos de mão e até mesmo nos próprios ombros. A mesma cena se repetia várias e várias vezes em Rabat, Meknès e Fès. Isso obviamente despertou minha curiosidade e foi então que descobri, que toda aquela movimentação era na verdade os preparativos para a festa religiosa, assim como as compras de Natal para nós.

Nas ruas de Casablanca, o comércio de cordeiros por todos os lados

A medida em que se aproxima a data, o comércio de cordeiros fica ainda mais intenso. A movimentação dentro da medina aumenta ainda mais, com pessoas agitadas comprando todos os preparativos para a grande festa.

No dia em si, as pessoas parecem mais calmas, mais tranquilas, mais centradas na festividade. Logo cedo, elas tomam um café da manhã bem especial e vão para as mesquitas participarem do culto. Os homens se dão quatro beijos para desejar boas festas. As crianças ganham roupas e sapatos novos, doces, presentes e dinheiro. Nesse ponto, a festa religiosa é parecida com o Natal com relação à importância da data e à troca de presentes. No entanto, as similaridades param por ai.

Em Casablanca víamos várias camionetes carregando cordeiros para diversas famílias

Quando as pessoas voltam da celebração na mesquita, elas dão início ao sacrifício do cordeiro e ai entra a parte que, para nós ocidentais, é difícil de compreender. As famílias vão então para a frente de suas casas e lá sacrificam o animal. Depois disso o penduram de cabeça para baixo para que todo o sangue escorra. O significado da festa está justamente no sacrifício do cordeiro, por isso não se pode apenas comprar a carne, deve-se comprar o cordeiro vivo e sacrificá-lo na frente da casa. Isso para reviver o sacrifício de Abraão, patriarca de todos os muçulmanos, que iria ceder seu filho a Deus. Sendo assim, as pessoas fazem esse ritual para atrair as bençãos de Deus para sua família e descendentes, uma vez que eles próprios são descendentes de Abraão. Assim, eles mantém vivo o compromisso de Abraão e sua descendência para com Deus.

Eu, particularmente, apesar de respeitar a fé e crença de cada um e de entender o forte significado religioso, não me senti bem com a questão do sacrifício. Quem me conhece, sabe como sou apegada a bichos e por isso decidi não olhar para nenhuma casa onde estivesse acontecendo o sacrifício. Essa atitude me rendeu muitas horas de viagem sem olhar para a estrada, pois por todos os lados haviam famílias comemorando a data.

Um rapaz leva seu cordeiro em um carrinho de mão em Meknès

Mesmo para eles é difícil encarar o ato de matar o cordeiro, principalmente para as crianças. Esse é o motivo pelo qual elas recebem mimos como presentes e doces, afinal os pequenos se apegam ao cordeiro nos dias em que precedem a comemoração e acabam sofrendo quando ele é morto. Alguns adultos também ficam sentidos. Nosso guia me contou que ele ainda lembra de quando era criança e via o cordeiro sendo morto. Ele também mencionou que, mesmo agora sendo adulto, não tem coragem para sacrificar o cordeiro. Quando isso ocorre,  um vizinho é chamado para executar a tarefa. Isso não deixa de ser um bonito ato de solidariedade, esquecendo de que se trata do ato de matar um bicho.

Outro ato de solidariedade religiosa é o fato de que famílias ricas costumam comprar dois 2 cordeiros, um para elas e outro para doarem a uma família pobre que não tem condições de adquirirem um. Dessa forma ninguém fica sem comemorar o dia religioso.

A mesma cena se repete nas ruelas da medina de Fès

No dia da festa mesmo não se come a carne, só no dia seguinte. Esse também é um dos motivos pelo qual o café da manhã é bem reforçado. No dia festivo, apenas o sangue é derramado lembrando o ato de Abraão, nos demais dias que se come a carne e depois aproveita até mesmo o couro do carneiro.

