Arquivo mensais:fevereiro 2011

A arte do século 19 na Alte Nationalgalerie em Berlim

A Alte Nationalgalerie em Berlim faz parte do complexo formado por 5 museus na Museumsinsel. Ela abriga uma das mais importantes coleções de arte do século XIX da Alemanha.

Estão em exposição obras primas da escola Romântica alemã, pinturas de vários impressionistas e uma extensa coleção de esculturas. São mais de 140 obras primas de artistas como Caspar David Friedrich, Karl Friedrich Schinkel, Ferdinand Waldmüller, Adolph Menzel, Edouard Manet, Claude Monet, Paul Cézanne, dentre outros.

Beleza da arquitetura neoclássica da Alte Nationalgalerie

Logo de início já se impressiona com a arquitetura do museu construído entre 1866 e 1876. A Alte Nationalgalerie é mais um exemplo do neoclassicismo alemão, porém com alguns toques do estilo neo-renascentista.

O edifício é rodeado por um pátio com várias colunas com algumas estátuas espalhadas. A bela arquitetura da Alte Nationalgalerie pode ser apreciada por vários ângulos. O prédio se destaca na Ilha dos Museus, sendo claramente visível a partir das margens do rio.

A escadaria monumental existente na frente fornece um pedestal para a estátua equestre de Friedrich Wilhelm IV, o rei da Prússia responsável por todo o conceito da Museumsinsel, que levou mais de um século para ser concluída.

Estátua equestre de Friedrich Wilhelm IV na frente da Alte Nationalgalerie

 

Todo o desenho da Alte Nationalgalerie foi feito buscando fazer com que o resultado fosse uma magnífica construção  dedicada à celebração das artes e das ciências.

Para quem visita o museu, não resta dúvidas de que o projeto foi bem sucedido.

Detalhe do frontão da Alte Nationalgalerie

Esculturas

No primeiro andar podemos ver obras como as esculturas do período  neoclássico e pinturas da escola realista. Logo na entrada tem-se uma ampla sala com as esculturas classicistas.

Esta ala é designada como Arte na Época de Goethe, um forte defensor da escola neoclássica na Alemanha. A coleção é formada por lindas esculturas em mármore, sendo que a maioria retrata figuras da mitologia grega.

Pinturas

As pinturas estão espalhadas pelos 3 andares do museu. São pinturas belíssimas distribuídas pelas salas temáticas. Pode-se ouvir a explicação de cada uma delas com o guia eletrônico adquirido na entrada.

Primavera nas Florestas de Viena de Ferdinand Georg Waldmüller (1864)

No primeiro andar estão pinturas realistas. No segundo andar também há obras realistas, um estilo fortemente representado nesse museu, e também idealistas e impressionistas. No terceiro andar estão as pinturas classicistas e românticas.

Pinturas realistas retratando momentos da história da Prússia

Eu particularmente tenho um carinho especial pela Alte Nationalgalerie, pois foi lá que pude conhecer as obras magníficas de Adolph Menzel, um pintor realista alemão. Ele foi um dos mais importantes pintores do século XIX da Alemanha.

Menzel participou ativamente da história prussiana, pintando quase 400 ilustrações retratando momentos importantes da história do país.

Adolph Menzel também produziu obras sobre momentos da vida cotidiana. Uma de suas pinturas favoritas minhas é Quarto da Varanda, um quadro belíssimo, com um realismo fantástico e uma sensibilidade apaixonante.

Dá para sentir o vento batendo na cortina. Todo o ambiente nos convida a sentar e sentir a suave brisa que entra pela porta.

Quarto na Varanda de Adolph Menzel (1845)

As obras de Adolph Menzel estão espalhadas pelos 3 andares do museu.

Sejam telas grandes, que ocupam quase toda a parede, ou telas pequenas dispostas discretamente em algum canto da sala, todas as suas pinturas chamam a atenção.

Seja pelo realismo perfeitamente retratado nos detalhes ou na gradiosidade dos momentos históricos registrados por suas pinceladas. Não importa, suas obras são dignas de admiração e respeito.

O Quarto do Artista na Ritterstrabe de Adolph Menzel (pintura a óleo, 1847)

Os pintores franceses também estão muito bem representados. Há obras de Monet, Manet, Degas, Renoir, Cézanne, Delacroix, Corot e Courbet.