A Festa do Cordeiro não tem data fixa para ocorrer, assim como nossa Páscoa. Ela corresponde  ao final do ano muçulmano. Nesse caso, o  ano que começava para eles era o 1432, enquanto que para nós era novembro de 2010. O ano 1 islâmico corresponde ao nosso ano 622. Na verdade, eles seguem o calendário lunar, ao contrário de nós que seguimos o calendário solar ou gregoriano. No Islam, o ano começa com a fuga de Maomé de Meca para Medina (Hegira). O calendário possui 12 meses como o nosso, porém são mais curtos, com 30 ou 29 dias, o que dá 355 ou 354 dias, 11 dias a menos que o calendário gregoriano.

De um jeito....
....Ou de outro, o cordeiro vai para casa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vivenciar essa festa religiosa foi bom pelo fato de poder conhecer mais da cultura e fé do marroquino, porém para ser sincera foi um momento bem difícil para mim, por amar aos bichos (embora eu coma carne) e também pelo forte sentido religioso, envolvendo filhos e sacrifício. Mas de tudo, ou quase tudo, tiramos uma boa experiência e lição de vida.

À tarde, as casas, ruas e estradas ficaram silenciosas e aparentemente vazias. No final do dia, somente as viúvas dos carneiros permaneciam nos campos.

Ao final do dia, somente as viúvas dos cordeiros restam nos pastos na beira da estrada

 

 

 

Tannerie Chouwara, o famoso curtume de Fès

Um dos lugares que eu mais queria conhecer na medina de Fès era o curtume ou tannerie, como é chamado no Marrocos. Após visitar alguns lugares na medina, fomos até o souk dos artigos de couro e visitamos a Tannerie Chouwara. É fácil saber que estamos nos aproximando do local devido ao forte cheiro que emana da tannerie.

Poços para preparo e tingimento na Tannerie Chouwara

Todo o processo de preparo e tingimento do couro é melhor visualizado dos terraços das lojas de produtos de couro. Sendo assim, quando chegamos no souk, subimos por uma escada estreita de uma das lojas até seu terraço, onde um guia-vendedor nos esperava para explicar como funcionava toda aquela visão exótica que culminaria com a fabricação de belas roupas e acessórios de couro.

Para facilitar a vida e o olfato dos visitantes, são distribuídos ramos de hortelã logo na entrada, dessa forma dá para disfarçar todo o forte odor existente no local, uma mistura formada pelas peles dos animais abatidos, corantes e amoníaco.

Sem o raminho de hortelã não dá para encarar a Tannerie

O couro marroquino é feito com peles de cabra, de  vaca ou de ovelha, tingidas do lado do pêlo, com um formato irregular e granulado, de toque agradável e altamente resistente.

O artesanato usando peças de couro, assim como as cerâmicas feitas na olaria de Fès, faz parte de uma tradição ancestral, sendo um dos responsáveis pela riqueza cultural da cidade. Foi no reinado do amoádas no século XII que o tingimento do couro se tornou uma profissão, cujo conhecimentos são passados de geração em geração.

Os curtumes existem principalmente nas regiões de Fès e Marrakech, sendo que o de Fès é o mais famoso e mais importante do país.

Peles de vaca, carneiro e cabra chegam do abatedouro e são tratadas em diferentes tanques. Dá para ver várias pilhas de peles amontoadas umas sobre as outras à espera de serem tratadas.

Primeiramente elas são esfregadas manualmente com sal  em ambos os lados e secas ao sol. O sal é aplicado vigorosamente com as mãos para melhor penetração deste na pele e então, os pêlos são removidos. Esse processo dura em torno de 3 a 4 dias.

Após, elas são lavadas para retirar as impurezas. A duração aqui também varia de acordo com a estação do ano, sendo mais demorada no inverno e mais curta no verão.

As peles são mergulhadas em poços contendo fezes de pombo para tratamento e tingimento

A seguir, as peles são mergulhadas em cal, enxaguadas em água e pisoteadas antes de serem mergulhadas novamente em fezes de pombo (arghhh!) por vários dias antes de serem secas.