Uma das pinturas que me chamou muito a atenção foi o quadro de Gustave Coubert chamado A Onda. O artista consegue mostrar com perfeição todo o movimento do mar mesmo que tenha utilizado poucas cores.

O movimento e a vividez não residem apenas nas ondas do mar agitado, mas também nas nuvens acima delas. Sem sombra de dúvida uma tela magnífica.

A Onda de Gustave Coubet (óleo sobre canvas, 1869)

Outro belo quadro que atraiu minha atenção logo que entrei na sala foi A Ilha da Morte de Arnold Böcklin.

A pintura foi concebida como um sonho e é exatamente essa a impressão que ela nos causa. Somos envolvidos pela aura mística e atemporal do quadro.

É uma das obras mais famosas de Böcklin. A simetria do desenho da ilha e seu reflexo nas águas, a luz do entardecer e o estranho funeral contribuíram sem dúvida para sua fama e captaram a imaginação de muitos admiradores.

De alguma forma, ele me faz lembrar do livro As Brumas de Avalon, como se a Morgana estivesse retornando para Avalon levando o corpo do irmão Artur morto.

A Ilha da Morte de Arnold Böcklin (pintura a óleo, 1883)

Para quem gosta de pinturas, eu recomendo muito que visite a Alte Nationalgalerie quando estiver em Berlim. As salas repletas de telas grandes ou pequenas merecem ser desfrutadas com tempo e calma.

O conjunto de cores distribuídas harmoniosamente entre pinceladas fortes e decididas ou suaves e sensíveis, os fatos históricos retratados ou momentos da vida captados pelos olhos dos artistas com maestria nos encantam e emocionam.

Eu penso que faz bem para nossa alma e espírito visitar um lugar repleto de obras, sejam elas majestosas ou singelas, um lugar onde podemos respirar arte e sensibilidade.

A Alte Nationalgalerie abre das 10:00 às 18:00. Nas quintas feiras, o museu fica aberto até as 22:00. Nesse dia a entrada é gratuita para todos os museus da Museumsinsel (Ilha dos Museus). O Museu fecha nas segundas feiras.

O ingresso custa 8,00 euros. Há desconto para estudantes. A entrada é pela Bodestraße.

Visitando a Nefertiti em Berlim

Na primeira vez que fui ao Altes Museum, cheguei antes do museu abrir ao público. Estava tão ansiosa para ver de perto o busto de Nefertiti que acordei bem cedinho, tomei rapidinho meu café acompanhado de croissant com muita nutella e sai logo para o museu.

Chegando lá, vi que o museu ainda estava fechado. Não tive outra alternativa senão sentar na escadaria e aguardar pacientemente os funcionários abrirem as portas. Aproveitei o tempo para gravar o som das badaladas da Berliner Dom.

Altes Museum visto da Berliner Dom

Enquanto aguardava, mais pessoas foram chegando.

É uma situação até engraçada, pois as pessoas ficam do lado de fora observando os funcionários do lado de dentro. Estes permanecem imóveis esperando irritantemente que o relógio marque 10 horas em ponto para que eles abram as portas.

Entrada do Altes Museum na Lustgarten

Já da segunda vez que visitei o Altes Museum, a situação foi inversa. Entrei no museu próximo da hora de encerramento. Não me importei com a hora avançada, a Nefertiti merecia outra visita.

Fiquei na ala egípcia até o encerramento oficial do museu. Nessa hora apareceram vários seguranças andando lado a lado e levando todas as pessoas que estivessem na frente em direção à saída. Para ser sincera me deu a sensação de estar sendo levada para algum campo de concentração. Na verdade, não é muito agradável ser escoltada por 6 seguranças alemães até a saída. No entanto, não posso negar que eles eram bem mais simpáticos que os seguranças do Museo del Prado de Madri.

Equação da relatividade em frente ao Altes Museum

Museu

O Altes Museum foi construído entre 1823 e 1830.  É uma das obras mais importantes na arquitetura do Classicismo, sendo o projeto de autoria de Karl Friedrich Schinkel, o mesmo arquiteto responsável por grande parte das construções presentes na Unter den Linden e outros locais importantes de Berlim.

A estrutura interna construída é de grande praticidade, a idéia da planta foi concebida pensando no museu como uma instituição de ensino aberto ao público.

A disposição monumental das 18 colunas caneladas de estilo jônico por toda a frente do museu, a grande extensão do átrio, o pavilhão central (uma referência explícita ao Panteão em Roma) e a grande escadaria lateral são todos os elementos arquitetônicos que, até então, eram reservados apenas para os edifícios mais majestosos da cidade.

Planta do térreo. As salas se dividem mostrando arte grega de Creta, Micenas, Olímpia, Samos, Mileto, Corinto, Aegina, Lacônia, Beócia e Atenas

O museu foi originalmente construído para abrigar todas as coleções da arte de Berlim. O Altes Museum é o lar da bela Coleção de Antiguidades Clássicas desde 1904. A Colecão exibida possui peças gregas, incluindo a tesouraria no piso térreo do Altes Museum.

O pavilhão central é composto por magníficas estátuas de deuses gregos. Toda essa ala é gratuita para o visitante. Pode-se entrar e admirar cada uma das muitas estátuas gregas sem necessariamente ter que comprar o ingresso para o museu.

Pavilhão central no piso térreo do Altes Museum, acesso gratuito ao público

Passando a ala do pavilhão central, chega-se às salas com exposições temáticas de obras gregas que incluem esculturas em pedra, barro e bronze. Além disso também há vasos de cerâmica, prataria e moedas.

Para conhecer todas essas salas é necessário comprar o ingresso para o museu, que é vendido ao lado direito da entrada. Também pode-se alugar o guia eletrônico disponível em vários idiomas.

Com o guia em mãos, basta olhar o número de cada obra e digitar no teclado do guia para ouvir a explicação.

Os muitos vasos gregos encontrados nas escavações

Vasos para todos os lados

Todo esse andar é voltado para peças da gregas trazidas de Atenas, Creta, Micenas, Olímpia, Samos, Mileto, Corinto, Aegina, Lacônia e Beócia.

Alguns exemplos de moedas gregas

A arte romana também está presente, embora em menor número. A coleção é composta por poucas peças incluindo esculturas de César e Cleópatra, sarcófagos, mosaicos e afrescos.

Relevo em um sarcófago típico

Museu egípcio

No piso superior encontra-se o Museu Egípcio (Ägyptisches Museum e Papyrussammlung) com uma área total de 1300 m². O passeio através da exposição mostra a continuidade e a mudança na cultura egípcia antiga com mais de quatro milênios.

Planta do segundo andar: 1 - Esculturas, 2 - Período de Amarna, 3 - Nefertiti, 4 - História Cultural, 5 - Sudão Antigo, 6 - Coleção de Papiros, 7 - Mundo Inferior e 8 - Deuses

As salas apresentam uma rica coleção de belíssimas peças egípcias. O passeio começa com uma apresentação da escultura egípcia, passando pelo período Amarna, que corresponde ao período do reinado de Akhenaton, na Décima Oitava Dinastia.

A arte amarna desenvolvida nessa época é visivelmente diferente do estilo da arte egípcia mais convencional.

Faraó Akhenaton e sua rainha Nefertiti, responsáveis por implantar no Egito uma nova religião monoteísta

Na ala oeste do museu estão as salas com outras peças egípcias, do Sudão antigo e a a bela Coleção de Papiros, com clássicos da literatura egípcia antiga.

A exposição termina com as salas dedicadas ao Mundo Inferior e aos deuses do panteão egípcio.

Nefertiti

No centro da exposição está o busto magnífico da rainha Nefertiti, a esposa de Akhenaton, durante a XVIII Dinastia.

Pouco se sabe sobre os primeiros anos da vida de Nefertiti,  os estudiosos têm contemplado se ela realmente era da linhagem real. Algumas evidências sugerem que ela foi casada com Akhenaton como a filha de um alto funcionário durante o reinado de Amenhotep III. Da mesma forma, o debate continua sobre se Nefertiti era, na verdade, a mãe real de Akhenaton e sua esposa, ao mesmo tempo. O mistério da origem de Nefertiti promete continuar sendo um grande tópico de pesquisa.