A proximidade de fontes de água é um fator importante para o curtume, pois ela é essencial para a fabricação das misturas e também para o descarte dos resíduos provenientes do tratamento. Difícil é imaginar que o despejo desses resíduos ocorra de forma amigável ao meio ambiente…

 

Em cada poço uma mistura de corantes de diferentes origens

Durante o preparo das peles são usados vários ingredientes, a cor branca do couro provém das fezes de pombo, a amarela do açafrão, vermelho da papoula, verde da hortelã, azul do índigo, preto do kajal e marrom de uma mistura feita com terra.  No caso do açafrão, as peles não são mergulhadas, devido ao alto custo dessa especiaria, as flores são esfregadas nas peles até obter o tom amarelo desejado.

As etapas e duração do processo de curtimento vão depender do tipo de pele, se é proveniente de cabra, ovelha ou vaca. A pele que exige uma preparação mais cuidadosa é a de cabra.

Tingimento do couro nos poços com misturas de corantes

Para o perfeito tingimento das peças são necessárias de 3 a 4 horas de imersão. Os trabalhadores do curtume mergulham as peças constantemente nos poços com as misturas coloridas, passando por vários estágios de lavagem e imersão. O tempo de imersão em casa poço varia de acordo com a mistura existente. No caso das fezes de pombo são de 4 a 8 dias. Para outras cores pode ser de até 15 dias.

Trabalho árduo sem nenhum equipamento de proteção, essa é a rotina da Tannerie

Observar a rotina do curtume do alto do terraço da loja é uma experiência no mínimo interessante. É uma visão exótica, bela, triste e grotesca ao mesmo tempo.

Enquanto via aqueles homens trabalhando quase em uma coreografia sem fim naquela colméia gigante formada pelos poços coloridos, mergulhando e pisoteando as peles, imaginava que modo difícil de ganhar a vida. Todos os dias trabalhando em condições insalubres, sem qualquer equipamento de proteção e mesmo assim, de uma maneira irônica ou cultural, servindo de atração turística para olhos curiosos dos viajantes.

Uma colméia formada por poços de tratamento e tingimento

Sem dúvida, por toda a peculiaridade que é o curtume de Fès, vale a pena a visita, mesmo que o odor possa ser um pouco forte para estômagos mais sensíveis. Afinal, assim, de uma forma bem tradicional e artesanal são feitas belas peças de couro.

Peles expostas para secarem após tingimento com açafrão

É claro que após a visita ao terraço para ver a tannerie, somos abordados pelos vendedores da loja, oferencendo seus produtos tudo com “special prrrice for you, my frrriend“. Em cada andar estão expostas bolsas, babouches, roupas dos mais variados modelos e cores. O difícil é sair da loja sem comprar algo.

Tradicionais bolsas e babuches nas mais diversas cores

Viajando com bebês pela primeira vez

Viajante de carteirinha como sou, uma das coisas que mais sonho em fazer com meu filho é justamente viajar com ele pelo Brasil e pelo mundo. Mas, agora que ele finalmente chegou para fazer parte da família de mochileiros, começaram a aparecer  as dúvidas: Quando começar a viajar com ele? Qual a idade adequada? Para onde ir? E, principalmente, o que levar?

Foi então que comecei a procurar na internet blogs de pessoas que viajam com crianças e encontrei vários com relatos de mães e pais que viajam sem problema com seus fofuchos. Coincidentemente, nessa mesma época, o site Viaje na Viagem do Ricardo Freire fez um levantamento de vários blogs sobre viagens com bebês e crianças. Recentemente, ainda foi publicado um post sobre destinos tidos como adultos onde se pode levar as crianças sem problema algum.

Lendo os relatos, vi que sim, é possível viajar com bebês, mesmo que sejam pequeninos e também que é mais comum do que se pensa a existência de pais e mães que viajam com seus filhotes, embora o “senso comum” diga que é trabalhoso, que não se deve viajar com bebês ou que o destino escolhido deve ser algo que tenha um parque ou piscina.