A vida no reinado de Akhenaton estava longe de ser pacífica para a rainha e seu faraó. Foi no reinado de Akhenaton que a reforma religiosa teve lugar. Akhenaton mudou a forma da religião egípcia drasticamente.

A religião deixou de ser politeísta para se tornar monoteísta, tendo como único deus Aton, o disco solar. Esse ato levou o faraó a ser considerado um herege.

Nefertiti é talvez uma das rainhas mais conhecida do Egito. Seu nome significa “a bela chegou”. Não foi a toa que ela ficou famosa por sua beleza e elegância.

Seu busto foi um ícone para muitas mulheres e muitas linhas de cosméticos. Sociedades em todo o mundo adotaram a rainha como um símbolo da verdadeira beleza.

Alguns historiadores dizem que Nefertiti seria a mulher mais bonita do mundo (até mesmo que Cleópatra?). Bom, o que quer que as pessoas digam sobre ela, uma coisa é verdadeira, Nefertiti continuará por muito tempo ainda a a ser conhecida por sua beleza.

Reinado de Nefertiti

Seu reinado, ao lado de Akhenaton, foi diferente da forma tradicional que até então tinha tido lugar no Egito. Nefertiti era mais do que apenas uma rainha típica e ajudou a promover a política e o pensamento de Akhenaton.

A duração de seu reinado foi de apenas 12 anos, mas ela foi, talvez, uma das rainhas mais poderosas. Como rainha, Nefertiti assumiu funções poderosas, destacando-se no Egito de uma forma que somente os faraós egípcios haviam feito. Nefertiti se mostrava ao povo egípcio em grau de igualdade com Akhenaton, incluindo até mesmo funções de sacerdotiza.

Não se sabe ao certo o que aconteceu com a rainha, ela permanecerá para sempre um mistério. Seu corpo nunca foi encontrado. Possivelmente ele foi escondido pelos sacerdotes egípcios em algum lugar debaixo das areias.

Informações gerais

O Altes Museum abre diariamente das 10:00 as 18:00. Nas quintas feiras, o museu fica aberto até as 22:00. Nesse dia a entrada é gratuita para todos os museus da Museumsinsel (Ilha dos Museus).

O ingresso custa 8,00 euros. Há desconto para estudantes. A entrada é pela praça Lustgarten.

Para quem quiser ir de metrô para o Altes Museum, basta pegar o descer na estação do Hackescher Markt.

O Museu Egípcio ficou em exibição no Altes Museum no piso superior de agosto de 2005 até 2009, quando então foi transferido para o  Neues Museum um dos 5 museus existentes na Museumsinsel.

Hoje em dia existe muita pressão do Egito para que o museu devolva o Busto de Nefertiti ao seu país de origem. Porém o Altes Museum se nega a restituí-lo ao Egito. Afirmam que o museu é visitado anualmente por mais de 1 milhão de pessoas e que o busto deve ficar em um local onde todos possam vê-lo.

Essa é uma discussão que dá muito o que falar. Se todos os museus europeus devolvessem suas antiguidades, “levadas” de vários sítios arqueológicos, aos países de origem, muitos deles iriam à falência…

Museumsinsel, a Ilha dos Museus em Berlim

A Museumsinsel (Ilha dos Museus) é formada por um conjunto de 5 museus que somam 100 anos da arquitetura e bem mais ainda de história e arte.

Os museus que formam a Museumsinsel são o Bode-museum, Pergamonmuseum, Neues Museum, Altes Museum e Alte Nationalgalerie. Fica localizada no centro de Berlim, entre os rios Spree e Kupfergraben, próxima à Berliner Dom e à praça Lustgarten.

Ilha dos Museus, Pergamonmuseum e Bode-museum ao fundo

O conjunto extraordinário de museus teve seu início com o rei Frederico Guilherme III, que encomendou a construção do Museu Real, atualmente o Altes Museum, em 1830, com o objetivo de expor ao público geral os tesouros de arte real alemã.

Infelizmente, quase 70% dos prédios dos museus foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial. No final da guerra, as coleções foram divididas entre Berlim Oriental e Ocidental. A reunificação da Alemanha permitiu que as coleções divididas entre os dois lados fossem reunidas novamente.

No final do século 20, um programa de reconstrução e modernização foi projetado para restaurar todos os cinco museus. Também em 1999 a UNESCO incluiu a Museumsinsel na lista do “Patrimônio Cultural da Humanidade“.

Entrada para o Altes Museum na Lustgarten

A Museumsinsel também é citada no livro 1000 Lugares Para Ver Antes de Morrer de Patricia Schultz. A citação não ocorre por acaso, esse pedaço de Berlim é um prato cheio para quem ama antiguidades e artes em geral.

Dá para passar vários dias entre um museu e outro, sem se cansar. Se você é apaixonado por história antiga, assim como eu, não deixe de visitar esses incríveis museus recheados de belas peças gregas, babilônicas e egípcias e outras mais.

No total são mais de 600 mil anos da história da humanidade distribuídos por uma área de quase um quilômetro quadrado. Cada prédio possui uma arquitetura singular e uma entrada individual para os visitantes, porém, há um plano para que os museus arqueológicos sejam conectados uns com os outros. O projeto tem o nome de Caminho Arqueológico.

Alte Nationalgalerie, um museu repleto de pinturas belíssimas representando várias escolas

Esse magnífico complexo de arte, cultura e história não deixa dúvidas da sua grandiosidade e importância para toda a humanidade.

A Alte Nationalgalerie (Antiga Galeria Nacional), reinaugurada em 2001, possui uma das maiores coleções de escultura e pintura do século 19 na Alemanha. É um dos meus museus preferidos.

O Altes Museum (Museu Antigo), restaurado e reaberto em 1966, abriga artefatos antigos gregos e romanos , além de relíquias egípcias, entre elas o belo busto de Nefertiti, que estava nesse museu em ambas as vezes que o visitei. As peças gregas são belíssimas e a coleção egípcia é muito grande. Só a visão do busto da Nefertiti já vale a visita.

O Bode Museum, reaberto em 2006 após quase 10 anos de restauração, possui uma grande coleção de esculturas, uma das maiores coleções numismáticas do mundo e uma seleção de pinturas da Gemäldegalerie.

Bode-museum no canto extremo da Museumsinsel

O Neues Museum foi reaberto em 2009 e abriga uma coleção de peças do período pré-histórico e obras de arte egípcia. Desde outubro de 2009, este museu abriga o busto de Nefertiti juntamente com a coleção de papiros.

O magnífico Pergamonmuseum possui uma grande uma coleção de antiguidades gregas e babilônicas e arte islâmica, entre elas estão o impressionante Portal de Ishtar da Babilônia e o enorme Altar de Pérgamo.

Entre agosto e novembro de 2006, o Museu de Arte Brasileira da Faap em São Paulo foi palco da bela exposição das peças gregas do Pergamonmuseum. O altar de Pérgamo foi lindamente reconstruído. Quem visitou o Museu de Arte Brasileira pôde ver uma parte do acervo do Pergamonmuseum. E o melhor, a entrada era gratuita.

Parabéns para a iniciativa da Faap! As longas filas para entrar com certeza valeram a pena. O povo brasileiro merece ter acesso à cultura e arte.

Dentre os muitos visitantes da exposição, um me chamou a atenção. Ele ficava parado em frente às esculturas enquanto as reproduzia com perfeição em um bloco de papel. Ai, que inveja….

Entrada para o Pergamonmuseum

Os museus abrem pontualmente de terça a domingo das 10 às 18 horas e as quintas das 10 às 22 horas. O ingresso custa 8,00 euros e dá direito a entrar em qualquer um dos museus, o ticket para 3 dias custa 19,00 euros. A entrada é franca no primeiro domingo do mês e também às quintas-feiras.

Além disso, existem áreas com acesso livre, como o salão de estátuas gregas no primeiro andar do Altes Museum. Há descontos para estudantes, aposentados, professores, desempregados e outros mais.

Como dá para notar, o acesso à cultura e história é muito fácil para quem mora em Berlim ou nas imediações. Mesmo pagando integralmente, a entrada nesses museus é realmente barata diante de tanta arte monumental.

Detalhe da entrada da Alte Nationalgalerie

Os museus serão descritos com mais detalhes nos próximos posts. Afinal eles merecem um texto cuidadoso a respeito de cada um, com muitas fotos mostrando suas belas coleções.