Sendo assim, com o carnaval chegando, o verão bem estabelecido e a vontade de viajar costumeira, tomei coragem e decidi viajar com uma companhia a mais, a do meu lindinho de apenas 2 meses e meio. Antes disso, realmente não é recomendável pela questão das vacinas.

Como estava procurando algo com natureza e um local que não fosse tão longe, por ser a primeira viagem com ele, acabei optando por uma pousada em Morretes, interior do Paraná. Um destino calmo, tranquilo, próximo da cidade onde moramos (Curitiba) e com muita natureza. Sem dúvida, um local agradável e bem adequado para quem queria fugir da agitação do carnaval.

Escolhido o local, comecei a pesquisar hospedagem. Aqui é importante escolher bem o tipo de acomodação de acordo com a necessidade. O quarto tem que ter uma infraestrutura que permita o bem estar de todos e principalmente do bebê. Assim, é adequado que o quarto possua ventilador ou aquecedor, conforme a estação do ano. Também é essencial ter um frigobar para guardar as frutas, sucos ou outros alimentos que o bebê faça uso.

No nosso caso, como a acomodação era um chalé, facilitou bastante o fato de ficarmos hospedados próximos à piscina. É bom perguntar no hotel ou pousada a localização do quarto em relação ao local onde ficará a maior parte do tempo (piscina, restaurante, etc), pois isso ajudará nas idas e vindas até a acomodação, afinal sempre tem algo que esquecemos de levar para a piscina ou outra coisa que o bebê necessite de acordo com a hora do dia.

Outra coisa para se ter em mente é o tempo gasto no trajeto. Como fomos no Carnaval, é de se esperar que as estradas estejam bem congestionadas, com um trânsito e uma lentidão que podem irritar o pequeno. Assim decidimos por fazer uma viagem mais reduzida, saindo no sábado e retornando na terça. Com isso não pegamos trânsito algum, nem na ida, nem na volta.

Antes de sair de casa para pegar a estrada é bom trocar a fralda no nenê e amamentá-lo, assim, ele viajará mais tranquilo, provavelmente dormindo a maior parte do tempo, se for muito novinho.

Quanto ao que levar, segue abaixo uma listinha de tudo o que o bebe pode precisar. Viajando de carro fica mais fácil, agora de avião já complica um pouco mais quanto à questão do espaço na bagagem para tanta coisa.

Roupas – aqui é só fazer o que toda mãe já está acostumada a fazer, independente do local escolhido, levar roupas leves e também as mais quentinhas, assim o bebê fica preparado para qualquer mudança de temperatura. Adicione manta, cueiro (que serve como um coringa em muitas situações) e um cobertozinho, aqueles que abotoam para virar saco de dormir são ótimos para levar, pois ocupam menos espaço e deixam o bebê bem acomodado.

Banho e higiene – Para o banho, uma boa substituta para a banheira é uma piscina inflável. Levamos uma e funcionou muito bem, aliás, ele adorou tomar banho na piscina. Ela também pode ser usada para refrescar o bebe durante o dia. Como em Morretes estava muito quente, colocamos a piscininha ao lado da piscina da pousada para um “mergulho” refrescante durante o dia.

Piscina inflável, boa para refrescar do calor e também para um banho gostoso no final do dia

Ainda para o banho, eu optei por levar sabonete líquido para cabelos e corpo. É mais fácil para guardar na nécessaire do que o sabonete em barra e ocupa menos espaço do que levar sabonete e shampoo. Outros itens para a higiene do bebê incluem cotonetes, lenços umedecidos, algodão (mesmo que não os use para a troca de fralda, é útil para aplicar alguma loção, repelente, etc e para limpeza também), pente ou escova e fraldinhas de boca, que são muitos úteis na hora da refeição, limpeza do suor, higiene da boquinha, dentre outras coisas. Para quem usa, é bom levar também o termômetro de banho para verificar a temperatura da água antes de dar banho no baby, porém esse item pode ser facilmente trocado pelo toque do cotovelo na água.

Quanto às fraldas descartáveis, leve apenas o necessário para os primeiros dias. Se a viagem for longa, procure desde o primeiro dia a farmácia mais próxima para comprar mais se precisar. O mesmo vale para os lenços umedecidos. Isso economiza espaço na bagagem. Agora, se você estiver indo para um lugar com dificil acesso a farmácias, calcule o número de trocas para saber a quantidade e o tamanho do pacote a ser levado. Na dúvida, conte 2 fraldas para cada mamada. Não esqueça também de levar a pomada contra assaduras.

Hora do sono– Como meu fofucho ainda dorme no carrinho de bebê, levei-o no porta-malas. Assim, embora estivesse fora de casa, ele dormiu na sua “caminha”, como se estivesse no seu quarto. Isso deixa o bebê mais tranquilo, afinal ele reconhece o lugar onde dormirá as próximas noites, mesmo que o quarto seja outro. Levamos também o mosquiteiro para o carrinho por causa dos muitos mosquitos existentes em Morretes. Para bebês novinhos, é bom levar o rolinho para colocar no carrinho na hora de dormir e evitar que eles virem durante o sono.

Medicamentos – Essa é a parte chata que preferimos não usar, mas mesmo assim é importante levar. Minha farmacinha inclui Rinosoro infantil (ou Sorine, tanto faz), Tylenol bebê e termômetro, para casos de febre inesperada, e um medicamento para cólica.

Cadeira de balanço, indispensável em qualquer viagem

Outros itens – Inclua na nécessaire do bebê o filtro solar, caso vá para a praia ou outro lugar com muito sol, e o repelente infantil, para lugares com muitos mosquitos, como era o nosso caso. Se o bebê usar chupetas, leve-as também, afinal acalmam, deixando-o bem tranquilo. O brinquedinho preferido também deve fazer parte da bagagem.

Outro item mágico é a cadeira de balanço. Meu bebê tem uma da Fisher-Price que mostrou ser algo indispensável em uma viagem. Com ela, ele ficava sentadinho, dormindo ou acordado, na beira da piscina, no jardim, no restaurante, na varanda, enfim, em todos os lugares, bem confortável, tranquilo e contente. Na hora do soninho, era só ligar o treme-treme, que ele dormia sem dar o menor trabalho.

Para os momentos de caminhadas com o bebê, aconselho levar o sling. Ele é prático para levar e deixa o bebê bem acomodado. O meu dorme quase o tempo todo quando estamos andando, afinal fica quentinho e o balançar do corpo na troca de passos, acaba por nina-lo. Não aconselho o canguru, pois, alguns podem fazer mal à coluna e articulações do bebê. O sling ajuda a melhor posicionar o peso do bebê, além de deixa-lo próximo da mãe, permitindo que ela fique com os braços livres para carregar bolsa, máquina fotográfica ou qualquer outra coisa. Eu uso o modelo wrap sling pois permite maior contato pele a pele com o bebê.

Acrescente à sua lista sacos de lixo pequenos, para as trocas de fraldas que possam ocorrer fora da acomodação ou até mesmo durante a viagem. Outra coisa que aprendi na viagem é levar sempre uma garrafa com água, para lavar as mãos caso aconteça algum “acidente” na hora da troca, e alcool 70% para desinfetar as mãos.

Com essas dicas, a viagem fica mais fácil e prazerosa para toda a família. A estadia em Morretes foi totalmente segura e meu filhote curtiu bastante. Com isso vi que é possível sim viajar com bebês, mesmo que sejam pequenininhos. Ainda não fiz nenhuma viagem de avião com ele, mas já estou planejando. Acredito que quando a criança cresce viajando e conhecendo novos ambientes e lugares, ele se desenvolve mais rápido e mais confiante.

Já estou sonhando com as próximas viagens. Pretendo aumentar a complexidade delas à medida em que ele for se desenvolvendo. O segredo é toda a família participar e curtir o passeio, sem estresse. Imprevistos podem acontecer, mas se planejarmos bem, estaremos preparados para eles.